terça-feira, 31 de março de 2015

EPSILON TB-30 DA FAP EXECUTA ATERRAGEM FORÇADA (M1812 - 16AL/2015)



"Uma aeronave da Força Aérea Portuguesa EPSILON-TB30 efetuou uma aterragem forçada na área de Monte Real. Ambos os tripulantes não sofreram qualquer tipo de ferimentos", afirmou o coronel Rui Roque, porta-voz da Força Aérea.
Segundo Rui Roque, "trata-se de uma aeronave de instrução que estava a efetuar um voo de instrução", apontando, para já, a possibilidade de na origem da aterragem forçada estar uma "falha mecânica", mas ressalvando que a Força Aérea está a investigar.
A aeronave está sediada na base aérea n.º 1, em Sintra.


O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria adiantou que o alerta para a ocorrência chegou às autoridades às 16.23 horas, tendo acorrido ao local quatro viaturas, apoiados por sete operacionais, dos Bombeiros Municipais de Leiria e Voluntários de Leiria, e GNR.
À agência Lusa, o comandante operacional municipal de Leiria, Artur Figueiredo, explicou que a aeronave militar caiu num terreno agrícola, nos campos do Lis, junto ao açude da Carreira.
"Não há vítimas, os pilotos estão bem e a aeronave tem danos que não aparentam ser significativos", declarou Artur Figueiredo.

Texto: JN
Fotos: Paulo Cunha/Lusa

sexta-feira, 20 de março de 2015

ELEFANTES - 60 ANOS - Pintura comemorativa II (M1811 - 15AL/2015)

Para além do Miguel Garrana Amaral, criador da pintura, um conjunto de militares da BA6 contribuiu para este notável trabalho, nomeadamente o 2º Sargento Margaça, o 2º Sargento Galvão e o Sargento Ajudante Alexandre, bem como a toda a Esquadra de Estruturas da EMMA, da Base Aérea nº 6.












O Pássaro de Ferro agradece, uma vez mais, ao Miguel Garrana Amaral, autor da pintura,  a cedência para publicação, destas imagens.

ELEFANTES - 60 ANOS - Pintura comemorativa I (M1810 - 14AL/2015)

Publicamos três imagens do "making of" na pintuta do C295 16705, comemorativa dos 60 anos da Esquadra 502 - Elefantes.
A cerimónia de apresentação da pintura comemorativa nesta aeronave decorre neste momento, na BA6 - Montijo.
Cortesia do seu autor, Miguel Garrana Amaral, a quem o Pássaro de Ferro agradece.
Mais logo, apresentaremos mais.




sábado, 14 de março de 2015

3502 MILHAS SEM REABASTECIMENTO (M1809 - 38PM/2015)

Vought A-7D Corsair II equipado com quatro depósitos de combustível externos     Foto: USAF

A 14 de Março de 1970, portanto há precisamente 45 anos, uma parelha de A-7D Corsair II da Força Aérea dos EUA (USAF), realizava um voo sem escalas e sem reabastecimento em voo, entre a base aérea de Edwards na Califórnia e Homestead na Flórida. 

Percorrendo um total de 3502 milhas (5600 km), o voo tinha como objectivo a demonstração de capacidades do então novo modelo D da família Corsair II. Com o recurso a até quatro depósitos externos, ou apenas com combustível interno, aliados a um baixo consumo do motor Allison TF-41-A-1, era uma aeronave detentora de uma capacidade de autonomia invejável.

Decorria então o conflito do Vietname, onde a USAF estava profundamente empenhada, e onde os A-7D haveriam de actuar em 12.928 missões de combate.

A enorme autonomia do A-7 era apenas um dos muitos atributos do caça-bombardeiro, que ficou apenas atrás do B-52, na quantidade de munição largada sobre Hanoi e o primeiro na precisão de largada desse armamento.





segunda-feira, 9 de março de 2015

SIKORSKY: exploração das aplicações dos rotores coaxiais para lá do Raider (M1808 - 05RF/2015)


