AV-8B Harrier da Marinha espanhola |
Os cortes no orçamento obrigaram a Armada Espanhola a retirar prematuramente de serviço o porta-aviões Príncipe das Astúrias, mas também um quarto da frota de aviões Harrier.
Quatro dos 16 Harrier serão por isso abatidos ao serviço, face à falta de fundos para os modernizar e ao seu alto custo de manutenção. Trata-se dos aparelhos mais antigos, os quatro AV-8B Harrier que não tinham sido modernizados para o padrão AV-8B Harrier II Plus, que dispõe d e novo radar, entre outras melhorias. A frota de Harrier - o avião em uso no navio de ataque anfíbio Juan Carlos I - fica por isso reduzida a uma dúzia de unidades (mais um bilugar de treino), cuja via operacional está prevista terminar em 2020. A partir de então, a Espanha terá que encontrar um substituto, se quiser continuar a dispor de aviação de ataque embarcada, coisa que não está por enquanto garantida, uma vez que o único candidato a poder operar nas mesmas condições ao dia de hoje é o F-35B, que custa preços proibitivos.
Também a Força Aérea Espanhola (Ejército del Aire) corre o risco de perder uma das suas capacidades: o reabastecimento estratégico em voo. Um dos Boeing 707 que desempenhava esta função foi retirado de serviço e o outro restante está previsto seguir igual destino dentro de dois anos.
Jà em 2013, a NATO advertiu entre outros países a Espanha, uma vez que os cortes orçamentais têm ameaçado a operacionalidade das suas Forças Armadas, segundo os standards da Aliança Atlântica. O aviso centrou-se principalmente na Força Aérea, em que as 180 horas de voo mínimas estabelecidas para os pilotos não têm estado a ser cumpridas, situando-se antes pelas 100 horas anuais, o que dá umas parcas 8 a 9 horas por mês.
O recurso ao treino em simuladores tem custos inferiores, mas tem também limitações e pode provocar a perda de rotinas de voo, com todos os perigos que isso acarreta.
Fonte: SpanishPeople.com e Confidencial Digital
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro
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