segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

VENDA DE F-16 PODE SER GRANDE OPORTUNIDADE PARA INDÚSTRIA NACIONAL (M1312 - 379PM/2013)



O Ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, afirmou que a venda de 12 aeronaves F-16 à Roménia é uma "primeira alavanca" para "novas oportunidades" entre os dois países, que têm um "interesse comum" no crescimento das indústrias de Defesa.
"O programa dos F-16 é mais do que a venda das aeronaves. Temos interesse em que seja uma alavanca para outros projetos entre Portugal e a Roménia nesta área", afirmou o Ministro da Defesa Nacional, durante uma visita oficial à Roménia, onde esteve reunido com o seu homólogo romeno, Mircea Dusa, em Bucareste.
Em declarações à comunicação social no final do encontro, os dois ministros referiram que existem "objetivos comuns" entre os países para o Conselho Europeu que terá lugar dos próximos dias 19 e 20, no contexto de "restrições orçamentais" que atingem os dois países.
"Sabemos que é preciso redimensionar as capacidades militares face às restrições de orçamento", disse o ministro romeno, na declaração à imprensa.
Aguiar-Branco, por sua vez, anunciou o "reativar da comissão conjunta" Portugal/Roménia para a cooperação na área da Defesa, que será alargada ao tema das "indústrias e tecnologias", e adiantou que há "projetos concretos" que estão a ser "identificados".
"Isso ajuda as pequenas e médias empresas, a economia, o crescimento do emprego nos dois países", frisou Aguiar-Branco.
O ministro romeno convidou ainda o Ministro da Defesa Nacional português a regressar à Roménia em 2014, para um encontro com os ministros da Defesa dos países da NATO, quando passam 10 anos sobre a adesão da Roménia à Aliança Atlântica, apoiada por Portugal.

Fonte: Ministério da Defesa

NR: Tal como o Pássaro de Ferro tem noticiado, a maior parte dos países que têm frotas de F-16 há mais de 15/20 anos, estão em processo de modernização dos aparelhos, operação que Portugal através da sua indústria de Defesa e Força Aérea já realizou na totalidade das suas aeronaves. Trata-se de um mercado de mais de 3000 células, que além da Lockheed Martin (fabricante) também já a BAE Systems (britânica) soube aproveitar.
O know-how adquirido na execução do Mid-Life Upgrade (MLU) das aeronaves nacionais, pode (e deve) por isso, ser colocado no mercado internacional, para que se traduza em proveitos para o país.
O Médio Oriente (por exemplo) onde ainda há bem pouco tempo esteve o Ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas, tem vários países nessa situação. Se o negócio com a Roménia for um "cartão de visita" para esse mercado, tanto melhor. Assim haja capacidade (política) para saber promover o que de bem se faz em Portugal.



2 comentários:

  1. estou totalmente de acordo que se ponha em prática e se aproveite o know how adquirido, mas paguem aos mecanicos que o fazem o que é merecido. Estes negócios sao feitos com contrapartidas financeiras, que alguem que nao os militares recebem milhoes. Os militares mecanicos que realizam este tipo de açoes de manutençao sao mao de obra escrava, trabalham muitas vezes fora de horas a custo zero porque sao militares, e os militares sao militares 24 horas por dia. Se somos assim tao qualificados e reconhecidos a nivel internacional expliquem-me o lobby que existe por detrás da atribuiçao de carteiras profissionais onde qualquer pessoa que tenha 12mil euros para comprar uma fica automáticamente mais qualificado que os militares com dezenas de anos de experiencia, para trabalhar em aviaçao mesmo sem saberem o que é uma chave de fendas

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  2. Amigo anónimo, absolutamente de acordo com tudo o que disse. Quando dissemos "proveitos para o país" no comentário de rodapé, era precisamente isso que queríamos dizer. O país são as pessoas que o constituem, embora muitas vezes não pareça. Cumprimentos.

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