Ainda o Sikorsky S-97 Raider não voou, a Sikorsky já estuda o design do seu rotor coaxial para aplicação em outras plataformas aéreas.
Segundo Mick Mauer (CEO), entrevistado aquando  da Heli-Expo 2015, [http://heliexpo.rotor.org/], disse que a tecnologia utilizada na construcção do Raider, que inicialmente tinha como alvo a competição para a substituição do helicóptero de observação armada, Bell OH-58D Kiowa Warrior do Exército Norte-Americano, poderá tradiuzir-se em melhorias em outros projectos em curso.
Segundo Mick Mauer: “As primeiras aplicações esperadas para o X2 [ver nota do autor] serão muito provávelmente militares. A razão para isso é a necessidade de ter um cliente que faça uma compra que justifique um grande investimento. Algo que é muito mais difícil conseguir, concretizar um negócio deste tipo, através do recurso ao mercado civil”.
O Raider, possui um rotor principal coaxial rígido e uma hélice propulsora na cauda, configura-se num design capaz de descolar, aterrar e de voo estacionário como um helicóptero, e de voar rápido e a grande altitude como um avião de asa fixa. É, essencialmente, da mesma classe de peso e dimensão de um helicóptero médio, como o Sikorsky S-76. Reforça ainda Mick Mauer que: “ O Raider é da dimensão do S-76. Quando se fala na sua capacidade de fazer as missões do S-76, eu digo, ainda não. Mas isso não significa que não venha a fazê-lo.”
O primeiro protótipo do S-97 já se encontra em testes no solo. Até ao momento (3 Março) o primeiro Raider já efectuou 14 arranques de motor, e somou 3.5 horas de teste. O aparelho ainda será sujeito a um total de 50 horas de teste no solo antes de iniciar o teste em voo. Para já, os primeiros testes da operação no solo já levaram o mesmo a atingir 85% da velocidade do rotor.
Não existe nenhum programa do governo dos Estados Unidos para os requisitos do S-97, mas a Sikorsky baseia este projecto com um aparelho destinado a demonstrar esta tecnologia com capacidade de multi-missão. O SB-1 Defiant, é uma versão de maior dimensão do Raider e que a Sikorsky espera possa ser escolhido como substitudo dos helicóptero H-60 Black Hawk e Boeing AH-64 Apache do Exército Norte-Americano.
A Sikorsky está também a perspectivar entrar no concurso para o programa MH-XX para um helicóptero para a Marinha dos Estados Unidos, mas não se sabe se com o mesmo tipo de rotor, possívelmente não. “Não quero pressupor uma solucção técnica. Mas é uma possibilidade.” Respondeu Maurer à questão da utilização do rotor coaxial rígido também em resposta ao programa da Marinha, e acrescenta que: “A dificuldade com o eixo coaxial para a marinha é o arrumar o helicóptero num hangar. Eles querem algo com grande durabilidade. São coisas diferentes os requisitos para o Exército e para o Corpo de Fuzileiros, em termos de mobilidade, operação em climas quentes e em altitude, velocidade, para a Marinha a proposta será sempre muito diferente.” Acrescenta que: “Eu não diria nunca, mas não me parece que seja a solução ideal”.



Texto por: Rui “A-7” Ferreira, em tradução livre/adaptação do artigo de 3 de Março, por  Dan Parsons, na Flightglobal.

Nota do Autor - O X-2, referido no texto, foi um projecto experimental, demonstrador de tecnologias, com um rotores principais coaxiais contra-rotativos e propulsão traseira, desenvolvido pela Sikorsky, e que incorpora um design inicialmente da Schweizer, e também muitos outros trabalhos já desenvolvidos nesta área para Sikorsky nas últimas décadas. Aliás, e históricamente falando, os rotores coaxiais não são uma novidade para a Sikorsky ao longo da sua existência, ainda que não o tenham aplicado em nenhum aparelho comercializado tanto no âmbito militar como civil. Os primeiros dois helicópteros de Igor Sikorsky, o S-1 (1909) e o S-2 (1910) são ambos com rotores coaxiais contra-rotativos, como também o foram projectos semelhantes de uma generosa mão cheia de pioneiros nesta área.
O que é curioso é o facto de que estes derivam de uma teoria de um cientista russo, Mikhail Lomonosov, que em Julho de 1754 a comprovou, fazendo voar em modelo à escala uma sua invenção, o “Aerodynamic”. Lomonosov, quando se teorizava sobre a possibilidade de fazer estudos científicos nas camadas superiores da atmosfera recorrendo a máquinas especialmente construídas para a elevação de aparelhos de registo de condições meteorológicas, construiu um aparelho. Trata-se de um aparelho propulsionado através de um sistemas de molas, em que dois conjuntos de pás dispostos horizontalmente rodavam em sentidos contrários, “escavando” o ar no sentido vertical, às camadas mais elevadas de ar. Para o efeito desta demonstração, e dado que o aparelho não dispunha da capacidade de controle direccional, era suspenso por um fio.
E esta, hein?


domingo, 8 de março de 2015

A SEMANA PASSADA (M1807 - 13AL/2015)


A semana passada fica marcada pela entrega à Esquadra 751 - Pumas do Sikorsky Humanitarian Service Award, por parte Helicopter Aviation International (HAI), que ocorreu nos Estados Unidos.
É mais um importante reconhecimento internacional para as missões de incomensurável alcance humanitário que a Esquadra 751 e os seus Homens levam a cabo, não raramente no limite e para além dele do seu próprio esforço e das suas máquinas - antes o SA 330 Puma e no presente o EH101, numa enorme área de oceano.
Parabéns! Obrigado! É um orgulho!


