quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

F-16 NA ISLÂNDIA... VIA ESCÓCIA [M2286 - 3/2022]

Os F-16M da FAP à partida de Lossiemouth, Escócia
Tal como demos conta, quatro F-16M da Força Aérea Portuguesa, partiram da Base Aérea nº5 em Monte Real, na manhã de quinta-feira 27 de Janeiro de 2022, com destino à Islândia, onde irão realizar Policiamento Aéreo durante aproximadamente dois meses. 

O voo ferry dos caças, previa uma escala para reabastecimento na base de Lossiemouth, no nordeste da Escócia, Reino Unido, onde viriam a aterrar pelas 11h00 locais. A segunda etapa do voo estava previsto iniciar-se pelas 13h00 do mesmo dia, mas tal não viria no entanto a suceder, devido ao agravamento das condições meteorológicas na base de destino, em Keflavique. 

O que era para ser uma escala de duas horas acabou por estender-se por quase uma semana em Lossiemouth

Os ventos fortes que se fizeram sentir no fim de semana na Escócia, levaram à colocação, por precaução, de camiões entre os caças portugueses, de modo conferir algum abrigo

A fauna local não se incomodou com a presença prolongada dos caças lusitanos
As quatro aeronaves acabariam por ficar retidas na base britânica até quarta-feira, 2 de Fevereiro, quando finalmente estiveram reunidas as condições para completar o voo de ligação.

A descolagem da primeira parelha (15101 e 15106) ocorreu pelas 9h55 locais, na pista 23.




A segunda formação (15112 e 15107) seguiu-se cerca de 10 minutos depois, também a partir da pista 23 de Lossiemouth.





O grosso do contingente de 85 militares havia seguido para a Islândia, ainda na quarta-feira 26 de Janeiro, a bordo de  um A400M Atlas da Componente Aérea Belga, juntamente com a logística necessária para operar os caças.


Aquando da cerimónia de entrega do estandarte nacional, ainda em Monte Real a 19 de Janeiro, o Comandante da Força Nacional Destacada, Maj. Paulo Silva comentou a propósito: “Para Portugal esta é uma excelente oportunidade para demonstrar a nossa capacidade de destacar e operar a cerca de 3.000 kms da nossa base em Monte Real. (...) Outro objetivo para nós é aprimorar a nossa interoperabilidade e capacidades no domínio coletivo do Policiamento Aéreo da NATO".

Dado que a Islândia não possui capacidade de defesa aérea própria, diversos membros da NATO vão-se revezando naquele país insular, com o objetivo de garantir a presença aérea em tempo de paz, contribuir para a defesa coletiva e para um padrão comum de segurança e proteção em todo o espaço aéreo da NATO.

Depois de uma primeira participação em 2012, esta é a segunda vez que a Força Aérea Portuguesa é chamada a desempenhar a missão NATO “Iceland Air Policing”, que decorrerá até ao dia 30 de março de 2022, com rotação do pessoal sensivelmente a meio do destacamento.

O destacamento da FAP já na base de Keflavique, Islândia        Foto: FAP



4 comentários:

  1. Não compramos os A400M porque não eram necessários, mas usamo-los tantas vezes.

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  2. «Não compramos os A400M porque não eram necessários, mas usamo-los tantas vezes.»

    Assim como não compramos os C-17 e os temos á nossa disposição. Não sou contra a sua compra, apesar de não morrer de amores pelo avião. Pessoalmente, tenho preferência pelo C-2 japonês. Apenas acho que existem tantas lacunas, que a prioridade de um cargueiro acima de um C-130/KC-390, é muito secundária numa lista de "desejos". "Troco" os Atlas por uns "barquitos" apropriados.

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  3. Não temos o A-4400M porque o Portas, quando chegou a Ministro, cancelou a nossa participação no consórcio. Só queria material americano para agradar ao Rumsfeld.

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  4. Já agora, onde param os cisternas? Desta maneira não viabilizava o voo direto?

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