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Lockheed P-3C CUP+ Orion da Esquadra 601 da Força Aérea Portuguesa |
As Forças Armadas portuguesas participam este ano com o maior número de meios e de militares numa missão no Golfo da Guiné.
Um total de 342 militares, sendo 311 da Marinha e 31 da Força Aérea. Três navios da Marinha - a fragata “Álvares Cabral”, o reabastecedor “Berrio” e o patrulha “Zaire”. Da Força Aérea, uma aeronave P-3C Orion de patrulhamento marítimo, da Esquadra 601. Serão o contributo português, destacado de 21 de março e 3 de abril, para o maior exercício militar aeronaval internacional, o OBANGAME EXPRESS 18, realizado no Golfo da Guiné.
Este exercício tem como principal objetivo promover a segurança global na região através da cooperação entre todas as forças e unidades navais dos países participantes e a partilha de informação no domínio marítimo entre os diversos centros de operações marítimas no Golfo da Guiné. A capacitação dos países do Golfo da Guiné, em concreto na área da segurança marítima e do combate às atividades ilícitas no mar, onde se destaca o combate contra a pirataria, o narcotráfico e a delapidação abusiva dos recursos marinhos, bem como a proteção das bases de exploração petrolífera existentes na região, são outros dos grandes objetivos deste exercício militar promovido pelo comandante das forças navais norte-americanas para a Europa e África e 6ª Esquadra (United States Naval Forces Europe-Africa/United States 6th Fleet).
A edição deste ano do OBANGAME EXPRESS 18, decorrerá entre a costa do Senegal e as águas de S. Tomé e Príncipe. Para além da participação de meios humanos, navais e aéreos nacionais, contará com a participação dos países africanos de Angola, Benim, Cabo Verde, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gambia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Namíbia, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Senegal, Togo, República do Congo, República Democrática do Congo e Serra leoa.
Participam igualmente a Alemanha, Bélgica, Brasil, Canada, Dinamarca, Espanha, França, Marrocos, Holanda, Noruega, Espanha, Turquia e EUA.
Destaca-se que a bordo dos navios portugueses seguem três observadores oriundos do Brasil, Espanha e Chile, uma equipa de abordagem com 8 fuzileiros de Cabo Verde e 10 militares da guarda-costeira de São Tomé e Príncipe.
Relembra-se que no Golfo da Guiné situam-se 4.000 milhões de metros cúbicos de reservas de gás natural e é onde tem origem cerca de 50% da produção de petróleo do continente africano, representando 10% da produção mundial, estimando-se que desde 2013 são perdidos por dia 40.000 barris devido a atos de pirataria ou roubo.
Salienta-se também que aproximadamente 40% do volume de peixe capturado nas águas da África Ocidental são provenientes de pesca ilegal, representando uma perda anual de mais de 1,5 milhões de dólares para os Estados da região.