A janela da Torre de Londres de onde parecem jorrar a papoilas cor de sangue Foto: Historic Royal Places |
Realizou-se hoje no Reino Unido o dia destinado a homenagear todos os que deram a vida em combate pelo país. Instituído depois do fim da I Guerra Mundial, teve este ano especial relevância precisamente por se assinalar o centenário do início da primeira guerra global.
Numa demonstração assinalável de consciência coletiva, todo o país se uniu para homenagear os seus mortos. Desde desfiles, com a presença da família real, a cerimónias menores no recanto mais longínquo do país, a campos com cruzes com os nomes dos que partiram. Por todo o lado se podiam ver papoilas, um símbolo que ficou exatamente dessa primeira grande guerra, por ser a flor que crescendo nos campos de batalha da Flandres, ter a mesma cor do sangue lá derramado.
Até os clubes de futebol envergaram também uma papoila nos equipamentos de jogo, guardando um minuto de silêncio antes do início dos jogos.
Especialmente marcante, a exposição realizada na Torre de Londres, em que as papoilas que cada cidadão podia adquirir, com os fundos a reverterem para instituições de caridade, formaram um mar vermelho em torno do emblemático monumento da capital, que foi engrossando desde agosto até novembro, com o contributo de cada indivíduo.
Foto: Historic Royal Places |
Não sendo um tema específico de aviação, comentamos aqui hoje a grandiosidade desta manifestação de respeito pelos que caíram em combate para defender o seu país. Que diz muito sobre esse país e esse povo.
Exemplos para porventura aplicar noutras paragens, onde os mortos são esquecidos na poeira dos tempos e os ex-combatentes são tratados com desdém.
Quem deu ou se dispôs a dar a vida pela pátria merece ser lembrado. Uma memória que deveria estar à parte de qualquer ideologia política, credo ou convicção.
Como dizem os britânicos: "Respect"!
Tal como os restantes ramos das Forças Armads britânicas também a RAF homenageou os seus mortos Foto; Crown |
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