F-16 da Força Aérea Romena adquirido a Portugal |
O Ministério da Defesa Nacional da Roménia anunciou a assinatura no dia de hoje, 4 de Novembro de 2022, do contrato para a compra de caças F-16 à Noruega.
A instituição romena acordou com os representantes noruegueses o contrato para a compra de 32 aviões F-16 na configuração M6.5.2, motores sobressalentes e apoio logístico. O valor do contrato assinado hoje com o Governo do Reino da Noruega é de 388M EUR e terá uma duração de três anos, com a primeira aeronave a ser entregue no final de 2023. A aprovação do Parlamento romeno para o negócio, existia já desde dezembro de 2021.
Entretanto, a Noruega, retirou de serviço operacional a sua frota de F-16 no início de 2022, tendo colocado à venda a quase totalidade das células remanescentes, com uma dúzia a ser adquirida epal Draken International, empresa privada norte-americana, ainda em 2021.
F-16 da Real Força Aérea Norueguesa |
Segundo o comunicado do Ministério da Defesa romeno, o contrato ora assinado com a Noruega, será desenvolvido com o apoio do Governo dos Estados Unidos da América, tendo o Governo da Roménia enviada uma carta rogatória dirigida ao Governo dos EUA, à qual se prevê receber uma resposta até ao final do ano. Os aviões serão entregues à Roménia em condições operacionais, com recursos suficientes para permitir a sua operação pela Força Aérea Romena, por um período de pelo menos 10 anos, tendo em vista a transição posterior para caças de 5ª Geração.
Atualmente, a Força Aérea Romena possui 17 aeronaves F-16, adquiridas a Portugal e recebidas entre 2016 e 2021 na configuração M5.2R, que serão alvo de atualização para a configuração M6.6.
As missões de Alerta de Reação Rápida / Policiamento Aéreo são presentemente executadas com aeronaves F-16 e MiG-21 LanceR, mas a utilização deste último modelo é uma solução de curto prazo (um ano no máximo), tendo a frota inclusivamente estado parada por problemas de segurança de operação das aeronaves, na primeira metade de 2022.
MiG-21 LanceR romenos |
O phase-out gradual das aeronaves MiG-21 LanceR e a necessidade da execução permanente do Serviço de Combate - Polícia Aérea com aeronaves F-16, aliados à evolução do ambiente de segurança regional, determinaram a necessidade de identificar uma solução que permitisse a defesa do espaço aéreo da Roménia e a execução do Policiamento Aéreo com aeronaves F-16, de acordo com os compromissos assumidos com a NATO.
"A compra dos 32 aviões ao Governo do Reino da Noruega representa, de facto, uma transferência de capacidade entre dois Estados membros da NATO, para aumentar a capacidade de defesa da Roménia e assegurar o contributo nacional para a defesa colectiva no seio da Aliança do Atlântico Norte" pode ainda ler-se no comunicado.
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