quarta-feira, 14 de abril de 2021

KAMOV DE COMBATE A INCÊNDIOS EM "DILIGÊNCIA TÉCNICA" [M2250 - 38/2021]

Kamov Ka-32 da então EMA

A frota Kamov Ka-32 que transitou da extinta Empresa de Meios Aérea (EMA), e que se encontra imobilizada desde 2018, está a ser objeto de uma "diligência técnica" por parte de representantes do fabricante.

A informação foi avançada pelo ministro da Administração Interna, durante a sessão de ontem, 13 de Abril de 2021, da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, em resposta a interpelação do deputado Duarte Marques do PSD, sobre o futuro da frota de helicópteros bombardeiros pesados de combate a incêndios, de origem russa.

Segundo palavras de Eduardo Cabrita, "desde 2018 que a responsabilidade do futuro dos Kamov pertence à Força Aérea"  e que "neste momento está a ser feita uma diligência técnica com a presença em Portugal dos representantes da empresa fabricante, (...) que foi solicitada pelo Ministério da Defesa Nacional".

Da frota de seis Kamov Ka-32 adquirida em 2006, um sofreu um acidente em 2012, dois foram submetidos a manutenção em 2015 não tendo regressado à operacionalidade, enquanto os restantes três ficaram imobilizados desde o início de 2018.

Ainda segundo Eduardo Cabrita, a aquisição de novos meios aéreos destinados ao combate a incêndios florestais anunciada a 4 de Março passado, é independente do destino dos Kamov.





13 comentários:

  1. "...a responsabilidade do futuro dos Kamov pertence à Força Aérea" . Não teria sido mais acertado o futuro deles passar para a Marinha? Alocá-los ao serviço naval e de busca e salvamento?

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  2. Para operar em que meios navais? A frota lynx está parada e não parece haver qualquer problema com isso por parte da marinha , tal foi o planeamento para a manutenção e mlu efetuado. Melhor estariam na GNR a fazer o que fosse necessário : apagar fogos, SAR, etc. ..

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  3. A frota Lynx está parada para atualização do hardware e software e em breve fica operacional, os kamov, por causa do tempo em que estiveram inoperacionais a sua manutenção e atualização fica muito cara.
    “as condições de preservação de uma aeronave podem ter impacto no seu estado de conservação e na sua aeronavegabilidade, bem como na vida útil dos seus componentes”. (sic)
    https://eco.sapo.pt/2020/08/22/substituir-helicopteros-para-incendios-parados-ha-dois-anos-ja-custa-126-milhoes-ao-estado/

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  4. «"...a responsabilidade do futuro dos Kamov pertence à Força Aérea" . Não teria sido mais acertado o futuro deles passar para a Marinha? Alocá-los ao serviço naval e de busca e salvamento?»

    E que tal colocar os Merlin a funcionarem a 100%? Não é preciso inventar mais nada.

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  5. "E que tal colocar os Merlin a funcionarem a 100%? Não é preciso inventar mais nada." Os Merlim não podem operar embarcados. Já os Kamov são a linha de helicópteros navais. Além de seguirem a sua real vocação, poderiam concentrar na Marinha as operações ligadas com o mar.

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  6. «"E que tal colocar os Merlin a funcionarem a 100%? Não é preciso inventar mais nada." Os Merlim não podem operar embarcados. Já os Kamov são a linha de helicópteros navais. Além de seguirem a sua real vocação, poderiam concentrar na Marinha as operações ligadas com o mar.»

    Caríssimo/a, esta sua resposta só irá singrar como argumento a ser rodado num filme de terror classe b. Tem o mérito de conseguir afundar o porta-aviões. Para os seus Kamov "rodarem" terá primeiro que pedir aos cablões* de sempre para o "Adamastor" deixar de ser uma figura mítica.

    PS: A palavra com o asterisco deve ler-se da seguinte maneira: ca - be - lõ - es, alusão a pessoas com muito cabelo nos olhos por causa dos tempos que sempre vivemos.

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  7. Do ponto de vista operacional, independentemente da fiabilidade, Nacionalidade ou política. O Kamov, dos meios ao dispor do Ministério da administração interna, é talvez o melhor aliado no combate aos incêndios, pelo menos mais eficiente que um canadair. Tem menos capacidade de água, é verdade. Mas em contrapartida conseguimos mais descargas, que no combate ao incêndio faz toda a diferença. Independentemente de tudo o resto, volto a repetir, dos meios que MAI tem ao dispor é o melhor

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  8. Como é que sabe sobre a eficácia de um helicóptero sobre um avião e vice-versa? Ao dispor do MAI existe o quê, em concreto?

