F-16 dinamarquês à descolagem nos Paises Baixos Foto de arquivo |
Portugal é um dos onze países que assinaram a Declaração Política da Coligação de treino F-16 para formação da Força Aérea Ucraniana.
O documento foi assinado ontem 11 de Julho de 2023 em Vilnius, Lituânia, à margem da cimeira da NATO, por Helena Carreiras, na qualidade de ministra da Defesa, e pelos homólogos da Bélgica, Canadá, Dinamarca, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Polónia, Reino Unido, Roménia e Suécia.
À margem da cimeira da #NATO, a ministra Helena Carreiras e homólogos de dez países parceiros assinaram uma declaração conjunta de compromisso com ações de treino e de formação de pilotos e técnicos ucranianos em aeronaves F16, em apoio à resistência 🇺🇦 contra a agressão 🇷🇺. pic.twitter.com/mNKana2ULH
— Defesa Nacional (@defesa_pt) July 11, 2023
Embora o tweet do Ministério da Defesa Nacional seja escasso em informação adicional, a agência Reuters acrescentou que o treino começará já em Agosto na Dinamarca, até que um centro de treino permanente seja estabelecido na Roménia, mas não se sabendo ainda quem fornecerá os aviões, nem em que moldes.
Linha de F-16 romenos, belgas e portugueses Foto de arquivo |
De acordo com declarações do ministro da Defesa dinamarquês, Troels Poulsen, país que tem liderado a iniciativa, juntamente com os Países Baixos, "no início do próximo ano já poderemos ver alguns resultados".
Notar que vários dos países que assinaram a Declaração, não operam (ou operaram) o sistema de armas F-16, mas comprometeram-se ainda assim na colaboração indirecta. A possibilidade de alargar a formação a outros modelos de caça, está também ainda em aberto, porquanto o fornecimento de F-16 para a Força Aérea Ucraniana não está ainda assegurado, embora a administração americana tenha finalmente levantado os entraves que colocou inicialmente.
O fornecimento de caças de 4ª Geração ocidentais é uma aspiração ucraniana de longa data, de forma a poder suportar o esforço de guerra, até agora realizado pelos caças MiG-29 e Su-27 e contrariar o maior poderio aéreo russo.
Quanto a Portugal, a assinatura da Declaração foi o reiterar da disponibilidade já antes manifestada. A FAP tem aliás experiência bastante recente na transferência de conhecimento para outras Forças, nomeadamente com o programa de alienação de F-16 para a Força Aérea Romena, que incluiu a formação do núcleo inicial de pilotos e técnicos, que agora operam a frota de caças naquele país do antigo Pacto de Varsóvia.
Embora tenha manifestado disponibilidade para cooperar no treino de pilotos e pessoal de terra para operar F-16, tanto Helena Carreiras, como o primeiro-ministro português António Costa, colocaram de parte a possibilidade de Portugal fornecer F-16 à Ucrânia, da frota ao serviço da Força Aérea Portuguesa.
Sem comentários:
Enviar um comentário