Mirage 2000-9 dos Emirados Árabes Unidos Foto:USAF/Lawrence Crespo |
O Iraque pode vir a receber uma frota de dez Mirage 2000-9 dos Emirados Árabes Unidos já em março, de acordo com uma fonte governamental dos EAU. A decisão vem no seguimento de uma visita do Primeiro-ministro iraquiano ao Abu Dhabi em dezembro passado, durante a qual foram discutidos “mecanismos para melhorar a cooperação entre os dois países, para secar as fontes de terrorismo”.
Ainda segundo a mesma fonte, “os EAU estão a tentar fortalecer a segurança no Iraque de norte a sul, mas especificamente nas áreas de Bagdade a Erbil. (...) Especialmente Erbil, porque é aí que se encontram muitos interesses estratégicos dos EAU, relativamente a investimentos em petróleo e gás, bem como outros”.
Os EAU têm 36 caças multimissão Mirage 2000-9, que incorporam já muita da tecnologia do Rafale, incluindo aviónicos modulares, glass cockpit compatível com óculos de visão noturna (NVG) e sensores avançados, além do sistema de navegação e ataque desenvolvido pela Thales e a Dassault, também similar ao do Rafale.
Já em 2014, os EAU terão oferecido um número não especificado dos mesmos Mirage 2000-9 ao Egito. Aparentemente o interesse dos Emirados em desfazerem-se destes caças adquiridos em dois lotes (o primeiro em 1986 posteriormente modernizado e o segundo em 2003), está ligado à possibilidade de aquisição de 40 novos caças Rafale.
Um F-16 iraquiano aterra em Tucson Foto:Jordan Castelan/USAF |
Já por parte do Iraque, o interesse em caças modernos intensificou-se especialmente depois da decisão dos EUA em novembro passado, de adiar a entrega dos primeiros oito F-16 iraquianos, destinados inicialmente à base aérea de Balad, a norte de Bagdade. Preocupações de segurança, relacionadas com a instabilidade que grassa no pais, causada principalmente pelas ações do Estado Islâmico, levaram a que os F-16IQ fossem “desviados” para a base aérea de Tucson, no Arizona, EUA, onde os pilotos iraquianos designados para voar os aparelhos, estão em treino já desde 2012.
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