Ilha de São Jorge - Açores Foto: José Silveira |
O homem ficou “gravemente ferido” depois de ter sido colhido por um touro durante uma tourada à corda, tendo recebido assistência na Unidade de Saúde de Ilha de São Jorge, que, mais tarde, dado o agravamento do quadro clínico, pediu meios para uma transferência urgente para o hospital de Ponta Delgada, segundo as mesmas fontes.
No entanto, o helicóptero militar usado para estas situações não estava disponível, por estar a ser usado noutra operação, na Madeira, e foi então tentada outra solução, o envio de um avião C295, mas a Força Aérea informou que o aeroporto de São Jorge “não é certificado”. Na verdade, a certificação do INAC não permite operações noturnas, uma vez que existem montes na direção da pista que não estão iluminados. O C295 só pode por isso operar nesta pista durante o dia, o que não era o caso.
Sempre segundo as mesmas fontes, a Força Aérea disponibilizou-se para ir buscar o homem à ilha do Pico, a mais próxima, por o aeroporto ter outra certificação. As autoridades ainda desviaram o percurso de um dos barcos que ligam as ilhas do grupo central dos Açores para fazer a transferência do doente de São Jorge para o Pico, mas o homem acabou por morrer antes de embarcar.
As autoridades locais que prestaram estas informações à Lusa garantiram que tudo foi feito para transferir o doente para o hospital.
Segundo um comunicado divulgado hoje pela Marinha, no sábado à tarde, em articulação com a Força Aérea, houve uma operação de resgate de um pescador que seguia num barco a cerca de 577 quilómetros a sudeste da ilha de Santa Maria, que estava com problemas de saúde. O homem foi retirado do barco com a ajuda de um helicóptero do Centro de Busca e Salvamento Aéreo das Lajes (EH101 do destacamento permanente da Esquadra 751), tendo o pescador sido levado para o hospital do Funchal.
Resta ainda dizer, que devido ao êxodo de pilotos da FAP, a Esquadra 751 tem atualmente um número de tripulações muito reduzido, tendo o alerta do destacamento permanente desta esquadra no AM3-Porto Santo, deixado de estar operacional.
Já nos Açores, apesar do alerta estar ainda ativo, apenas três das nove ilhas do arquipélago têm hospital. Em caso de urgência, é a Força Aérea, que tem uma base nas Lajes (BA4), na ilha Terceira, que garante a transferência dos doentes.
Em 2013, foram realizadas nos Açores, pela Força Aérea, 156 missões de evacuação interilhas e transportados 176 doentes. Houve ainda um nascimento a bordo, três evacuações para o continente, 13 resgates de doentes que estavam em navios e 10 missões de busca e salvamento, tendo sido recuperados 31 náufragos, num total de 472 horas de voos.
No entanto, o helicóptero militar usado para estas situações não estava disponível, por estar a ser usado noutra operação, na Madeira, e foi então tentada outra solução, o envio de um avião C295, mas a Força Aérea informou que o aeroporto de São Jorge “não é certificado”. Na verdade, a certificação do INAC não permite operações noturnas, uma vez que existem montes na direção da pista que não estão iluminados. O C295 só pode por isso operar nesta pista durante o dia, o que não era o caso.
Sempre segundo as mesmas fontes, a Força Aérea disponibilizou-se para ir buscar o homem à ilha do Pico, a mais próxima, por o aeroporto ter outra certificação. As autoridades ainda desviaram o percurso de um dos barcos que ligam as ilhas do grupo central dos Açores para fazer a transferência do doente de São Jorge para o Pico, mas o homem acabou por morrer antes de embarcar.
As autoridades locais que prestaram estas informações à Lusa garantiram que tudo foi feito para transferir o doente para o hospital.
