O novo sistema promete salvar 10 vidas e 14 aeronaves até ao ano-horizonte de retirada do F-16 na USAF Foto: Joe McFadden |
Segundo a publicação Aviation Week, o incidente terá ocorrido já a 10 de novembro de 2014, mas apenas agora foi conhecido.
Durante uma missão de ataque a posições do Estado Islâmico na Síria, um F-16C da USAF a operar a partir da jordânia, terá sido salvo pelo novo sistema automático de anti-colisão com o solo (Auto GCAS). A USAF não confirma os detalhes, mas reconheceu que uma aeronave e um piloto foram já salvos pelo novo sistema.
O Auto GCAS foi desenvolvido pelo gabinete Skunk Works da Lockheed Martin, em conjunto com o Laboratório de Pesquisa da USAF e a NASA, tendo sido começado a ser integrado nas frotas de F-16 Blocos 40/50 da USAF apenas em setembro passado, com a nova atualização de software operativo OFP 6.2+.
O sistema protege o piloto, tomando temporariamente comando da aeronave e executando uma manobra automática de recuperação, quando deteta que um impacto com o solo está iminente.
O sistema compara constantemente a trajetória do F-16 com o perfil de terreno gerado por informação digital de elevação do solo (DTED). Ao detetar uma ameaça, um comando de evasão é emitido. Se nenhuma ação é tomada pelo piloto, o sistema assume automaticamente controlo. A recuperação inclui uma volta para reposicionar o avião, seguida de uma subida de 5Gs até que a colisão com o terreno seja evitada. O Auto GCAS pode contudo ser contrariado pelo piloto a qualquer momento, tal como pode ser acionado manualmente por um piloto em desorientação espacial.
Um sucesso na utilização do sistema, tão cedo após a instalação na frota, é um marco importante para um programa de desenvolvimento tão longo como foi o Auto GCAS, que promete ainda assim reduzir as perdas devidas a colisões como solo em até 90%.
Segundo a USAF, 26% de todas as fatalidades com aeronaves e 75% das perdas de F-16 são causadas por este tipo de acidentes.
Até ao momento, mais de 440 dos 631 F-16C mais recentes da USAF já receberam o Auto GCAS. Uma versão dedicada foi já proposta para os F-16 Bloco 30, que não possuem computadores de controlo de voo digitais, com os voos de teste previstos para os primeiros meses de 2015. Esta será igualmente introduzida pelos operadores europeus de F-16 MLU, (Portugal, Bélgica, Países Baixos, Noruega e Dinamarca), com os quais a USAF partilhará os custos de desenvolvimento.
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