O A-29 Super Tucano da brasileira Embraer, a ser construído pela Sierra Nevada para a USAF, casa vença a avaliação |
Na sexta-feira passada, 16 de fevereiro de 2018, a Secretária da Força Aérea dos EUA (USAF), Heather Wilson, revelou que tem reservados 2400M USD para gastar numa nova frota de aviões de ataque leve, ao longo dos próximos cinco anos.
O mesmo ramo das forças armadas americanas, já tinha anunciado no início do corrente mês, o cancelamento da demonstração de combate planeada para este segmento de aviões, em detrimento de um segundo teste, que colocará frente a frente, desta vez apenas dois dos concorrentes iniciais.
No primeiro Light Attack Experience, realizado em Holloman, Novo México, em Agosto de 2017, estiveram em avaliação o Textron Scorpion, AT-802, o Beechcraft AT-6B Wolverine e o A-29 Super Tucano da Embraer/Sierra Nevada.
O AT-6 Wolverine será uma vez mais o concorrente do avião de origem brasileira |
Desta vez, apenas o AT-6 e o A-29 estarão em competição, entre Maio e Julho próximos na base de Davis-Monthan, Arizona. Segundo Heather Wilson, a intenção é "trabalhar de perto com a indústria para testar a manutenção, redes de dados e sensores, nos dois aviões de ataque leve mais promissores". Segundo a Secretária da USAF, "isto permitirá reunir a informação necessária para uma rápida encomenda".
O Teste de Holloman custou 6M USD e foi pensado para determinar a utilidade militar das plataformas participantes. Um total de 16 tripulantes da USAF formaram a equipa de avaliação, incluindo 12 pilotos e 4 oficiais de armamento. Participaram ainda dois crew chiefs, quatro mecânicos de armamento. 13 engenheiros avaliaram os aviões e seis controladores de voo controlaram as missões de teste.
Após esta fase, a USAF inicialmente planeou enviar os finalistas para o Comando Central da USAF para "demonstrações de combate", em que voariam missões reais de combate. Chegariam entretanto à conclusão de ter já "a informação certa" para poder seguir em frente.
Segundo um email da porta-voz da USAF, Maj Emily Grabowski, desta vez a ênfase será colocada nos "requerimentos de logística e manutenção, questões de sensores e armamento, validação de programas de treino (syllabus), redes e futura interoperabilidade com outros parceiros". O mesmo documento revela ainda que "a Força Aérea irá igualmente testar a construção e operação de uma nova rede, exportável e económica, que permita às aeronaves comunicar com forças conjuntas e multinacionais, bem como centros de Comando e Controlo".
Segundo a Secretária da USAF, o número de aeronaves a adquirir ainda não está definido: "Quando terminarmos o teste, veremos quantos queremos comprar, a que ritmo, começando em que ano e que sensores queremos neles. (...) É essa a intenção de testar e seguir rápido em frente. Vamos adicionando coisas enquanto avançamos".
Além de pretender uma aeronave de combate de baixo custo, que permita aliviar o esforço de combate nos caças de 4ª e 5ª Geração, a USAF quer utilizar o presente programa de testes, como modelo para aligeirar futuros concursos de aquisição de aeronaves.
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