Créditos na imagem.
Quando era miúdo, confesso que tinha uma embirração com o desenho do Saab JAS-37 Viggen, sobretudo quando me aparecia em fotos como a que ilustra esta croniqueta. Visto por cima ou por baixo.
Nunca fui um fã das asas em delta, uma vez que - não menosprezando os seus méritos - a simplicidade do triângulo causava-me uma certa "impressão" já que negava à partida quaisquer tentativas para redesenhar o avião. Podia já ser um primeiro afloramento de defeito "profissional", analisada a cousa da perspetiva atual, mas o que é facto é que nenhum avião de asa em delta foi considerado por mim como minimamente favorito.
Agora o Viggen elevava as coisas ao ponto de um certo embirranço. Um avião de asas em delta já era "mau" agora um delta quebrado e por isso, imperfeito tornava as coisas ainda mais radicais.
Depois, o seu bocal de exaustão que rompia com a "normalidade" era outro dos pontos de não retorno no que respeita aos meus anti corpos com este avião. Estava ali, meio escondido, meio revelado e, por isso, morrerá comigo a tremenda curiosidade de o ouvir troar...
Mas o que importa aqui frisar nesta pequena e embirrativa crónica, é que a minha implicação era absolutamente estética e, por causa dela, não admitia que o avião fosse tão bom como de facto provou ser, independentemente das minhas azias pessoais com a sua figura.
Hoje, já retirado dos céus, deixa saudades que, de certa forma, são ligeiramente atenuadas pelo desenho do seu sucessor JAS-39 Gripen. Mas elegante e esguio, mas mantendo uma linhagem de parentesco, digamos.
Olhando para o pai Viggen, percebe-se que o filho Gripen lhe sucede, seguindo-lhe as pisadas, muito embora visto à luz da minha "seleção" estética, se tenha aprimorado e corrigido os alguns dos "defeitos" com que sempre convivi menos bem.
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