Estas fotografias não deveriam ser notícia, digamos, nem ter a tremenda carga simbólica que tem.
Tratam-se de registos da passagem pela ilha da Madeira, hoje, de uma parelha de caças F-16 da Força Aérea Portuguesa, no âmbito do exercício militar "Lusitano 2016" cujas operações aéreas aconteceram no Aeródromo de Manobra nº3, em Porto Santo, na região Autónoma da Madeira.
Não deveria ser notícia, porque não deveria ser uma passagem que aconteceu mais de 6 anos depois, repito, mais de 6 anos depois desde a última vez que tal aconteceu, justamente em 2010, aquando da comemoração festiva dos 58 anos da Força Aérea.
Ainda assim, é preciso recuar 3 anos para registar a última e fugaz passagem de caças F-16 pelo Porto Santo, durante o exercício "Lusitano 2013", que foi aqui reportado.
Como é evidente, a culpa não é da Força Aérea, nem das esquadras, nem dos pilotos.
Tratam-se de registos da passagem pela ilha da Madeira, hoje, de uma parelha de caças F-16 da Força Aérea Portuguesa, no âmbito do exercício militar "Lusitano 2016" cujas operações aéreas aconteceram no Aeródromo de Manobra nº3, em Porto Santo, na região Autónoma da Madeira.
Não deveria ser notícia, porque não deveria ser uma passagem que aconteceu mais de 6 anos depois, repito, mais de 6 anos depois desde a última vez que tal aconteceu, justamente em 2010, aquando da comemoração festiva dos 58 anos da Força Aérea.
Ainda assim, é preciso recuar 3 anos para registar a última e fugaz passagem de caças F-16 pelo Porto Santo, durante o exercício "Lusitano 2013", que foi aqui reportado.
Como é evidente, a culpa não é da Força Aérea, nem das esquadras, nem dos pilotos.
A responsabilidade pertence ao poder que tulela
as forças armadas e que não entende - por ausência de prova política e
prática - que a Região Autónoma da Madeira é território português e que,
perante o quadro geopolítico atual, é "apenas" uma região que está no
flanco sul/sudoeste da apetecível e ameaçada Europa e que, sem
necessidade de meter explicador, tem praticamente a mesma importância
estratégica e geográfica que tem os Açores.
A defesa deste flanco sul/sudoeste não é (não deveria ser...) matéria de simples retórica de circunstância política; a continuidade territorial, bem como o sentimento de pertença à nação portuguesa, não deverão ser (não deveriam ser...) meras alusões discursivas, sem qualquer consecução prática visível.
A gestão dos recursos da defesa, deveria caucionar com mais frequência a presença de meios que preencham o tremendo vazio que alimenta o isolamento e a sensação de desagregação do território.
Como é evidente, estou mais do que ciente que a prática política dispensa este "romantismo patriótico", uma vez que ele não é prioritário em termos práticos, nem tão pouco concorre muito para a sobrevivência dos regimes em Estados cuja democracia e a tranquilidade são, por assim dizer, dados adquiridos, como é o nosso, adormecidos que estão à sombra certa dos votos que se sucedem sem preocupações deste género.
Mas para mim, cidadão português e atento a estes problemas e a estas ausências, é preocupante constatar que mais rapidamente as forças armadas e em especial as esquadras de F-16 se deslocam a exercícios fora do país
(no âmbito das suas missões operacionais e no quadro da NATO, facto que não questiono de nenhuma forma)
do que marcam presença - concreta, física, operacional, vigilante - em regiões periféricas, tão vulneráveis e, simultâneamente, tão decisivas para a soberania nacional e até para a segurança da Europa, como são os Açores e, neste caso (aqui em análise) da Madeira.
A defesa deste flanco sul/sudoeste não é (não deveria ser...) matéria de simples retórica de circunstância política; a continuidade territorial, bem como o sentimento de pertença à nação portuguesa, não deverão ser (não deveriam ser...) meras alusões discursivas, sem qualquer consecução prática visível.
A gestão dos recursos da defesa, deveria caucionar com mais frequência a presença de meios que preencham o tremendo vazio que alimenta o isolamento e a sensação de desagregação do território.
Como é evidente, estou mais do que ciente que a prática política dispensa este "romantismo patriótico", uma vez que ele não é prioritário em termos práticos, nem tão pouco concorre muito para a sobrevivência dos regimes em Estados cuja democracia e a tranquilidade são, por assim dizer, dados adquiridos, como é o nosso, adormecidos que estão à sombra certa dos votos que se sucedem sem preocupações deste género.
Mas para mim, cidadão português e atento a estes problemas e a estas ausências, é preocupante constatar que mais rapidamente as forças armadas e em especial as esquadras de F-16 se deslocam a exercícios fora do país
(no âmbito das suas missões operacionais e no quadro da NATO, facto que não questiono de nenhuma forma)
do que marcam presença - concreta, física, operacional, vigilante - em regiões periféricas, tão vulneráveis e, simultâneamente, tão decisivas para a soberania nacional e até para a segurança da Europa, como são os Açores e, neste caso (aqui em análise) da Madeira.