O Gen. CEMFA com os ministros da Defesa e Ambiente na Lousã Foto: MDN |
O Ministro da Defesa Nacional João Gomes Cravinho deslocou-se à Lousã na manhã de hoje, 4 de Agosto de 2020, juntamente com o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e a Secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, para assistir a um brífingue sobre a operação e demonstração de voo de uma das doze aeronaves não tripuladas (UAVs), adquiridas recentemente para a vigilância aos incêndios florestais.
O General CEMFA Joaquim Borrego recebeu assim os governantes, no aeródromo daquela vila beirã, onde já se encontrava desde o início de Junho um destacamento da Esquadra 552, com um helicóptero AW119 Koala, igualmente integrado no dispositivo de vigilância e combate a incêndios, tal como definido para o ano de 2020.
Destacamento na Lousã de um AW119 Koala da Esquadra 552 |
O destacamento de Sistemas Aéreos Não Tripulados da Força Aérea Portuguesa, que operará estes UAVs de Classe 1, adquiridos com caráter de urgência através no âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), encontra-se no aeródromo da Lousã desde a segunda metade de Julho, em fase de verificação dos sistemas para aceitação dos equipamentos, podendo os drones já ser notados em ação através de programas de radar virtual.
Imagem do radar virtual ADS-B Exchange |
Os aparelhos são aparentemente UAVision OGASSA OGS42V híbridos de desenvolvimento e fabrico nacional. Da dúzia de unidades adquiridas, por contrato assinado a 3 de Julho de 2020, seis são da versão de descolagem e aterragem convencional e outras seis têm capacidade de descolagem e aterragem verticais (VTOL).
Quando totalmente operacionais, o que deverá suceder até ao final do mês de Agosto de 2020, dez unidades ficarão repartidas por bases na Lousã (2 convencionais e 1 VTOL), Fóia (2 VTOL) e Macedo de Cavaleiros (2 VTOL). A base de formação e treino será na Ota onde ficarão 2 convencionais e 1 VTOL. Dois drones ficarão de reserva.
Apenas um dos OGS42V na Lousã tinha o sistema de propulsão vertical instalado Foto: João Bica via MDN |
Segundo a Resolução de Conselho de Ministros que aprovou a aquisição de doze UAV, a 30 de Abril de 2020, para a vigilância das florestas durante o período de incêndios, ficou definido que estes estarão também disponíveis durante a época baixa (Outubro a Maio), para vigilância da orla costeira, de áreas protegidas, de pedreiras e a referenciação necessária à execução do cadastro, a concretizar mediante protocolo com o Ministério do Ambiente.
Os drones, sistemas aéreos não tripulados, permitem, com mais baixo custo de aquisição e operação que os sistemas aéreos tripulados, manter uma vigilância contínua, pois cada aeronave pode permanecer no ar cerca de 12 horas consecutivas.
Estes sistemas permitem, assim, identificar incêndios nas suas fases iniciais, auxiliar, pela informação que captam e transmitem, a tomada de decisão do Comando para as Operações de Combate e, ainda, contribuir para as operações de rescaldo, vigiando pontos onde possam ocorrer reacendimentos.
Em 2019, ainda que em fase de testes operacionais, os sistemas aéreos não tripulados prestaram já contributo para o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais.
A Força Aérea foi autorizada a comprar os drones, a criar as infraestruturas necessárias e a adaptar o sistema de comando e controlo, até ao montante de 4,545 milhões de euros mais IVA, tendo a despesa sido totalmente paga pelo Fundo Ambiental.
Agradecimentos: André Carvalho
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