Airbus "de pernas para o ar" |
A notícia tomou Espanha de choque. Embora o "golpe palaciano" dentro da Airbus não seja ainda um dado adquirido, a informação de que a saída de Domingo Ureña, máximo executivo da Airbus em Espanha, significará uma reorganização interna, verteu a partir de um documento interno da empresa.
Apesar da actual estrutura estar protegida por um acordo entre o Estado espanhol, detentor de 4,2% da Airbus e a então EADS, datado de 2009, e da provável futura responsável por todas as fases de produção e fabrico das aeronaves fabricadas em Getafe (A330 MRTTT) e Sevilha (A400M e C295) Pilar Albiac, ser espanhola, na verdade ficará dependente directamente do alemão Bernhard Gerwert, Conselheiro-Delegado da Airbus Defence & Space e do seu escritório em Munique.
Além das fases de produção, mais informações internas apontam no sentido de que também a comercialização e vendas passem a ser dirigidas a partir de Munique.
Aparentemente, as manobras terão a ver com reorganizações internas entre as diversas empresas do grupo Airbus, quando a filial independente espanhola Airbus Military foi integrada juntamente com a Cassidian e Astrium na Airbus Defence & Space. E apesar de 80% da capacidade industrial desta nova empresa estar em Espanha, a sede ficou em Munique na casa da Cassidian, presidida por Bernhard Gerwert.
Assim, e apesar do insucesso de Gerwert em internacionalizar os caças Eurofighter Typhoon, acaba por ganhar controlo sobre a fatia de negócio realmente rentável e de futuro, que são as aeronaves fabricadas em Espanha.
Com o beneplácito do director máximo da Airbus, Tom Enders, também alemão.
Onde é que já vimos este filme?
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