Protótipo da Tape S1.1 dinamarquês carregando bomba Paveway III de 900kg para teste de largada real Foto: Nuno Freitas |
Está a decorrer até ao fim do mês, na Base Aérea nº5 em Monte Real, o Operational Testing and Evaluation (OT&E) do sistema de armas F-16.
Este processo, sobre o qual realizámos um artigo completo publicado na revista Mais Alto, mais não é do que a avaliação operacional da versão Beta do novo sistema operativo do F-16, para os leitores familiarizados com a nomenclatura informática.
É que tal como os vulgares PCs que temos em casa, também os caças de 4ª Geração passaram a ter actualizações periódicas dos seus sistemas (software e hardware), de modo a continuarem compatíveis com os novos armamentos e equipamentos disponíveis no mercado, além de introduzir outras melhorias eventualmente requisitadas pelos utilizadores.
Desde o dia 14 de Janeiro, as forças aéreas portuguesa, belga e dinamarquesa, encontram-se por isso a avaliar o novo Operational Flight Program (OFP ou Tape) S1.1 em F-16 protótipos.
Foto: Nuno Freitas |
Foto: Nuno Freitas |
Nesse sentido, são voadas missões em cenário próximo da operação real, para validar ou corrigir bugs, antes de serem instalados na totalidade das frotas, para uso operacional.
Apenas deste modo, e quando o F-16 celebra 40 anos de entrada em operação na Bélgica por exemplo, com os restantes países do grupo inicial EPAF (Dinamarca, Noruega e Países Baixos) imediatamente atrás, os seus sistemas continuam na primeira linha da aviação militar mundial.
A frota F-16 belga apesar de ter entrado ao serviço há 40 anos continua perfeitamente actualizada graças às actualizações periódicas dos seus sistemas Foto: Nuno Freitas |
Portugal, apesar de operar o sistema de armas F-16 há menos tempo que os restantes parceiros EPAF, juntou-se ao grupo aquando do programa MLU (Mid Life Upgrade), tendo participado activamente desde então no desenvolvimento dos novos OFP, sendo desta vez o Director de Testes deste OT&E , o TCor Monteiro da Silva, dada a sua experiência operacional e participação em anteriores testes do sistema de armas F-16.
Grupo de pilotos e técnicos portugueses, belgas e dinamarqueses envolvidos no OT&E da Tape S1.1 Foto: FAP |
Apesar de Noruega e Países Baixos terem optado por fazer uma avaliação à parte, devido a questões logísticas próprias, Bélgica e Dinamarca deslocaram meios humanos e técnicos para a BA5, de modo a tirar partido das boas condições climatéricas, espaço aéreo disponível e facilidades disponíveis em Portugal, para o efeito.
Aproveitando essas boas condições, a Dinamarca alongou ainda o destacamento em Portugal para realizar o exercício próprio Winter Hide 19, à margem da OT&E do F-16M.
F-16 portugueses, belgas e dinamarqueses durante a OT&E da Tape S1.1 Foto: FAP |
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