F-16 romenos e portugueses: uma parceria para continuar |
O ministro da Defesa romeno revelou na passada sexta-feira 13 de Julho de 2018, a intenção de adquirir mais cinco F-16 a Portugal, a adicionar à encomenda inicial de doze, entregues entre 2016 e 2017, e a operar no país dos Cárpatos.
Em declarações à imprensa local, Mihai Fifor acrescentou que o pedido foi realizado pelo secretário de Estado Mircea Dusa, durante a visita que este realizou a Portugal no início de Julho.
A intenção é de aumentar a actual frota de F-16 romena que inclui nove versões monolugares e três bilugares, com mais quatro monolugares e um bilugar.
Sobre os valores envolvidos no potencial negócio, Mihai Fifor não se alongou, tendo adiado a questão para depois:"Falaremos sobre o montante a pagar por estes aviões mais no final do ano, quando temos a intenção de levar uma Lei ao Parlamento, para continuar o programa F-16. É ainda cedo para falar de custos neste momento", concluiu acerca do assunto.
A Roménia pagou um total de 628M EUR pela dúzia de F-16 iniciais, embora este valor incluísse treino de pilotos e técnicos, bem como material de apoio e armamento.
As ambições da Roménia de aumentar a sua frota de F-16 não se esgotam contudo nesta segunda encomenda a Portugal: "No próximo período, discutiremos também os outros 36 F-16 que queremos comprar. Temos várias possibilidades em equação, falámos com vários Estados que têm F-16 e que os podem disponibilizar para venda, incluindo os EUA, Israel ou Grécia".
Esta vontade de criar mais Esquadras de voo equipadas com F-16 tinha já sido expressa anteriormente pelo executivo romeno, podendo actualmente ter ganho maior força, com o acidente com um MiG-21, que vitimou o piloto e levou à paralisação da frota por motivos de segurança.
Os MiG-21 romenos, apesar de modernizados, estão já em fim de vida, necessitando de substituição.
Da parte portuguesa não se conhecem ainda comentários oficiais acerca do tema. Sabe-se contudo que Portugal realizou no ano passado uma oferta à Bulgária para o fornecimento de oito F-16 MLU, que viriam dos EUA e seriam modernizados pela OGMA em Portugal, para depois seguirem para a Bulgária. Será por isso de acreditar, que os moldes deste potencial negócio com a Roménia, estejam dentro do mesmo princípio, o que não implicaria por isso uma redução da frota de F-16 ao serviço da Força Aérea Portuguesa, estabelecida em 30 aeronaves.
A OGMA está aliás,a concluir a modernização das três últimas células, que completam os 30 F-16 da frota nacional, depois da saída dos doze aviões com as cores romenas.
Quer a venda à Roménia, quer à Bulgária, permitiriam à OGMA manter a linha de modernização de F-16 em aberto, por mais alguns anos.
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