Decorreu, também, a segunda e última semana do exercício multinacional Real Thaw 2015, que terminou no dia 6, com excelentes resultados operacionais e culminando em mais um treino de elevado grau de exigência, centrado na Força Aérea, mas envolvendo meios do Exército e da Marinha de Guerra. 
Tendo em conta as tensões que se avolumam internacionalmente - Ucrânia/Rússia e o combate ao hiper radicalismo do Estado Islâmico - a preparação e o treino dos meios militares assume uma importância crescente. E estes exercícios que não raramente são entendidos por largos setores da "opinião pública" como "jogos/brincadeiras de guerra" e "sorvedouros de dinheiros públicos", servem também para a fazer perceber do seu erro de análise e afirmar as forças armadas - em conjugação com outras congéneres - que a defesa de conceitos e conquistas como a liberdade e a democracia não se compadecem com populismo e brincadeiras e são, antes, atos sérios de que depende a segurança comum.
Ainda neste âmbito, a  notícia a que o Pássaro de Ferro fez referência, relativa ao destacamento de caças F-16 e militares para a Roménia vem na sequência das preocupações crescentes relativas à situação militar naquela região e que por "simpatia", poderão levar a alterações sensíveis em toda a Europa, com incerto grau de apreensão.


A fechar a semana passada, fica a notícia triste da perda do António Ideias, um brilhante Homem, um excelente piloto (voou como piloto da Esquadra 201- Falcões e depois como piloto comercial e de acrobacia) a quem o Pássaro de Ferro dedicou muita atenção, em diversas circunstâncias.
Vai agora no seu derradeiro e infinito voo!
R.I.P.


quinta-feira, 5 de março de 2015

F-16 PORTUGUESES DE NOVO NA FRENTE LESTE (M1806 - 37PM/2015)



O Conselho Superior de Defesa Nacional romeno aprovou na passada terça-feira 3 de Março, a presença de quatro F-16 da Força Aérea Portuguesa em território romeno, durante os meses de Maio e/ou Junho do corrente ano de 2015, no âmbito das NATO Assurance Measures.

Desde a ocupação da Crimeia pela Rússia há um ano atrás, que a Aliança Atlântica tem reforçado os meios aéreos por toda a sua fronteira Leste, como forma de mitigar as procupações dos países da antiga esfera soviética, agora membros de pleno direito da NATO.
É o caso da Roménia, situada a escassos 300km da Crimeia, facto lembrado pelo Presidente romeno Klaus Johannis, ao anunciar a intenção de receber os meios aéreos portugueses.

O destacamento será composto por cerca de 150 elementos, em apoio aos quatro caças e significará o primeira vez que tropas lusitana são destacadas no país. Actualmente e no sentido inverso, está contudo a decorrer o processo de formação de pilotos e mecânicos romenos em Portugal, no âmbito da venda de 12 F-16 ex-FAP para a Força Aérea Romena.

Apesar da intenção romena em receber os reforços, e de fonte oficial portuguesa ter confirmado as negociações, não há ainda uma decisão definitiva sobre o assunto, que terá igualmente de ser ratificado pelo Parlamento romeno.

A NATO decidiu ainda instalar centros de comando e controlo na Letónia, Estónia, Lituânia, Polónia, Roménia e Bulgária, como resposta às ameaças colocadas pela Rússia e Estado Islâmico, e servirão para acelerar a chegada de eventuais reforços em caso de emergência.


quarta-feira, 4 de março de 2015

JAGUARES: Notas sobre a origem do emblema (M1805 - 04RF/2015)



"Há quase meio século, alguns pilotos que foram então destacados para rumar ao ultramar para operar os Fiat G-91 decidiram que era necessário encontrar uma espécie de identidade que os "agregasse" e que conjugasse as suas vontades e porque não as suas interrogações face àquilo que os esperava numa terra estranha.

No espaço de 24 horas, esse "símbolo" que procuraram criar teria de estar concluído, uma vez que era preciso rumar a terra africana rapidamente."



