sábado, 30 de janeiro de 2016

ALPHA JET EM AÇÃO (M1827 - 07/2016)

Linha da frente.

O Alpha Jet equipa, presentemente, a Esquadra 103 - Caracóis.
Esquadra e aeronaves têm Beja como a sua base de operação e voam diariamente um legado imenso de já mais de duas décadas (23 anos) ao serviço da Força Aérea Portuguesa.
No presente, poucas aeronaves Alpha Jet restam no ativo e alguns exemplares representam mesmo o decano dos aviões wrap around na arma aérea nacional, outras mantém ainda as cores dos últimos "Asas de Portugal" e outra apresenta-se com as cores históricas dos Caracóis.
As fotografias que aqui se publicam retratam um recente dia de operação na vida destas aeronaves e dos pilotos que nelas se preparam para a plataforma seguinte, o F-16.
Mas, seguramente que para termos excelentes pilotos de F-16, eles também o foram no Alpha Jet e, mais ainda, instruídos pela grande experiência de outros pilotos instrutores e pela competência técnica dos mecânicos e pessoal da manutenção das aeronaves que, na retaguarda, digamos, tornam todos os dias possível, o sonho de voar!





As aeronaves surgem configuradas com o canhão ventral e, nas asas, suportes de largada de armamento de treino, revelando missões de treino de ataque.
Relativamente aos aviões no esquema dos "Asas de Portugal", a presença do canhão e do armamento nas asas torna estas imagens ainda mais históricas.



Fotografias: Francisco Brito Alves

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

25 ANOS DA "GUERRA DO GOLFO" (M1826 - 06/2016)


Quando a "Guerra do Golfo" rebentou, estava cumprir o serviço militar
     na altura obrigatório
como simples praça, na Marinha de Guerra.
Por ser militar, as notícias do conflito de certo modo geraram alguma apreensão, em mim e nos restantes camaradas de armas que, apesar de Portugal não ter participado ativamente no conflito, não escondiam algum desconforto com a ideia de que, caso as coisas alastrassem para uma dimensão mais global, não tivéssemos, por alguma razão, que ir para uma área de conflito.
Como é evidente, essa apreensão cedo se desvaneceu, transportando-nos para uma mera observação comum das imagens que nos chegavam.
A "Tempestade do Deserto" foi, aliás, a pioneira na noção de "a guerra em direto". Ninguém esquece os célebres diretos de Artur Albarran e do
     já na altura inevitável
José Rodrigues dos Santos, na televisão nacional, ou de Peter Arnett da CNN.
Para um indefetível admirador de aviões e de meios aéreos em operação, as imagens que diariamente chegavam eram de absoluto êxtase, uma vez que nos era dado ver uma multiplicidade de meios sem paralelo na história recente, justamente aqueles que nos faziam vibrar ao os vermos em fotografias nas revistas.
De repente, poder vê-los em ação (real) diariamente pela televisão era - apesar da brutalidade de qualquer guerra - algo a que não se ficava indiferente.


Com os Estados Unidos à cabeça da então "Coligação Internacional", ver em ação caças F-14, F-15 ou F-16, F/A-18, bombardeiros B-52 e B-1, o Stealth" F-117, etc. era absolutamente fascinante. Depois, o constante vai e vem nos porta-aviões, com os míticos A-6 e A-7E em operações de ataque e os já mencionados F-14
     não muito longe da "moda" Top Gun...
bem como os A-10 e helicópteros de diversas formas e valências a partir de bases em terra, completavam o ramalhete do delírio.


A soma de meios aéreos não parava e sobretudo os Tornado ingleses, foram outra das imagens de marca daqueles intensos dias de operações aéreas sobre o Iraque e o Kuwait, com as suas incursões de ataque a baixa altitude, razando o amarelado do deserto...
Parece que tudo o que se passou acabou por se embrulhar numa espécie de aura. Não a rotularia de nostálgica, porque a guerra não é dada a esses predicados, mas foram momentos - meses - em que a televisão foi uma janela "sem filtros"
    a televisão mostra apenas o que interessa mostrar
mas o conceito de podermos dizer, sem particular receio de errar
- Eu estou a ver o que está a acontecer, agora!
ganhou toda uma nova consistência.
A coisa, o conceito, passou tantas vezes de espontâneo a premeditado, a pensado e a condicionado colocando a causa depois da televisão e não a televisão depois da causa, subvertendo a lógica estabelecida, digamos.


