quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

CEMFA ALERTA PARA RISCOS DE SAÍDA DE PILOTOS DA FORÇA AÉREA (M1316 - 381PM/2013)



A capacidade operacional da Força Aérea está próxima do limite com a saída de pilotos para a aviação comercial, onde os salários são mais atractivos, alertou o chefe do Estado-Maior do ramo, José Pinheiro.

O general José Pinheiro manifestou este domingo "grande, grande preocupação" com a saída de pilotos para o sector privado, sobretudo para a aviação comercial portuguesa e, recentemente, para mercados internacionais.

"Há um limite a partir do qual a nossa capacidade operacional está em causa", frisou aquele responsável em declarações à agência Lusa.

Questionado sobre se esse limite está a ser atingido, José Pinheiro afirmou: "Estamos em risco de atingir esse limite."
Sem avançar números totais, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea adiantou que nos "últimos meses" saíram sete pilotos e confirmou que a esquadra mais afectada é a dos helicópteros.

Abrangida pelas restrições orçamentais que afectam as Forças Armadas, a Força Aérea Portuguesa dispõe actualmente de pouca margem de manobra para investir na formação de mais pilotos, admite José Pinheiro.

"A TAP é a grande sugadora de pilotos, mas não é a única. Periodicamente abre-se um concurso e nós não podemos prender as pessoas", que podem sair com um aviso de poucos dias após doze anos nos quadros, disse.

Questionado sobre que medidas estão a ser tomadas para prevenir uma eventual ruptura da capacidade operacional, José Pinheiro disse apenas que tem estado "em contacto com a tutela política para ver medidas possíveis".

A "fuga" de pilotos aviadores da Força Aérea para a aviação comercial é uma situação recorrente, com picos em determinados anos. Em 2007, o então Governo alargou de oito para 12 anos o tempo mínimo de permanência nos quadros.

Em Maio de 2009, o Presidente da República, Cavaco Silva, que é o Comandante Supremo das Forças Armadas, disse publicamente que a saída de pilotos para a aviação civil era "de facto um problema" e afirmou esperar soluções da parte do Governo e das chefias militares. A chefia do ramo defendeu na altura a revisão dos suplementos remuneratórios como forma de incentivo à permanência dos pilotos aviadores na Força Aérea.

Fonte: Público

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