Modelo à escala real do Gripen NG |
O Brasil assinou com a sueca Saab, a aquisição de 36 caças JAS-39 Gripen, no valor de 5475M USD (28 monolugares JAS-39E e 8 JAS-39F bilugares). O contrato inclui também treino para pilotos e mecânicos, peças sobressalentes iniciais e 10 anos de cooperação industrial e transferência de tecnologia para a indústria brasileira. A Embraer terá um lugar de destaque como parceira estratégica da Saab, no co-desenvolvimento do JAS-39F e total responsabilidade na produção.
O contrato acaba por ter maiores implicações, ao garantir também a aquisição de 60 JAS-39E para a Suécia. Esta encomenda estava dependente da produção do modelo para pelo menos um cliente estrangeiro, que numa primeira fase parecia ser a Suiça, mas que com a negativa ditada pelo referendo naquele país, acabaria por fazer do Brasil o país que permitirá à Força Aérea Sueca vir a voar o novo modelo. A Suécia espera por isso agora voar o Gripen até 2050.
Confirmado está também que o acordo para o leasing de 10 a 12 JAS-39C/D para a Força Aérea Brasileira utilizar até à chegada do Gripen NG (E/F), será em separado do contrato de aquisição dos modelos E/F.
Entretanto, o contrato para os Gripen NG necessita ainda do aval dos EUA, no que respeita a certos componentes de fabrico americano. O processo deverá contudo estar concluído durante o primeiro semestre de 2015, pelo que as entregas são esperadas entre 2019 e 2024.
Entretanto, e durante a cerimónia de apresentação do primeiro KC-390 da Embraer, o Brasil e a Argentina assinaram uma "Aliança Estratégica em Indústria Aeronáutica". A Argentina produz já componentes para o KC-390, pretendendo aumentar a fatia no "bolo". A Força Aérea Argentina revelou oficialmente que "o Governo nacional decidiu iniciar uma negociação com a administração de Dilma Roussef para a aquisição de 24 aviões Saab Gripen, dentro do programa denominado FX-2".
Por responder, estará ainda como poderão os dois países sul-americanos contornar restrições dos EUA e Reino Unido aos seus componentes, que incluem sistemas primordiais, como motores e cadeiras ejetáveis.
Para já, a assinatura do contrato coloca de uma vez por todas um ponto final na especulação sobre se a escolha do Gripen, anunciada em final de 2013 com alguma surpresa, sustentável ou não, após a anulação de um primeiro concurso FX-1, em 2011.
Sobre a intenção de adquirir um total de 120 Gripen para FAB, com as remanescentes 84 unidades a construir no Brasil, nada foi ainda adiantado.
Sobre a intenção de adquirir um total de 120 Gripen para FAB, com as remanescentes 84 unidades a construir no Brasil, nada foi ainda adiantado.
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