sexta-feira, 23 de abril de 2021

ELEFANTES COM PARTIDA MARCADA PARA O MALI [M2253 - 41/2021]

Força Nacional Destacada da Esquadra 502 na MINUSMA       Foto: MDN

A Secretária de Estado de Recursos Humanos e Antigos Combatentes, Catarina Sarmento e Castro, participou hoje 23 de Abril de 2021, na cerimónia de entrega do Estandarte Nacional à Força Nacional Destacada para a Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização do Mali (MINUSMA). A cerimónia decorreu pelas 15h00 na Base Aérea nº6, no Montijo.

A partida para a missão de seis meses, está marcada para o dia 10 de Maio, com rotação dos elementos destacados, aos três meses.

O destacamento, que inclui uma aeronave C295M da Esquadra 502 - Elefantes e cerca de 67 militares da Força Aérea Portuguesa, vem na continuidade de várias contribuições portuguesas no Mali e República Centro Africana, de apoio à estabilidade na região do Sahel.



MAIS DOIS AW119 KOALA PARA A FORÇA AÉREA PORTUGUESA [M2252 - 40/2021]

Leonardo AW119 Koala da Esquadra 552 da FAP

Integrados no pacote de aquisição de meios aéreos para o combate a incêndios florestais, anunciado pelo Governo em Março pretérito, pode ler-se na resolução de Conselho de Ministros nº27/2021, publicada em Diário de República a 22 de Março, a "aquisição de dois helicópteros AW119MKII, ao abrigo do direito de opção nos termos do atual contrato."

Estes dois Koala, cuja opção estava prevista no contrato assinado em 2017, para a aquisição dos cinco helicópteros do mesmo modelo, já a serem operados pela Esquadra 552, são portanto parte do pacote de seis helicópteros ligeiros, anunciados para o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para o período de 2023 a 2026.

No mesmo documento é possível ainda aferir que os custos totais com a aquisição de seis helicópteros ligeiros (nos quais se inserem portanto os dois Koala) e seis pesados, tem atribuída uma verba máxima de 63,4M EUR.

Está ainda definido o calendário para a chegada desses mesmo meios, com os primeiros dois helicópteros ligeiros (que serão porventura os dois Koala de opção) previstos para 2022 e os primeiros médios/pesados para 2023. 



Já a chegada dos dois aviões bombardeiros pesados tipo "Canadair" a adquirir pelo Estado, está prevista apenas para 2026, com uma verba afetada de 70,4M EUR para aquisição, infraestruturas e formação de tripulações e mecânicos.

Os helicópteros AS350B3 Ecureuil  do Estado deverão continuar ao serviço entre 2023 e 2026, tendo verbas alocadas no valor de 9,3M EUR para a sua operação e manutenção, durante esse período. Não é claro contudo, se serão incorporados na Força Aérea.

Incerto é ainda o destino da frota de helicópteros bombardeiros pesados Kamov Ka-32, igualmente pertença do Estado, mas completamente parada desde 2018 e que foi recentemente alvo de uma peritagem técnica. Segundo informação prestada pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, no Parlamento a 13 de Abril, a aquisição dos seis helicópteros médios/pesados é independente do destino dos Kamov.





quarta-feira, 21 de abril de 2021

KOALA TREINA FUZILEIROS [M2251 - 39/2021]

Fotos: Marinha Portuguesa

A Esquadra 552 da Força Aérea Portuguesa realizou hoje 21 de Abril de 2021, uma ação de formação na Escola de Fuzileiros, no âmbito dos cursos de Fuzileiros a decorrer.

Das imagens divulgadas na página Facebook da Marinha é possível ver o treino de inserção em rappel a partir do helicóptero AW119 Koala, na Escola de Fuzileiros.


Fotos: Marinha Portuguesa

Ainda segundo a mesma publicação da Marinha Portuguesa, "este tipo de treino reforça a capacidade de projeção de elementos das unidades do Corpo de Fuzileiros, permitindo ainda dar treino a diferentes áreas neste tipo de ações".

Ainda recentemente durante o exercício Real Thaw, foi possível observar os Koala dos "Zangões" envolvidos no mesmo tipo de operação, na ocasião com elementos do Núcleo de Operações Táticas de Projeção da Força Aérea.



quarta-feira, 14 de abril de 2021

KAMOV DE COMBATE A INCÊNDIOS EM "DILIGÊNCIA TÉCNICA" [M2250 - 38/2021]

Kamov Ka-32 da então EMA

A frota Kamov Ka-32 que transitou da extinta Empresa de Meios Aérea (EMA), e que se encontra imobilizada desde 2018, está a ser objeto de uma "diligência técnica" por parte de representantes do fabricante.

A informação foi avançada pelo ministro da Administração Interna, durante a sessão de ontem, 13 de Abril de 2021, da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, em resposta a interpelação do deputado Duarte Marques do PSD, sobre o futuro da frota de helicópteros bombardeiros pesados de combate a incêndios, de origem russa.

Segundo palavras de Eduardo Cabrita, "desde 2018 que a responsabilidade do futuro dos Kamov pertence à Força Aérea"  e que "neste momento está a ser feita uma diligência técnica com a presença em Portugal dos representantes da empresa fabricante, (...) que foi solicitada pelo Ministério da Defesa Nacional".

Da frota de seis Kamov Ka-32 adquirida em 2006, um sofreu um acidente em 2012, dois foram submetidos a manutenção em 2015 não tendo regressado à operacionalidade, enquanto os restantes três ficaram imobilizados desde o início de 2018.

