No passado dia 16 de setembro, cumpriu-se uma já tradição de abrir a "cidade dos caças" ao público.
Através desta abertura - inserida nas comemorações dos 66 anos da Força Aérea Portuguesa - dá-se a ver, ouvir e sentir o que é pertencer àquela urbe tão especial, a "cidade" onde pulsam os caças e todos os que os operam, seja lá de que forma for.
O 15136, com a deriva decorada com o Falcão, o símbolo maior da Esquadra 201.
A flight line, alí à vista de todos.
Nos hangares, entende-se com o pormenor possível, todo o trabalho que assegura todos os dias, desde 1994, que a frota nacional de F-16 é das mais seguras de entre todos os países que o operam o Fighting Falcon.
É lá, na Base Aérea nº 5, em Monte Real, onde os rugidos dos motores parecem arrancar-nos as entranhas e onde a adrenalina toca o céu em diversos desenhos, que o comum dos mortais percebe a elite que mantém a segurança aérea nacional.
O 15106, com a iconografia Jaguar, embaixador por excelência da Esquadra 301.
Dezasseis caças F-16 voaram naquela tarde, cumprindo missões operacionais, apresentando-se em múltiplas formações e evoluções que, sempre, mas sempre, provocam as melhores dores de pescoço do mundo!
Cerca de 25 mil pessoas estiveram presentes, vindas de todo o lado, incluindo algumas do lado de lá do atlântico, outras a cumprir centenas e até milheres de quilómetros para estarem perto do tremendo apelo dos caças.
A tradição cumpriu-se, claro, com o voo dos caças e tudo o que o antecede e sucede, à vsita de todos, e abrilhantada com a passagem do ilustre A310 MRTT que se juntou à festa com o seu recorte e a sua ação.
Formação rara - talvez inédita no céu público nacional - de 16 F-16 e o A310 MRTT vindo do país vizinho.
Desses milhares, alguns num C295, experimentaram o céu, cumprindo um "batismo" sem água benta mas seguramente com muitas imagens e sensações memorizadas, admirando a zona e a fighter town de onde o previlégio da superioridade do olhar se cumpre.
O C295, já habitual nestes eventos, assegura "batismos" de voo.
Novos e menos novos, famílias inteiras, amigos, companheiros, camaradas, todos no passeio pelas ruas da urbe, onde não faltou street food, estrelas da TV e do show bizz (Ricardo Carriço) e dos ares (Diana Gomes da Silva), bem como o pitoresco de meia centena de spotters denunciados pelos seus coletes refletores e as suas lentes apontadas aos céus e toda a animação das festas.
Ali perto, até os históricos do "museu" não faltaram à chamada, congregando no seu silêncio de estátuas, mil e uma memórias de tantos que os voaram e fizeram voar e que as vão passando de geração em geração, numa natural passagem de testemunhos que o tempo fará perenes.
As aeronaves que fizeram a História da fighter town. F-86, T-33, Fiat G91, T-38 e A-7P.
Vídeo de Marco Casaleiro.
Vídeo de Marco Casaleiro.
Até 2019!
Texto: António Luís/Pássaro de Ferro
Fotografia: LG
lá está o 18. Feio no chão mas bonito no ar, provavelmente o avião de maior longevidade da Fap e de certeza o que mais gerações uniu. A posição totalmente horizontal, demonstra que tiraram o motor, adulterando a sua silhueta característica e fazendo com que nem para exposição sirva. Não se compreende que não haja nenhum a voar.
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