P-3C CUP+ da Força Aérea Portuguesa |
Segundo o mesmo comunicado de imprensa, será a General Dynamics a fornecer equipamentos e tecnologia para atualizar comunicações e eletrónica de missão das aeronaves, baseadas nas modernizações fornecidas à Royal Canadian Air Force, sublinhando ainda que o Sistema de Gestão de Missões oferecido a Portugal tem mais de 50 instalações em aviões e helicópteros de patrulhamento marítimo, em todo o mundo.
“A CCC orgulha-se de simplificar e agilizar a aquisição de conhecimento e tecnologia canadianos por Portugal – um aliado NATO e importante parceiro comercial,” comentou Mathieu Lacroix, Director de Contas da CCC, Sector Aeroespacial.
“Estamos muito satisfeitos em fazer parceria com a Força Aérea Portuguesa, alavancando o investimento do Canadá e o compromisso de longo prazo com a frota P-3”, disse Matt Young, Diretor Sénior de Sistemas Navais e Aéreos Internacionais da General Dynamics Mission Systems–Canadá . "À medida que os padrões e as ameaças evoluem, temos orgulho de apoiar os nossos clientes em todo o mundo para acompanhar o ambiente em mudança."
A Força Aérea Portuguesa conta com cinco células P-3C atribuídas à Esquadra 601 "Lobos", adquiridas aos Países Baixos em 2005 e modernizadas até 2012 ao padrão CUP+ (duas pela Lockheed Martin nos EUA e três na OGMA em Portugal).
Assinatura do contrato pelo Cor. Jorge Nunes pela parte portuguesa e Mathieu Lacroix pelo Canadá Foto via General Dynamics |
O contrato anunciado no dia 17 de outubro corrente, parece corresponder às modernizações aprovadas pelo Despacho 2339/2022, de 23 de Fevereiro, assinado pelo então ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, e que justifica as modernizações da frota "Considerando que a atualização de mandatos de operação de missões da NATO impõe determinadas capacidades, em particular o mandato do sistema IFF modo 4 terminou em junho de 2020 e o sistema Link-16 não encriptado termina em dezembro de 2021, tornando-se necessário acompanhar a evolução tecnológica para participar em missões da Aliança. (...) Considerando que a configuração atual do P-3C+ tem o IFF modo 4 e o Link-16 não encriptado, torna-se necessária dotar esta aeronave da capacidade de IFF Modo 5 e Link-16 Crypto Modernization (CM), por forma a respeitar os mandatos de operação da NATO".
O contrato governo-a-governo é também justificado no mesmo documento "Considerando que o Governo do Canadá opera a mesma versão do P-3C que Portugal e desenvolveu uma modificação por blocos, sendo que o primeiro bloco inclui a integração do IFF Modo 5 e Link-16 (CM), e que esta solução poderia ser transposta para as aeronaves da Força Aérea, acomodando os requisitos operacionais definidos por este Ramo das Força Armadas"
Contudo, os encargos previstos no referido Despacho, a despender entre os anos 2022 e 2025, estavam limitados a 16.75M EUR, pelo que não é claro a que se refere concretamente a diferença de valores para o contrato agora assinado, dado que a atual valorização do dólar americano não justifica, por si só, a discrepância de verbas.
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