F-35B inglês.
Redação, Pássaro de Ferro, 29 de novembro de 2035.
«Termina amanhã, dia 30 de novembro de 2035, a rotação de 5 caças ingleses F-35 na Base Aérea nº 5, em Monte Real, no âmbito de mais um "Portugal Air Policing".
Estes aparelhos, relembra-se, permaneceram os últimos três meses em Portugal no âmbito do programa da NATO de patrulhamento aéreo nos países que não tem essa capacidade – Países Bálticos, Islândia e agora Portugal, iniciado no nosso caso no princípio deste ano, com a presença de 5 caças Eurofighter espanhóis modernizados, de janeiro a abril e depois, de maio a agosto, por quatro caças F-35 da Bélgica.
Com a recente retirada de serviço dos últimos quatro de um total de 27 caças F-16M nacionais que chegaram a integrar duas esquadras de voo, que cumpriram 40 anos de operações em Portugal, em que voaram mais de 150 mil horas e tendo chegado ao fim do seu potencial operacional, “esticado” e esgotado por sucessivos pacotes de modernização – o nosso país deixou de ter capacidade de defesa aérea própria.
Os sucessivos governos revelaram-se incapazes de precaver, atempadamente, a continuidade das capacidades de defesa aérea, através da substituição dos caças F-16 que, desde junho de 1994 a asseguravam, inclusivamente noutras nações - países Bálticos e Roménia - no âmbito de programas semelhantes ao que agora Portugal integra, mas como país assistido.
Aliás, já em 2018, com o fim da operação da frota de aviões Alpha Jet e com a sua não substituição por qualquer outro avião de instrução avançada, se começou a perfilar/adivinhar o fim da capacidade própria de defesa aérea, uma vez que a formação de pilotos de combate ficou fortemente afetada e que, devido ao sucessivo desinteresse das tutelas, pressionadas pelos partidos mais radicais que defendem o fim da ligação à NATO e a redução dos gastos com material militar, se tornou incomportável.
Tudo isto, aliado ainda às sucessivas dificuldades orçamentais que foram restringindo até níveis mínimos admissíveis o envio de pilotos para formação em países terceiros, por falta de meios de formação próprios e, lá está, por constrangimentos financeiros públicos e notórios, através de sucessivas governações que descuraram a defesa nacional, considerando-a... "redimensionável".
Para agravar a situação, foi-se registando uma forte saída de pilotos militares para a aviação civil, desmotivados pelas fracas condições no meio militar, pelo próprio definhar e decadência das operações e horas de voo, aliciados igualmente pelo "boom" da aviação comercial, situações cuja resolução foi sendo sempre adiada, como já se aludiu, por sucessivos governos.
Até final deste ano de 2035, não haverá caças em território nacional, sendo que a capacidade mínima de defesa aérea, mais uma vez, será assegurada pelos nossos vizinhos do lado.
A partir de Janeiro de 2036, e durante quatro meses teremos a patrulhar os nossos céus caças F-35 da Noruega e, depois de maio a agosto, quatro caças F-35 da Polónia.»
Estes aparelhos, relembra-se, permaneceram os últimos três meses em Portugal no âmbito do programa da NATO de patrulhamento aéreo nos países que não tem essa capacidade – Países Bálticos, Islândia e agora Portugal, iniciado no nosso caso no princípio deste ano, com a presença de 5 caças Eurofighter espanhóis modernizados, de janeiro a abril e depois, de maio a agosto, por quatro caças F-35 da Bélgica.
Com a recente retirada de serviço dos últimos quatro de um total de 27 caças F-16M nacionais que chegaram a integrar duas esquadras de voo, que cumpriram 40 anos de operações em Portugal, em que voaram mais de 150 mil horas e tendo chegado ao fim do seu potencial operacional, “esticado” e esgotado por sucessivos pacotes de modernização – o nosso país deixou de ter capacidade de defesa aérea própria.
Os sucessivos governos revelaram-se incapazes de precaver, atempadamente, a continuidade das capacidades de defesa aérea, através da substituição dos caças F-16 que, desde junho de 1994 a asseguravam, inclusivamente noutras nações - países Bálticos e Roménia - no âmbito de programas semelhantes ao que agora Portugal integra, mas como país assistido.
Aliás, já em 2018, com o fim da operação da frota de aviões Alpha Jet e com a sua não substituição por qualquer outro avião de instrução avançada, se começou a perfilar/adivinhar o fim da capacidade própria de defesa aérea, uma vez que a formação de pilotos de combate ficou fortemente afetada e que, devido ao sucessivo desinteresse das tutelas, pressionadas pelos partidos mais radicais que defendem o fim da ligação à NATO e a redução dos gastos com material militar, se tornou incomportável.
Tudo isto, aliado ainda às sucessivas dificuldades orçamentais que foram restringindo até níveis mínimos admissíveis o envio de pilotos para formação em países terceiros, por falta de meios de formação próprios e, lá está, por constrangimentos financeiros públicos e notórios, através de sucessivas governações que descuraram a defesa nacional, considerando-a... "redimensionável".
Para agravar a situação, foi-se registando uma forte saída de pilotos militares para a aviação civil, desmotivados pelas fracas condições no meio militar, pelo próprio definhar e decadência das operações e horas de voo, aliciados igualmente pelo "boom" da aviação comercial, situações cuja resolução foi sendo sempre adiada, como já se aludiu, por sucessivos governos.
Até final deste ano de 2035, não haverá caças em território nacional, sendo que a capacidade mínima de defesa aérea, mais uma vez, será assegurada pelos nossos vizinhos do lado.
A partir de Janeiro de 2036, e durante quatro meses teremos a patrulhar os nossos céus caças F-35 da Noruega e, depois de maio a agosto, quatro caças F-35 da Polónia.»
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Nota: Este texto é ficcionado e tudo nele, doutrina e/ou opiniões, apenas vinculam o seu autor.