O C295 foi uma das aeronaves envolvidas na operação.
A Força Aérea efetuou, no dia 15 de maio,
o resgate aeromédico de um tripulante do navio mercante “CSAV
LLANQUIHUE”. A embarcação, com bandeira da Libéria, navegava a cerca de
630 quilómetros a sudoeste da ilha das Flores, Açores. A distância a que
o navio se encontrava obrigou a uma missão de elevada complexidade, que
começou a ser preparada no dia anterior.
O pedido de auxílio foi recebido às 15h51 do dia 14 de maio no Centro
de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Ponta Delgada (MRCC
Delgada). De imediato, o MRCC Delgada contactou o Centro de Orientação
de Doentes Urgentes (CODUMAR) do INEM, que identificou a necessidade de
resgate do tripulante – um homem com 56 anos, de nacionalidade croata.
Estabelecida a ligação ao Centro de Busca e Salvamento Aéreo das
Lajes (RCC Lajes), foi preciso esperar que o navio entrasse no raio de
operação do helicóptero EH-101 Merlin, da Esquadra 751 - "Pumas".
Depois, às 04h00, a aeronave descolou da Base Aérea N.º 4 (BA4), na ilha Terceira, rumo à ilha das Flores. Reabasteceu para aumentar o alcance e, às 08h45, partiu ao encontro do navio, com uma equipa médica militar a bordo.
O EH-101 Merlin foi acompanhado por uma aeronave C-295, da Esquadra 502 - "Elefantes",
com o objetivo de prestar apoio e coordenar as ações. A extração acabou
por ser executada com sucesso pelas 12h10, com o helicóptero a voltar
em seguida para a ilha das Flores, onde chegou às 14h45.
Na ilha das Flores, o paciente foi transferido para o C-295 e transportado até à BA4.
Às 16h05, quando a aeronave aterrou, já aguardava no local uma
ambulância do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores,
que encaminhou o doente para o Hospital do Santo Espírito, em Angra do
Heroísmo.
O C-295 realizou um total de 07h20 de voo. Por sua vez, o EH-101 Merlin regressou às Lajes pelas 19:25, realizando um total de 10h10 de voo.
Fonte: FAP
Nota do Editor: São estas missões que deveriam ser explicadas ao bom povo português, precisamente aquele que tanto condena os gastos com as forças armadas e que, por ignorância - orgânica ou conveniente - desconhece que, missões como estas são absolutaente vitais para muitas vidas que, a toda a hora, cruzam os mares. Missões realizadas, tantas vezes, no limbo da (im)possibilidade mas que se fazem, porque há Homens que treinam, arriscam e se dedicam, por inteiro, a uma causa, a uma missão.
2 Comentários:
Quando se questiona a utilidade no contexto actual das FA, não estão em causa missões humanitárias ou, como no caso, missões SAR. Pode-se questionar sim a dimensão os meios e sobretudo a estrutura orgânica que actualmente está profundamente invertida (vidé a desproporcionalidade entre o nº de oficiais generais e superiores versus subalternos e restantes classes). De que servem duas esquadras de F-16 se depois não existe possibilidade de colocar os aviões no ar para que pilotos e máquinas atinjam proficiência máxima. Defendo a redução de meios, optando criteriosamente pela sua escolha em função do serviço publico que possam prestar,não embarcando nessas "balelas" de soberania e defesa nacional, que como sabemos é fantasiosa. Estou certo que até os nossos aliados internacionais entenderiam umas FA nacionais com menos meios mas tecnologicamente evoluidos e o mais importante,operacionais, motivadas e ao serviço do bem comum.
Caro anónimo,
Tem razão no que escreve.
Mas a sangria de pilotos comandante já está a colocar em causa algumas missões em EH101 que, por exemplo tenham lugar na área da Madeira e é no mínimo caricato que um eventual salvamento, tenha de esperar por um piloto que entretanto um outro meio qualquer faça deslocar de Lisboa.
Mas sim, as prioridades devem ser estabelecidas, sim!
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