Segundo um comunicado divulgado hoje pela Marinha, no sábado à tarde, em articulação com a Força Aérea, houve uma operação de resgate de um pescador que seguia num barco a cerca de 577 quilómetros a sudeste da ilha de Santa Maria, que estava com problemas de saúde. O homem foi retirado do barco com a ajuda de um helicóptero do Centro de Busca e Salvamento Aéreo das Lajes (EH101 do destacamento permanente da Esquadra 751), tendo o pescador sido levado para o hospital do Funchal.
Resta ainda dizer, que devido ao êxodo de pilotos da FAP, a Esquadra 751 tem atualmente um número de tripulações muito reduzido, tendo o alerta do destacamento permanente desta esquadra no AM3-Porto Santo, deixado de estar operacional.
Já nos Açores, apesar do alerta estar ainda ativo, apenas três das nove ilhas do arquipélago têm hospital. Em caso de urgência, é a Força Aérea, que tem uma base nas Lajes (BA4), na ilha Terceira, que garante a transferência dos doentes.
Em 2013, foram realizadas nos Açores, pela Força Aérea, 156 missões de evacuação interilhas e transportados 176 doentes. Houve ainda um nascimento a bordo, três evacuações para o continente, 13 resgates de doentes que estavam em navios e 10 missões de busca e salvamento, tendo sido recuperados 31 náufragos, num total de 472 horas de voos.
Adenda (20:00h):
«Comunicado de Imprensa das RP da FAP
23 de junho de 2014
Esclarecimento sobre Evacuação Médica a um paciente de S. Jorge para S. Miguel
Relativamente às noticias que foram tornadas públicas sobre uma Evacuação Médica de um paciente de S. Jorge para S. Miguel que faleceu por alegadamente não existirem meios aéreos disponíveis, a Força Aérea informa que:
Foi solicitada à Base Aérea Nº4, nas Lajes, em 21 de junho de 2014 às 20H31, hora local, pelo Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores, uma evacuação aérea da Ilha de São Jorge para Ponta Delgada.
Dado que a previsão para aterragem em São Jorge ocorreria depois do pôr-do-sol, a evacuação teria de ser realizada por helicóptero EH-101 Merlin destacado na Base das Lajes, uma vez que a aeronave de asa fixa C-295 não opera naquele aeródromo no período noturno. Todavia, o helicóptero EH-101 Merlin encontrava-se a cumprir uma evacuação sanitária de um tripulante de um navio localizado a cerca de 980 Km da Ilha Terceira, estando por isso indisponível.
Assim, no quadro da coordenação desta missão, o Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores sugeriu que a evacuação fosse realizada a partir da Ilha do Pico, aeródromo que reúne as condições de segurança para operação noturna por aviões, opção considerada válida pela Força Aérea do ponto de vista operacional. Quando a aeronave estava pronta para descolar, foi recebida a informação que o paciente tinha falecido e por isso foi cancelada a missão.
A Força Aérea lamenta profundamente o desfecho da situação em apreço, consciente, no entanto, que colocou, como sempre, todos os seus recursos disponíveis ao dispor da segurança e bem-estar das populações.»
Adenda (24/06/2014)
Comunicado da Associação de Oficias das Forças Armadas no Facebook
"Segundo as informações de que dispomos esta situação que levou à morte deste concidadão tem directamente a ver com a falta de Pilotos Comandantes de EH-101 na Força Aérea Portuguesa. No sistema SAR nacional deveriamos ter 1 tripulação de EH e 1 de C295 em Porto Santo; 2 tripulações de EH e 1 de C295 nas Lajes e 1 tripulação de EH e 1 de C295 no Montijo; Temos 1 tripulação de EH (sem comandante o que é o mesmo que não estar lá) e 1 de C295 em Porto Santo; 2 tripulações de EH (só um comandante o que é o mesmo que estar lá apenas uma tripulação) e 1 de C295 nas Lajes e 1 tripulação de EH e 1 de C295 no Montijo. Na altura em que, infelizmente, teria sido necessário, o único Piloto Comandante de EH-101 existente nas Lajes tinha saído para uma outra missão de Busca e Salvamento na Madeira (onde não existe qualquer Comandante). Relembrando palavras do Ministro da Defesa há semanas atrás a gestão dos Recursos Humanos cabe ao CEMFA. Consequentemente, PALAVRAS NOSSAS, a culpa desta e de outras situações trágicas nunca será das políticas desastrosas que têm sido seguidas e que fazem com que a Força Aérea Portuguesa esteja reduzida à exiguidade de Recursos Humanos e Materiais que é absolutamente evidente, mas sim a quem gere os Recursos."
