terça-feira, 15 de setembro de 2020

GRIPEN E: COLABORAÇÃO SUECA-BRASILEIRA [M2177 – 95/2020]

Gripen E brasileiro e sueco                         Foto: Saab
Gripen E sueco e brasileiro                  Foto: Saab

O primeiro Gripen E destinado à Força Aérea Brasileira, encontra-se a bordo do navio MV ELKE, que desembarcará o caça em Navegantes, Santa Catarina, Brasil. Seguirá depois para o aeroporto da mesma cidade, de onde partirá para as instalações da Embraer em Gavião Peixoto, São Paulo.

O primeiro F-39 Gripen E no navio a caminho do Brasil              Foto: Saab

A apresentação oficial do F-39 (como é designado localmente) com o número de cauda FAB4100, está prevista para 23 de Outubro de 2020 na base aérea de Anápolis, prosseguindo depois disso com as operações de ensaios em voo, em solo brasileiro.

O programa é fruto da colaboração entre Brasil e Suécia. Com o Gripen, as forças aéreas e a indústria de Defesa destes dois países formaram uma aliança, segundo o fabricante Saab "em busca da superioridade táctica em qualquer situação e época".

O programa centra-se agora na integração e teste de armamentos e sensores, entre outros componentes da aeronave. A verificação e validação conjunta da sua produção em série começou em 2019.

Foto: Saab

O Brasil e a sua indústria de Defesa têm grande participação no desenvolvimento do Gripen F. Ao todo, 400 engenheiros vêm trabalhando no desenvolvimento do caça bilugar, a maioria deles concentrados no Centro de Projetos e Desenvolvimento de Gripen (GDDN, do inglês Gripen Design and Development Network) nas instalações da Embraer em Gavião Peixoto, São Paulo. No mesmo local, o Gripen Flight Test Center começará a operar ainda este ano de 2020 e a primeira aeronave deve deixar a linha de produção da Embraer em 2023.

Foto: Saab

Entre outras coisas, a indústria brasileira está envolvida no desenvolvimento e produção de aeroestruturas, desenvolvimento de sistemas e aviónicos, na montagem final da aeronave, nos ensaios em voo e na manutenção do Gripen nas próximas décadas. Aliás, algumas das empresas brasileiras foram incluídas, na cadeia global de fornecimento de peças da Saab, para o Gripen E/F.

Todo este processo gerou um dos maiores programas de transferência de tecnologia já realizados para a Força Aérea Brasileira, bem como pela Saab para outro país. “Encontrámos no Brasil o parceiro perfeito. Eles não só têm o conhecimento operacional e uma indústria de aviação experiente, como também têm visão e compromisso de longo prazo, assim como nós”, afirmou Major-General Carl-Johan Edström, da Força Aérea da Suécia.

Atualmente, há um total de sete Gripen E a voar.




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