No mesmo dia em que o ministro da Defesa visitou a Base Aérea do Montijo, a Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) dava conta do descontentamento dos pilotos da Força Aérea.
Segundo o presidente da AOFA, Pereira Cracel, um grupo de 98 pilotos-aviadores daquele ramo aderiram à associação sócio-profissional de forma a dar corpo à insatisfação latente nas fileiras.
Enquanto José Pedro Aguiar-Branco condecorava militares e assistia a uma demonstração no Montijo do avião de transporte C-130 que vai apoiar a missão da União Europeia na República Centro-Africana, alguns pilotos assumiam à Lusa o estado deplorável em que a Força Aérea se encontra em termos de operacionalidade. E apresentavam a adesão à AOFA como uma forma de protesto contra as condições remuneratórias, de trabalho e de segurança das missões. De acordo com o presidente da AOFA, Manuel Cracel, as adesões foram concretizadas no final da semana passada.
A degradação das condições de trabalho, as reduções salariais e de suplementos específicos por um lado, e o "desinvestimento na segurança e treino" das tripulações eram os principais motivos de insatisfação, assumiu um dos pilotos, que pediu anonimato para não incorrer na violação do dever de sigilo. "O que estamos a assistir é que há poucos pilotos qualificados, são esses que estão na linha da frente e em permanência e é-lhes retirada a possibilidade de ter uma vida minimamente estável, razoavelmente normal", disse o presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas.
Por outro lado, acrescentou, "no que toca ao treino, é importante ter noção de que, sendo operados sistemas de armas altamente complexos, que exigem uma preparação e uma qualificação elevadíssimas, o treino é fundamental".
Enquanto José Pedro Aguiar-Branco condecorava militares e assistia a uma demonstração no Montijo do avião de transporte C-130 que vai apoiar a missão da União Europeia na República Centro-Africana, alguns pilotos assumiam à Lusa o estado deplorável em que a Força Aérea se encontra em termos de operacionalidade. E apresentavam a adesão à AOFA como uma forma de protesto contra as condições remuneratórias, de trabalho e de segurança das missões. De acordo com o presidente da AOFA, Manuel Cracel, as adesões foram concretizadas no final da semana passada.
A degradação das condições de trabalho, as reduções salariais e de suplementos específicos por um lado, e o "desinvestimento na segurança e treino" das tripulações eram os principais motivos de insatisfação, assumiu um dos pilotos, que pediu anonimato para não incorrer na violação do dever de sigilo. "O que estamos a assistir é que há poucos pilotos qualificados, são esses que estão na linha da frente e em permanência e é-lhes retirada a possibilidade de ter uma vida minimamente estável, razoavelmente normal", disse o presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas.
Por outro lado, acrescentou, "no que toca ao treino, é importante ter noção de que, sendo operados sistemas de armas altamente complexos, que exigem uma preparação e uma qualificação elevadíssimas, o treino é fundamental".
Outro militar denunciava a existência de situações como a de "pilotos que passam seis meses fora de casa" em missões, cumprindo as exigências da carreira militar, mas sem as compensações previstas quando fizeram aquela opção de vida. "O treino das tripulações é reduzido, há esquadras que voam só metade das horas de voo [segundo os critérios de segurança]. Há avarias, aviões parados. Nós nunca dizemos que não voamos, mas não é verdade que não há riscos. Nós sabemos que há riscos", acentuou um outro militar do mesmo grupo. O grupo de pilotos em causa executa missões diárias de busca e salvamento, defesa aérea, patrulhamento, fiscalização e transporte.
Aguiar-Branco reagiu admitindo que as actuais condições não eram as óptimas: "Como é óbvio nós pretendemos ter melhores condições, mais horas de treino para operar e isso, assim as condições das contas públicas o permitam assim acontecerá", disse. Mas contestou a crítica de que as missões estariam a ser levadas a cabo comrisco para os militares. "Isso nem o ministro, nem o Chefe do Estado Maior da Força Aérea nem um comandante o permitiria porque seria por em risco de uma forma não aceitável as pessoas", assegurou.
Para os descontentes, no entanto, está a ser violado o dever de tutela. Entre as medidas mais contestadas está, para além das reduções remuneratórias, a redução do suplemento de residência. Este suplemento era atribuído a quem residir a mais de 50 quilómetros do local de trabalho e passou, com o actual Governo, a ser atribuído apenas aos militares que residam a mais de 100 quilómetros.
Aguiar-Branco reagiu admitindo que as actuais condições não eram as óptimas: "Como é óbvio nós pretendemos ter melhores condições, mais horas de treino para operar e isso, assim as condições das contas públicas o permitam assim acontecerá", disse. Mas contestou a crítica de que as missões estariam a ser levadas a cabo comrisco para os militares. "Isso nem o ministro, nem o Chefe do Estado Maior da Força Aérea nem um comandante o permitiria porque seria por em risco de uma forma não aceitável as pessoas", assegurou.
Para os descontentes, no entanto, está a ser violado o dever de tutela. Entre as medidas mais contestadas está, para além das reduções remuneratórias, a redução do suplemento de residência. Este suplemento era atribuído a quem residir a mais de 50 quilómetros do local de trabalho e passou, com o actual Governo, a ser atribuído apenas aos militares que residam a mais de 100 quilómetros.
Fonte: Público
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