Aguiar Branco no hangar dos F-16 de alerta em Siauliai Foto: António Cotrim/Lusa |
O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar Branco, deslocou-se hoje à Lituânia para visitar a força nacional destacada integrada na missão da NATO nos países bálticos, encontrando-se igualmente com o seu homólogo lituano.
A visita, de um dia, começou com uma reunião entre Aguiar Branco e o ministro da Defesa da Lituânia, na capital, Vilnius.
O ministro da Defesa português deslocou-se de seguida, de avião, para a Base Aérea de Siauliai (norte da Lituânia, a 210 quilómetros de Vilnius) onde assistiu a uma apresentação da missão, almoçando depois com a força nacional destacada.
Portugal lidera a missão "Baltic Air Policing" nos últimos quatro meses de 2014, operando a partir da Base Aérea de Siauliai, com um contingente nacional constituído por setenta militares da Força Aérea Portuguesa, seis F-16 e o reforço de um avião de patrulhamento marítimo P-3.
Além dos F-16 estará também um P-3C nacional destacado no Báltico Foto: António Cotrim/Lusa |
"Foi reforçado este ano especialmente com o P-3, dadas as medidas de tranquilização definidas pela NATO em função da crise Ucrânia/Rússia", explicou aos jornalistas o ministro.
Portugal "voltará a assegurar a missão em 2016, referiu Aguiar Branco, explicando que essa responsabilidade tem cabido às forças nacionais de dois em dois anos desde 2007.
Estas missões de vigilância aérea do Báltico, em que participam também forças do Canadá, da Alemanha (na base de Amari, Estónia) e do Países Baixos (na base de Malbrok, Polónia), destinam-se a assegurar capacidades que os países bálticos não tinham quando aderiram à NATO, afirmou o ministro.
A "foto de família" com o contingente português em Siauliai Foto: António Cotrim/Lusa |
Esta visita ocorre numa altura em que têm sido detectados aviões militares russos no espaço aéreo europeu, incluindo no Báltico e em espaço aéreo sob responsabilidade portuguesa.
"Não devemos ter uma perspectiva de dramatismo da situação. A verdade é que o contexto internacional no último ano alterou-se no que diz respeito à ameaça concreta do leste europeu, e também daquilo que são as evidências do chamado flanco sul, com o designado Estado Islâmico", afirmou Aguiar Branco.
Para o ministro, não é "saudável entrar-se numa lógica de escalada", mas argumentou que "é necessário encontrar formas de resposta mais rápida, quer do ponto de vista operacional, quer do ponto de vista da decisão politica".
Fonte: Ministério da Defesa
Adaptação: Pássaro de Ferro
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