O bocadinho de história que hoje ouso aqui contar, ou recontar, resulta de uma conversa com um dos primeiros pilotos de FIAT G.91 que foram destacados para Moçambique, que me contou quando me mostrava um conjunto de emblemas bordados, que à laia de colecção, foi juntando e que reflectem uma parte significativa da sua vida militar.
Ainda por Lisboa, e constituída a equipe de seis pilotos iniciais da esquadra, e portanto com as ordens superiormente transmitidas e quase prontos a abalar, este grupo de pilotos tiveram de encontrar, ou criar, num curtíssimo espaço de tempo, aquele que se pretendia que fosse um símbolo para a esquadra. Ouvi esta história de um desses Jaguares fundadores, quando me mostrou este emblema ímpar e que, disse, « foi tudo tratado no espaço de um dia». Temos de encontrar um símbolo e um emblema «disse o chefe», o que não era fácil, encontrar um símbolo na forma de um animal que fosse agressivo e simbolizasse a missão, e após a exclusão por partes dos animais mais óbvios porque alusivos à caça ou porque já tomados por outras igualmente aguerridas esquadras, decidiram-se por um felino, como convém, desta feita o jaguar. Falta o mote, alguém diz, logo respondido com um: «vemos no Canto IX,  por lá encontramos de certeza». Só faltava um desenho composto de todos os elementos encontrados. A solução foi encontrada na loja do fabricante de automóveis Jaguar, em Lisboa, não sem uma aguerrida negociação, por lá se conseguiu um dos seus emblemas. Retornado ao comandante da esquadra, o então Ten. Vitor Silva, mostrou a cabeça de jaguar, símbolo da marca inglesa, auferindo o assentimento do “chefe”, imediato que foi. Depois, foi o conseguir que uma senhora bordadeira conseguisse colocar tudo num conjunto, a cabeça do jaguar e o lema: De Nada a Forte Gente Se Temia, bordado com mestria e guarnecido de lantejoulas. Assim foi, no espaço de um dia que se criou mais um símbolo da Força Aérea Portuguesa, o da Esquadra 502 Jaguares.
Ao que julgo ter percebido, foram feitos mais seis emblemas, em tudo semelhantes a este original, um para cada um dos pilotos. Outros emblemas surjem mais tarde, um pouco diferentes.

Os primeiros oito FIAT G.91R/4 chegaram ao porto da Beira a 25 de Dezembro de 1968, desmantelados em contentores, foram montados e dados como operacionais seis dias depois no AB5 Nacala. A Esquadra 502 “Jaguares” foi criada em Janeiro de 1969, tendo inicialmente como pilotos:
Capitão Piloto-Aviador Fernando Fernandes (Jaguar-Mor)
Tenente Piloto-Aviador Manuel Bessa
Tenente Piloto-Aviador Rui Movila de Matos André
Tenente Piloto-Aviador Edgar Cardoso da Costa
Tenente Piloto-Aviador Vitor Manuel Rodrigues da Silva
Tenente Piloto-Aviador Costa Joaquim

Alguns dos primeiros FIAT G.91 da Esquadra 502 “Jaguares”, numa escala em Lourenço Marques, mostrando os primeiros jactos de combate naquela, então, província ultramarina. Na foto (da esquerda para a direita), os pilotos: Cap. Fernandes, Ten.André, Ten. Costa Joaquim, e Ten. Vitor Silva. À esquerda destes o Cap. Quaresma (da Secção de Transportes) e o filho.

Agradecimentos: Cor. Vitor Silva, Gen. Vizela Cardoso, Cor. Arnaut Monroy, e Gen. Conceição e Silva.

domingo, 1 de março de 2015

REAL THAW 2015 - SPOTTERS DAY - 2ª Parte (M1804 - 12AL/2015)

Segunda parte da reportagem fotográfica efetuada pelo Rafael Vieira, no Spotters Day do Real Thaw 2015.













REAL THAW 2015 - SPOTTERS DAY - 1ª Parte (M1803 - 11AL/2015)

Na passada quinta-feira, dia 26 de fevereiro, na Base Aérea nº 11, em Beja, realizou-se o já habitual "Spotters Day" no âmbito do exercício multinacional Real Thaw 2015. 
É uma oportunidade para os entusiastas da fotografia aeronáutica poderem estar perto e captarem com as suas câmaras, a atividade aérea protagonizada pelas diferentes aeronaves que integram o dispositivo aéreo operacional do exercício.
Deixamos aqui a primeira de duas partes ilustrativas desse dia, pelo olhar e objetiva do Rafael Vieira, a quem o Pássaro de Ferro agradece a disponibilidade para colaborar.













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