Um modelo à escala do F-35 espreita do convés do HMS Queen Elizabeth Foto:CPO Tam Mcdonald |
O dia 4 de julho de 2014 terá certamente um sabor agridoce para as cores britânicas. É que enquanto o novo porta-aviões da Royal Navy HMS Queen Elizabeth era batizado em Rosyth, a frota de caças F-35 que o deverá equipar está retida no solo para inspeção de motores, devido ao incêndio que deflagrou durante a descolagem num dos aviões, no final de junho.
E se o regresso da capacidade de projeção de força que um porta-aviões significa para um país é motivo natural de regozijo, as nuvens cinzentas que se apresentaram no porto escocês onde se realizou a cerimónia, foram porventura uma metáfora para as dúvidas que se levantam sobre as aeronaves que deverão equipar esse porta-aviões.
O Sobrevoo dos Red Arrows na cerimónia Foto: CPO Tam Mcdonald |
Em Rosyth, com a presença da Rainha Isabel II, foi por isso batizado o navio homónimo, com o sobrevoo dos Red Arrows, mas de F-35, apenas um modelo à escala, a espreitar da amurada da nova classe de porta-aviões a envergar a Union Jack.
Quanto ao F-35, e no seguimento do referido incêndio no motor que levantou o alerta, todos os modelos em operação estão a ser submetidos a inspeções adicionais e o regresso aos ares está "dependente dos resultados das inspeções e análise da informação da engenharia", segundo se pode ler num comunicado do Departamento de Defesa dos EUA, emitido ontem à noite.
Segundo a Pratt & Whitney, fabricante do motor referiu através do porta-voz Matthew Bates, que a empresa está " a trabalhar com o Comité de Segurança da Força Aérea (Americana) para determinar a raiz do problema e a inspecionar todos os motores da frota".
Já a Lockheed Martin, principal fabricante do F-35, não comentou o assunto.
O F-35 tinha prevista a primeira aparição nos céus europeus para a próxima semana no Royal International Air Tatoo em Fairford, Reino Unido, bem como na Feira Internacional de Aviação de Farnborough na semana seguinte. A presença em voo do polémico caça está agora em dúvida, devido à incerteza dos resultados das avaliações técnicas a decorrer.
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