Ainda segundo Eduardo Cabrita, a aquisição de novos meios aéreos destinados ao combate a incêndios florestais anunciada a 4 de Março passado, é independente do destino dos Kamov.





segunda-feira, 5 de abril de 2021

UMA DEZENA DE SUPER TUCANO PARA PORTUGAL? [M2248 - 36/2021]

Embraer A-29B Super Tucano da Força Aérea Brasileira

Segundo a publicação digital Infodefensa, Portugal encontra-se a negociar com a Embraer a compra de "dez exemplares do turboélice EMB-314 Super Tucano".

Segundo a mesma publicação, que cita fontes não reveladas, mas alegadamente próximas da Força Aérea Portuguesa, as aeronaves destinam-se a substituir os aviões Alpha Jet retirados em 2018, no treino avançado de pilotos, mas também para o apoio às operações militares portuguesas, no âmbito das Nações Unidas.

Apesar de se desconhecer a credibilidade das fontes citadas pelo sítio especializado em assuntos de Defesa da região ibero-americana, é sabido que Portugal realizou avaliação da aeronave de treino avançado e ataque ligeiro da Embraer, já por mais de uma ocasião. 

Além disso, ultimamente notícias na imprensa internacional têm vindo a insistir na existência de negociações destinadas à aquisição do Super Tucano (também designado A-29) por Portugal, embora geralmente baseadas apenas em suposições. Esta foi aparentemente a primeira vez que foi mencionada a quantidade de aeronaves em negociação, bem como a citação de uma alegada fonte junto do processo. Será também a primeira vez que é mencionada a intenção de dupla utilização das aeronaves para operações militares.

Portugal tem vindo a negociar com potenciais parceiros, a criação de uma Escola Internacional de Pilotos de Caça, com a utilização de novas aeronaves num regime "power by the hour", ou seja, num regime de aluguer, pagando apenas as horas de utilização da frota. Os modelos mencionados com mais insistência para esse fim têm sido o M-346 de propulsão a jato da Leonardo e o turboélice A-29 Super Tucano da Embraer.

Esta última opção pela utilização de aeronaves turboélice para o treino avançado de pilotos, vem sendo adotada por várias forças aéreas espalhadas pelo mundo, inclusivamente da NATO, como a França e a Espanha, nestes casos com a escolha do PC-21. Portugal também já realizou a avaliação deste tipo de solução, quando teve dois pilotos destacados na base aérea de Natal, no Brasil, entre 2015 e 2016, a voar o A-29 Super Tucano.

Já a capacidade de utilização do A-29 como plataforma de apoio a operações militares, seja como apoio de fogo ou para reconhecimento e vigilância, está mais que comprovada em condições de combate reais, por vários dos operadores do modelo, incluindo a Colômbia e o Afeganistão.

Infografia: Embraer

O anúncio recente da parceria entre a canadiana CAE e a Força Aérea Italiana, para utilização do M-346 numa escola internacional de pilotos, parece ter esvaziado a mesma possibilidade com Portugal, abrindo eventualmente o caminho em definitivo à opção Super Tucano. A frota mencionada de dez aeronaves para Portugal, parece contudo insuficiente para equipar uma escola internacional.

Dado que a última Lei de Programação Militar (LPM) não dispõe de dotação para a aquisição de aeronaves destinadas ao treino avançado de pilotos, o financiamento da operação teria aparentemente que vir de fontes alternativas, como a referida parceria privada. Não é contudo claro, até que ponto nestas condições (aluguer), as mesmas aeronaves poderiam ser empenhadas em operações militares em teatro de guerra, como afirma a peça da Infodefensa. Resta ainda a possibilidade de revisão da LPM, que irá ocorrer em 2022. 

Para já, aguarda-se alguma forma de comunicação oficial sobre o tema, que permita aclarar todas estas incógnitas.



sábado, 3 de abril de 2021

LOBOS REGRESSAM DE DESTACAMENTO NAS ILHAS AFRICANAS [M2247 - 35/2021]

O destacamento da Esquadra 601 em Cabo Verde com Embaixador e representantes locais     Foto via EMGFA

O Estado Maior General da Forças Armadas portuguesas informou em comunicado de imprensa o regresso hoje, dia 3 de abril de 2021, da aeronave P-3C CUP + da Força Aérea Portuguesa, com um destacamento de 36 militares da Esquadra 601 – “Lobos”, após ter realizado uma missão de cooperação bilateral com Cabo Verde.

O P-3C iniciou a missão na cidade da Praia, ilha de Santiago, em Cabo Verde, no dia 27 de março, após participar no exercício internacional OBANGAME EXPRESS em São Tomé e Príncipe.

No dia 29 de março a aeronave portuguesa realizou patrulha no Norte da Zona Económica Exclusiva (ZEE), com três elementos da Guarda Costeira de Cabo Verde a bordo, e no dia seguinte patrulhou a zona Sul com o Embaixador de Portugal em Cabo Verde, o Adido de Defesa Português na Cidade da Praia e dois elementos do Centro de Operações Marítimas e de Segurança (COSMAR) embarcados.

Durante a presença em Cabo Verde, o comandante do destacamento, Major Hélder Ferreira, apresentou cumprimentos protocolares ao Diretor Nacional de Defesa, Coronel Armindo Monteiro, ao Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Cabo Verde, Major-General Anildo Morais, e ao Embaixador de Portugal em Cabo Verde, António Albuquerque Moniz.

Esta missão de cooperação bilateral foi realizada ao abrigo do Tratado de Fiscalização Conjunta de Espaços Marítimos sob Soberania ou Jurisdição da República de Cabo Verde assinado entre os dois países em setembro de 2006.



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