Vergílio Ferreira, sobre cujo nascimento passam por estes dias 100 anos, afirmava que a televisão
     "esse instrumento redutor(...) de um modo geral, a televisão desnaturou o Homem, miniaturizou-o, fazendo de tudo um pormenor (...)
Ora, na "Guerra do Golfo", muitas coisas surgiram como novidade, quanto mais não seja encimadas pelo próprio facto de a televisão passar a condicionar a guerra e nem sempre o contrário, como seria de esperar. Foram portanto tempos interessantes, com uma escapadela sociológica para lá da guerra como entidade, derramando-a para outras evoluções da marcha humana.
Voltando aos aviões, o que verdadeiramente interessa numa página que lhes é dedicada, é perceber o seu papel no desenrolar deste conflito. E o seu papel foi preponderante, decisivo no desfecho da situação e na altura a (quase) tradição de uma missão, um avião, fazia completo sentido. E havia muitos aviões para muitas missões.
Hoje já não é tanto assim e a frase metamorfoseou-se para um avião, várias missões.
De resto, a Guerra é a Guerra - cantava Fausto - e volvidos estes 25 anos, com uma ironia demasiado grande, demasiado coberta pelo estouro das armas e pela contagem de mortos, o Iraque e aquela zona continuam como quase sempre estiveram. Todos os dias.
Em guerra!
Texto: ©AL/Pássaro de Ferro

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A-11A CORSAIR III - Um "sonho" de febre? (M1825 - 05/2016)

A navegação na "grande rede" proporciona momentos de diversa índole e não raras vezes algo inesperados.
Com alguma frequência, em buscas devidamente balizadas, surgem nos intervalos do que se pretende, algumas descobertas que nos provocam reações diversas e que atestam, sem especial espanto, que na internet tudo é possível.
Ora recentemente, enquanto buscava alguma informação sobre o legado do Corsair II, atravessou-se-me "isto" no ecrã. Escusado será dizer que u ma chapada virtual atingiu-me de forma abrupta.
E "isto" é, nada mais nada menos do que o "projeto/antevisão" de um tal de A-11A Corsair III.
Basicamente, o "ideólogo" da coisa tratou de retirar a entrada de ar do A-7 e colocá-la
     dividida em duas partes
na parte superior da fuselagem.
Todo o resto do A-7 foi mantido, digamos.
Deixam-se, posto isto, os comentários ao leitor.


Texto: ©AL/Pássaro de Ferro


sábado, 16 de janeiro de 2016

O [NÃO] A-7G CORSAIR II (M1824 - 04/2016)


Na década de 70, a Suíça chegou a equacionar adquirir o A-7. Os estudos para a operação do Corsair II pela arma aérea helvética aconteceram, como testemunha a imagem de cima, em túneis de algumas bases aéreas daquele país dos Alpes. As aeronaves seriam do padrão D/E já operado pela USAF e USNavy.


A Vought, para de certa forma "animar" os decisores políticos a decidir pelo seu avião, chegou a fazer uma espécie de antevisão de como poderiam ser as aeronaves Suiças, conforme atesta a imagem.
Contudo, o governo suíço acabou, como se sabe, por adquirir o F-5, aeronave que ainda hoje é operada pela Força Aérea Suíça e que, inclusivamente, equipa a "Patrouille Suisse", a responsável máxima pela projeção daquele ramo das forças armadas helvéticas.
É impossível resistir à pequena piada/innuendo: foi um A-7 que nunca chegou ao (ponto) G!

Nota: Fica o agradecimento ao André Carvalho por revelar a primeira imagem desta edição. 

Texto: ©AL/Pássaro de Ferro


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

A CORREIA DAS COREIAS (M1823 - 03/2016)

Os F-16C da Coreia do Sul são uma das pontas da lança da arma aérea daquele país.