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    1. Em relação às especificações das aeronaves, custo de operação, manutenções, fiabilidade... não sei,deixo esse assunto para os entendidos. Quando falo em eficácia falo apenas em relação ao tempo de descarga e abastecimento. Enquanto um canadair tem de abastecer em rios ou albufeiras, o kamov pode fazê-lo em lagos, rios de baixo caudal ou até piscinas, como já vi. Falando de tempos, enquanto um canadair pode demorar até 20 minutos nesta operação, um kamov faz o mesmo em muito menos tempo. Portanto supondo que tem os dois o mesmo tempo de trabalho num incêndio, o Kamov faz mais descargas e com mais precisão, é nesse aspecto a que me refiro. Ao dispor do MAI neste momento, ha maioritariamente meios ligeiros e médios. Maioritariamente helicóptero ecureuil, helicóptero bell 212 e air tractor Fireboss e tem 3 kamov que também foram alugados. Provavelmente há mais, mas desconheço

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  9. Sim, o kamov é bom no que faz. E, claro, já impressiona, porque os restantes aparelhos não têm tanta capacidade. E estamos a falar de diferenças significativas.

    Já agora, como treinador de bancada, aproveito para reportar o excelente trabalho de "alguns" bombeiros que de tanto olharem para cima lá deveriam ter descoberto a passarinha dos 4 helicópteros que andavam por ali, entre eles um kamov, a propósito. Esqueceram-se de fazer algo. Talvez porque havia uma estrada já ali a 50m e também por haver um rio a menos de 500 m. Fiz uso dos binóculos que tinha e apercebi-me que estavam ali ao fundo umas dezenas de carros de bombeiros que diziam "Sapadores de ...". E não, não sei se tinham muito cabelo nos olhos, apesar de ser bem evidente a posição elevada das cabeças no decorrer do drama, e que podiam ser muito bem da Meldaleija.

    Aliás, desconfio que há uns da bófia e outros da gênêrê que podem lá ter nascido, por perguntarem ás pessoas o que vão fazer e para onde vão, nas bermas das estradas, nestes últimos tempos. Quero acrescentar que já fui muito bem tratado por ter parado á berma da estrada. Descobri que eram de outro sítio. Quando disse que não tinha dinheiro mandaram-me para o sítio onde nasci. Não lhes guardei rancor.

    A propósito de fogo, quero agradecer a competência, sentido de muita responsabilidade e muito sangue frio, aos militar da GNR em determinada altura e em determinado lugar, no ano de mau agoiro para o país. Pena ter perdido as identificações, pois mereciam ser homenageados. Foi uma situação difícil. Assim que começaram a surgir do nada viaturas de bombeiros, também o fogo chegou. Seria só mais uma vez que conduzia com labaredas de um lado e de outro, caso não saísse antes do final da história.

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  10. Estimativa custo de hora de vôo:

    Kamov - 4100E (sem adição de alimárias)

    Canadair cl 415 - 4200E

    Esquilo - 1300E

    AT 802 - 1700E

    koala - 1600E

    O kamov, quando eram parasitas - que nunca foram responsabilizados - a tomar conta deles, não chegaram a ser contabilizadas na casa das largas dezenas de milhares de euros a hora de vôo? Quê, ainda (bem) mais caros que os Merlin?

    Ninguém fala em comparar os AT802. Porque será? De onde vêm? Coincidências? Os canadair, normalmente vêm de onde? Coincidências?

    Hélis, sim, claro. Mas não existe nenhum melhor ou pior. Eles complementam-se. Kamov no estado, "prejuizo" para todos nós. Não me recordo da FAP ter pedido um helicóptero com aquelas características. Deve-se fazer um esforço para priorizar aquilo que a FAP deseja e se possível conciliar com as outras necessidades. Os quolas caiem que nem ginjas.

    Pontos de água perto das frentes de incêndios para darem assistência a helicópteros implicam uma logística imensa. Que não se esqueça de se fazerem estas contas, também. A hora de vôo já não vai ser aquela acima, pois não.

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  11. Koala escrito em português é assim: C o a l a. ;)

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  12. «Koala escrito em português é assim: C o a l a. ;)»

    Agradeço a correção, camarada. Será que foi da ginja?

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