23 de junho de 2014
Esclarecimento sobre Evacuação Médica a um paciente de S. Jorge para S. Miguel
Relativamente às noticias que foram tornadas públicas sobre uma Evacuação Médica de um paciente de S. Jorge para S. Miguel que faleceu por alegadamente não existirem meios aéreos disponíveis, a Força Aérea informa que:
Foi solicitada à Base Aérea Nº4, nas Lajes, em 21 de junho de 2014 às 20H31, hora local, pelo Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores, uma evacuação aérea da Ilha de São Jorge para Ponta Delgada.
Dado que a previsão para aterragem em São Jorge ocorreria depois do pôr-do-sol, a evacuação teria de ser realizada por helicóptero EH-101 Merlin destacado na Base das Lajes, uma vez que a aeronave de asa fixa C-295 não opera naquele aeródromo no período noturno. Todavia, o helicóptero EH-101 Merlin encontrava-se a cumprir uma evacuação sanitária de um tripulante de um navio localizado a cerca de 980 Km da Ilha Terceira, estando por isso indisponível.
Assim, no quadro da coordenação desta missão, o Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores sugeriu que a evacuação fosse realizada a partir da Ilha do Pico, aeródromo que reúne as condições de segurança para operação noturna por aviões, opção considerada válida pela Força Aérea do ponto de vista operacional. Quando a aeronave estava pronta para descolar, foi recebida a informação que o paciente tinha falecido e por isso foi cancelada a missão.
A Força Aérea lamenta profundamente o desfecho da situação em apreço, consciente, no entanto, que colocou, como sempre, todos os seus recursos disponíveis ao dispor da segurança e bem-estar das populações.»
Adenda (24/06/2014)
Comunicado da Associação de Oficias das Forças Armadas no Facebook
"Segundo as informações de que dispomos esta situação que levou à morte deste concidadão tem directamente a ver com a falta de Pilotos Comandantes de EH-101 na Força Aérea Portuguesa. No sistema SAR nacional deveriamos ter 1 tripulação de EH e 1 de C295 em Porto Santo; 2 tripulações de EH e 1 de C295 nas Lajes e 1 tripulação de EH e 1 de C295 no Montijo; Temos 1 tripulação de EH (sem comandante o que é o mesmo que não estar lá) e 1 de C295 em Porto Santo; 2 tripulações de EH (só um comandante o que é o mesmo que estar lá apenas uma tripulação) e 1 de C295 nas Lajes e 1 tripulação de EH e 1 de C295 no Montijo. Na altura em que, infelizmente, teria sido necessário, o único Piloto Comandante de EH-101 existente nas Lajes tinha saído para uma outra missão de Busca e Salvamento na Madeira (onde não existe qualquer Comandante). Relembrando palavras do Ministro da Defesa há semanas atrás a gestão dos Recursos Humanos cabe ao CEMFA. Consequentemente, PALAVRAS NOSSAS, a culpa desta e de outras situações trágicas nunca será das políticas desastrosas que têm sido seguidas e que fazem com que a Força Aérea Portuguesa esteja reduzida à exiguidade de Recursos Humanos e Materiais que é absolutamente evidente, mas sim a quem gere os Recursos."
Fonte: Jornal Açores 9 e outras
Adaptação: Pássaro de Ferro
Adaptação: Pássaro de Ferro
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