O conflito latente
     ou dormente
entre as duas Coreias, a do Norte e a do Sul, já faz parte das dores 
     do ADN
do planeta. Já aprendemos a viver com ele e só estranhamos quando a "gritaria" por lá decide trepar a escala dos decibéis ou da tensão métrica.
A coisa já vem dos meados do século passado, quando uma guerra as separou e, de então para cá, não mais se juntaram.
Dos dois lados permanece uma espécie de "equilíbrio de terror" à escala local, devidamente vigiado pelas potencias interessadas no fiel da balança.
Há uma espécie de correia que liga ou desliga as Coreias, dependendo do ângulo tomado. Há muita coisa que as une
     a correia de ligação
há muita coisa que as separa
     a correia em riste como fator de medo comum.

Na imagem, observamos vetusto Mig-19 Norte Coreano devidamente guardado por dois soldados. 
O poder aéreo da Coreia do Norte peca por indefinido. Não se sabe se, quanto, o quê, como, qual... Ou sabe-se apenas o que interessa saber, ou o que se consegue saber. Certezas há poucas...

Pelo ar, sabemos dos poderes da do Sul, devidamente acompanhada do amigo americano. Já não sabemos tanto dos poderes da do Norte porque a cortina é demasiado opaca, a palavra ou as palavras são demasiado oficiais e 
     eventualmente
ilusórias para sobre elas se fazer mesa de avaliações de fé. Há apoios tácitos, mas que não se comprometem publicamente, sob pena da pressão global fazer das suas na contagem dos créditos.
O Pássaro de Ferro, aliás, já dedicou alguma atenção a este assunto, através desta edição que somou já vários milhares de visualizações e que, muito ou pouco discutível, muito ou pouco polémica, merece ser lida, sem complexos posicionais.
Aliás, a simples reação a este excelente trabalho do Francisco Duarte, só prova que a "correia das Coreias" é uma engrenagem, um ente de complexa compreensão, por mais claras que pareçam as coisas, quer de um lado, quer de outro.

Texto: ©AL/Pássaro de Ferro

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

VOAR COM BOWIE (M1822-02/2016)

À partida, David Bowie e os aviões e o seu voo, pouco ou nada dirão um ao outro e dificilmente surgiriam num espaço dedicado à aviação e aos seus factos.
Contudo, existe sempre a possibilidade de a música nos fazer voar para outras dimensões ou estados físicos ou de alma.
A música "Space Odity", aqui partilhada, será, seguramente, uma daquelas que tem asas e no-las empresta para que voemos em conjunto pelo infinito do céu, lado a lado com um mestre.
R.I.P.



domingo, 10 de janeiro de 2016

EDITORIAL 2016


O Pássaro de Ferro começou há quase 10 anos – em 15 de maio de 2006.
O seu quase único propósito da altura, o pilar primevo da sua essência, era o de partilhar histórias e algumas memórias mais ou menos pessoais do seu então único autor.
Volvida esta (quase) década, o Pássaro de Ferro está de novo de volta (também) a essa matriz, depois de ter acumulado outras que o fizeram crescer, crescer e… parar para se repensar.
O ano que há dias chegou ao fim marcou, em abril, o "fim" de uma era. De então para cá, muito pouco se voou nesta página. 
Contudo, a paixão pela aviação não se demove ou remove, nem com longos hiatos, nem com paliativos de nenhuma origem. Passa a ser quase uma outra pele que nos veste, por mais que a queiramos dispensar, em face de mil e uma circunstâncias que nos afetem, ou que sobre ela queiramos enxotar arduras e comichões, como se enxotam moscas ou coisas que nos aborreçam ou interpelem o sossego.
O ano que agora começa assinalará, espera-se, uma espécie de terceira vida desta marca da aviação.
Não será – como de resto nunca foi - mais uma página dedicada aos aviões - como há tantas, umas melhores do que outras - e será, tanto quanto possível, um local onde os aviões serão 
     continuarão a ser
escritos de uma forma o mais longe possível de lugares comuns ou frases feitas.
O primado deste recomeço será menos quantidade e mais qualidade. A página “Porta de Embarque 04”, dedicada à aviação civil permanecerá inactiva.
O Pássaro de Ferro criou o seu "livro de estilo" e é com ele e por ele que regressará à sua relação única e fiel com os aviões e a toda a paixão que os rodeia e os faz voar e a nós com eles.
Obrigado a todos os que seguem o Pássaro de Ferro!

                                                                                                                       

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