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Paulo Mata
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| Kamov Ka-32A11BC de combate a incêndios do Estado Português |
Portugal ofereceu à Ucrânia a frota de seis helicópteros Kamov Ka-32 de combate a incêndios, que se encontrava imobilizada desde 2018.
O anúncio da decisão foi feito por Helena Carreiras na tarde de hoje, 13 de outubro de 2022, à saída da reunião de ministros da Defesa da NATO: “A pedido da Ucrânia e em articulação com o Ministério da Administração Interna vamos disponibilizar à Ucrânia a nossa frota de helicópteros Kamov que, em virtude do cenário atual, das sanções impostas à Rússia, deixámos de poder operar, aliás não têm os seus certificados de aeronavegabilidade e nem sequer poderemos repará-los”.
Tal como é de conhecimento público, a referida frota adquirida pelo Estado em 2006, para uso no combate a incêndios e operada pela Empresa de Meios Aéreos (EMA) até à sua extinção em 2013, passou depois a operar em regime de adjudicação a privados, pelo Ministério da Administração Interna (MAI). No início de 2018 contudo, a culminar um longo processo de disputas entre o MAI e a empresa adjudicatária na altura, a frota ficaria definitivamente inoperacional. Então, das seis células Ka-32A11BC, uma encontrava-se acidentada desde 2012, duas estavam em manutenção e sem voar desde 2015, enquanto as restantes três ficaram então imobilizadas por falta de inspeção e certificação.
Segundo a ministra da Defesa Nacional referiu ao anunciar a cedência das aeronaves, “os ucranianos conhecem as condições em que se encontra o material”, sublinhando que a “cadeia logística de helicópteros semelhantes” operados na Ucrânia, permitirá repará-los.
A frota Kamov Ka-32 havia sido transferida para a esfera da Força Aérea Portuguesa no início de 2022, para reposição das condições de aeronavegabilidade. No entanto, o deflagrar do conflito na Ucrânia, e as sansões impostas pela União Europeia à Rússia, inviabilizariam a intenção, pouco mais de um mês depois.
Helena Carreiras adiantou ainda que a transferência dos helicópteros deverá ocorrer “o mais rapidamente possível” e que serão "muitíssimo úteis à Ucrânia e essa cedência foi muito agradecida pelas nossas contrapartes ucranianas”.
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3 Comentários:
Não tá nada mal pensado, não senhora! É verdade, os ucranianos bem precisam de apagar os muitos fogos que persistem fora de época. Para quem gosta de dizer que não há problemas ambientais... Ajuda de Portugal a caminho. Vejam se ainda conseguem salvar o titânio do An-225. Sejam inteligentes, desta vez! Culpem os russos pela destruição. Alegrai-vos, ajuda de Portugal a caminho. Esta sra, menistra tem jeito prá coisa. Teria ela adivinhado os meus pensamentos? Há coincidências do caraças! Este tipo de generosidade só nos fica bem. Com sorte, irão os restantes F-16. Mas não esqueçam os submarinos, visto que conseguem também apagar fogos.
Do ponto de vista dos Ucranianos é de facto excelente, pois precisam de aumentar a sua capacidade aérea e o que falta aos Kamov para operarem como aeronave e militar, eles têm a a capacidade de efectuar as alterações. A célula acidentada , provavelmente servirá para fornecer peças , se não for reparavel.
Agora o que é um feito no meio disto tudo , é que que desta forma o Governo se Socialista se livra de uma dor de cabeça, e as investigações do compadrio no negócio do fogo, vão desaparecer, pois as provas (os helis), já foram! Bela jogada do SR. Costa. De ressalvar que um ponto positivo é o tb o facto da Força Aérea se livrar de uma valente dor de cabeça a todos os níveis em termos operacionais. Não que que não sejam excelentes aeronaves, mas sendo made in Russia, is problemas de manutenção sempre foram muitos. Para além de ser menos uma aeronave em que tem de formar pilotos, cadeia de logística, formação e de mecânicos etc...
As diferenças entre esta versão e a militar não são abissais. Portanto até é foi um bom "negócio", é uma boa ajuda aos Ucranianos e é livramonos de uma data de problemas. É Só espero que isto não interfira com as investigações que dás trafulhices do negócio do fogo.
Porreiro!! O António Costa já está em guerra com a Rússia e nem pediu a opinião ao Povo Português!
Sério??? Portugal entrar em guerra com a Rússia fazia parte do Programa Eleitoral do Partido Socialista??
Sejamos sensatos: toda a gente com um minimo de inteligência sabe o que - na realidade - é esta guerra e o que os USA pertendiam alcansar com ela. O grande problema dos USA é que a Rússia não "caiu" vitima das sanções económicas impostas (APENAS) pelos USA e seus aliados... e, por via dessas mesmas sanções (efeito boomerang), a UE - e em especial os países mais pobres da UE, como Portugal - vão agonizar na miséria económica, para agradar aos seus suseranos americanos.
De facto, a Rússia está muito, muito, longe de estar "sozinha" (contrariamente ao propagandeado pelos meios de informação "ocidentais":
- Faz parte dos BRICS - os BRICS são detentores de mais de 21% do PIB mundial, formando o grupo de países que mais crescem no planeta. Além disso, representam 42% da população mundial, 45% da força de trabalho e o maior poder de consumo do mundo;
- Faz parte da Organização para Cooperação de Xangai - a Organização para Cooperação de Xangai é uma organização política, econômica e militar da Eurásia. Seus Membros Plenos são responsáveis por 70% da massa de terra da Eurásia, a sua população é um quarto do mundo e são detentores de 30% do PIB mundial. Com os Estados Observadores incluídos respondem por cerca de metade da população do mundo.
- Nenhum Estado Soberano do continente africano aderiu às sanções dos USA contra a Rússia... e, alguns deles, fizeram precisamente o inverso, aumentando a cooperação económica com a Rússia.
Na realidade, após esta operação militar americana, quem ficou sózinho?? Resposta: a cada vez menos significativa Europa: "Ser inimigo dos EUA é perigoso, mas ser amigo dos USA pode ser fatal" - Henry Kissinger.
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