Nos EUA são designados “Oficiais de Armamento” mas a Força Aérea Israelita (IAF) prefere o termo tradicional “Navegadores”. Ainda assim, os navegadores de combate israelitas há já muito tempo que deixaram os mapas de papel, atuando como uma parte inseparável na execução de missões aéreas, analisando situações e tomando decisões.
Já não usam mapas nem compassos. A sua importância nas missões dos aviões de combate é crítica, mas não pilotam os aviões. Há muitos mitos à volta da função dos navegadores de combate. Quais são verdadeiros e o que realmente acontece no banco de trás do cockpit?
Inicialmente a função principal do navegador era, tal como o nome sugere, navegar e direcionar o avião para o seu alvo. O símbolo dos navegadores de combate era um compasso com asas.
O primeiro caça com navegador no inventário da IAF foi o F-4 Phantom II e a partir daí a função do navegador de combate começou a transformar-se no que é hoje-em-dia: um operador de sistema de armas. “Há muito, muito tempo, os navegadores eram realmente navegadores”, explica o Maj. Omri comandante do curso avançado de navegação na Academia. “O nome mantém-se historicamente, mas o seu trabalho esta já muito longe da navegação”
A importância dos navegadores nas missões operacionais aumentou com o desenvolvimento da tecnologia. Desde operar rádios e sistemas radar, a complexos sistemas de armas, a lista de responsabilidades continua a crescer. “Com a introdução de munições capazes de se autodirecionarem, supostamente o mundo da navegação deveria desaparecer completamente” continua Omri, “mas hoje, com a introdução do F-16I e F-15I, a quantidade de informação que o cockpit recebe, requer um elemento de tripulação que saiba como analisá-la e responder num curto período de tempo, e esse elemento é o navegador”.
Contudo ninguém tira o curso de piloto para se tornar navegador, como explica o Maj Omri, que acabou como navegador após completar o curso de pilotagem: “Todos sonham tornarem-se pilotos, mas esse sonho deriva da falta de entendimento do que é um voo de combate. Apenas depois de compreender esse mundo exigente no seu todo, é que se compreende porque (ser navegador) é tão gratificante e recompensador”.
Tanto pilotos como navegadores aprendem a informação que as tripulações de combate precisam de saber, para levar a cabo as missões. Como os navegadores não pilotam, nas primeiras fases do treino recebem a formação teórica e por vezes também em voo com um piloto-instrutor. “É importante que os navegadores compreendam a premissas e as noções básicas do voo e como são as coisas” reforça o Maj Omri. “A missão operacional é sempre um trabalho de equipa e não apenas de uma pessoa. Como tal, compreender o trabalho do piloto é essencial para o navegador. Ele tem que saber como pensar um passo à frente do piloto, coordenar-se com ele, saber como ele opera e como responder”.
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