F-16AM portugueses voam em formação com o KDC-10 da RNLAF |
O comandante do destacamento da Força Aérea que participa num dos maiores exercícios militares na Europa diz que a valia dos seus homens "está acima de média". E revela alternativa às sandes holandesas servidas à hora de almoço.
Atacam e defendem espaços aéreos. Reabastecem em voo. Aterram e descolam duas vezes por dia. Ao almoço comem sandes, ao jantar cozinham. Dormem pouco. Assim é o dia a dia dos 49 militares da Força Aérea portuguesa que até sexta-feira participam com cinco caças F-16, na base de Leeuwarden, na Holanda, num dos maiores exercícios militares aéreos realizados na Europa, o 'Frisian Flag'.
"Intenso." É assim que o comandante do destacamento luso, o Piloto-Aviador João Rosa, 22 anos de Força Aérea e mais de duas mil horas de voo em F-16, define ao Expresso o quotidiano dos militares portugueses.
"Deixamos os bungalows onde estamos alojados no exterior da base, pelas 5h30 (4h30 em Portugal), e só regressamos às 19h30. A primeira descolagem está marcada para as 8h00 e a segunda para as 12h00. No final de cada voo reunimos para analisá-lo em pormenor", conta o TenCor. João Rosa.
Em cada descolagem saem da base 44 aeronaves, entre F-16, F-18 e Eurofighter. Seguem juntas até ao local do exercício previamente definido. Aí, umas quantas aeronaves assumem o papel de "inimigas" e tentam, por exemplo, entrar no espaço defendido pelos restantes pilotos, que realizam ainda um outro tipo de missão onde o objetivo é destruir (de forma simulada) alvos terrestres em território inimigo. Quem lança o ataque é sempre protegido por outros aviões da sua esquadra.
Quando o céu está nublado, como já aconteceu por duas vezes, a bem da segurança de homens e aparelhos o número de participantes nas missões, onde o objetivo é defender o espaço aéreo, é consideravelmente reduzido para seis contra seis ou quatro contra quatro. "Seria muito perigoso coordenar o voo de 44 aeronaves num ambiente sem visibilidade plena. Além disso, a Força Aérea Portuguesa está preparada para cumprir este tipo de missões mesmo com o céu nublado, mas em alguns países não", diz ao Expresso o TenCor. João Rosa.
As capacidades já demonstradas pelos militares portugueses levam o também comandante da Esquadra 201 "Falcões", a operar desde a Base Aérea n.º 5, em Monte Real (Leiria), a concluir que deveriam ser um "motivo de orgulho para todos os portugueses". "Estamos a voar com pilotos de países que operam F-16 há mais anos do que nós e conseguimos destacar-nos da média. Temos a tendência para nos avaliarmos mais pequenos do que realmente somos", afirma João Rosa.
O que os militares lusos não conseguem de todo é almoçar as "intragáveis sandes" - as palavras são do Tenente-coronel João Rosa -, servidas nas messes da base holandesa. Mas peritos em desenrascanços, à boa maneira portuguesa, têm um "plano B" que está a funcionar em pleno. Todos os dias um "voluntário" da representação nacional vai até à loja de uma cadeia internacional de "sandes ao minuto", que fica à entrada da base, e trata de manter as hostes motivadas. O jantar é cozinhado pelos próprios, quando voltam ao alojamento.
Assim será até sexta-feira, 11, dia em que regressam a Portugal.
Atacam e defendem espaços aéreos. Reabastecem em voo. Aterram e descolam duas vezes por dia. Ao almoço comem sandes, ao jantar cozinham. Dormem pouco. Assim é o dia a dia dos 49 militares da Força Aérea portuguesa que até sexta-feira participam com cinco caças F-16, na base de Leeuwarden, na Holanda, num dos maiores exercícios militares aéreos realizados na Europa, o 'Frisian Flag'.
"Intenso." É assim que o comandante do destacamento luso, o Piloto-Aviador João Rosa, 22 anos de Força Aérea e mais de duas mil horas de voo em F-16, define ao Expresso o quotidiano dos militares portugueses.
"Deixamos os bungalows onde estamos alojados no exterior da base, pelas 5h30 (4h30 em Portugal), e só regressamos às 19h30. A primeira descolagem está marcada para as 8h00 e a segunda para as 12h00. No final de cada voo reunimos para analisá-lo em pormenor", conta o TenCor. João Rosa.
Em cada descolagem saem da base 44 aeronaves, entre F-16, F-18 e Eurofighter. Seguem juntas até ao local do exercício previamente definido. Aí, umas quantas aeronaves assumem o papel de "inimigas" e tentam, por exemplo, entrar no espaço defendido pelos restantes pilotos, que realizam ainda um outro tipo de missão onde o objetivo é destruir (de forma simulada) alvos terrestres em território inimigo. Quem lança o ataque é sempre protegido por outros aviões da sua esquadra.
Quando o céu está nublado, como já aconteceu por duas vezes, a bem da segurança de homens e aparelhos o número de participantes nas missões, onde o objetivo é defender o espaço aéreo, é consideravelmente reduzido para seis contra seis ou quatro contra quatro. "Seria muito perigoso coordenar o voo de 44 aeronaves num ambiente sem visibilidade plena. Além disso, a Força Aérea Portuguesa está preparada para cumprir este tipo de missões mesmo com o céu nublado, mas em alguns países não", diz ao Expresso o TenCor. João Rosa.
As capacidades já demonstradas pelos militares portugueses levam o também comandante da Esquadra 201 "Falcões", a operar desde a Base Aérea n.º 5, em Monte Real (Leiria), a concluir que deveriam ser um "motivo de orgulho para todos os portugueses". "Estamos a voar com pilotos de países que operam F-16 há mais anos do que nós e conseguimos destacar-nos da média. Temos a tendência para nos avaliarmos mais pequenos do que realmente somos", afirma João Rosa.
O que os militares lusos não conseguem de todo é almoçar as "intragáveis sandes" - as palavras são do Tenente-coronel João Rosa -, servidas nas messes da base holandesa. Mas peritos em desenrascanços, à boa maneira portuguesa, têm um "plano B" que está a funcionar em pleno. Todos os dias um "voluntário" da representação nacional vai até à loja de uma cadeia internacional de "sandes ao minuto", que fica à entrada da base, e trata de manter as hostes motivadas. O jantar é cozinhado pelos próprios, quando voltam ao alojamento.
Assim será até sexta-feira, 11, dia em que regressam a Portugal.
Fonte: Expresso
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