Dornier Do-17 Foto: Deutchses Bundesarchiv |
Passaram pouco mais de 15 meses desde que o avião foi retirado do fundo do Estreito de Dover e transportado para as instalações do Museu de RAF em Cosford, para trabalhos de conservação inovadores.
Até ao momento a célula da aeronave tem sido coberta com uma solução com baixa concentração de ácido cítrico, aplicada dentro de túneis de hidratação construídos de propósito para o efeito. Este processo ajuda a remover restos marítimos e subsequentemente neutralizar as impurezas de corrosão no alumínio da estrutura da aeronave.
A fuselagem saída dos túneis de hidratação Foto: RAF |
Ainda assim, o processo tem estado a decorrer com maior rapidez do que inicialmente previsto e no Museu todos estão satisfeitos por dar início à segunda fase dos trabalhos de recuperação, na parte da frente da fuselagem. Confiantes de que o ácido cítrico fez o seu trabalho, a fuselagem foi retirada dos túneis e lavada cuidadosamente, antes de ser levada para o Centro de Conservação.
Idem Foto: RAF |
O técnico de aeronaves Andy Woods está a trabalhar a tempo inteiro no Dornier,estando os seus esforços iniciais centrados na limpeza interna e em remover as deposições marítimas com um raspador de plástico. Cabos de controlo e outras partes menores estão a ser cuidadosamente removidas, permitindo aos técnicos melhor acesso à estrutura. Uma equipa de
de voluntários irá trabalhar nos componentes retirados do avião, que serão repostos mais tarde.
A areia retirada das asas Foto: RAF |
As asas têm o processo de remover o sal e areia das secções internas bastante mais lento do que a fuselagem. A secção das asas foi recentemente submetida a uma limpeza profunda pela equipa de aprendizes, tendo sido retirada mais de uma tonelada de areia e sal. As asas irão necessitar de mais tempo nos túneis de hidratação, antes de poderem juntar-se à fuselagem no Centro de Conservação.
Um dos motores e hélice Foto: RAF |
Ambos os motores e hélices forma retirados dos túneis e montados em bancas construídas de propósito, permitindo fácil acesso aos técnicos, para iniciar o tratamento. Durante o tempo que a aeronave esteve debaixo de água, os componentes de magnésio desintegraram-se, mas o aço mantém-se intacto.
Um buraco de bala na hélice do Do-17 Foto: RAF |
O processo gradual de remover a grossa camada de depósitos marinhos, revelou vários buracos de balas e estilhaços e danos na fuselagem, além de pequenas áreas da pintura original. Enquanto trabalhavam nalguns dos componentes menores, voluntários descobriram varetas ainda revestidas no seu óleo original e quando um tubo foi removido de uma unidade de injeção de combustível, uma pequena quantidade do combustível original estava ainda presente.
A pistola de sinalização encontrada na cabine Foto: RAF |
Durante o verão, uma descoberta interessante foi a pistola de sinalização, ainda montada no estojo original na parte da frente da fuselagem. Tendo informado e chamado as autoridades apropriadas, a pistola foi declarada segura e os técnicos posteriormente removeram-na da aeronave. Os voluntários já realizaram trabalhos de conservação na pistola de flares, que está agora em exposição no Museu.
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