terça-feira, 28 de novembro de 2023

MAIS TRÊS HELICÓPTEROS MÉDIOS PARA O COMBATE A INCÊNDIOS [M2452 – 84/2023]

Primeiro helicóptero bombardeiro médio recebido pela FAP para combate a incêndios     Foto: FAP

Entregues que estão os quatro primeiros helicópteros para dotar a Força Aérea Portuguesa com meios aéreos de combate a incêndios rurais, subsistia a dúvida sobre a tipologia de três desses meios de asa rotativa.

É que, segundo a Resolução do Conselho de Ministros n.º 27/2021, os helicópteros a adquirir para o combate a incêndios seriam doze:

-dois AW119 Koala (acionando a cláusula de opção do contrato do primeiro lote de cinco)

-seis helicópteros médios (ganho em concurso público pela Arista com seis UH-60A Black Hawk)

-quatro helicópteros ligeiros (concurso ficou vazio de propostas)

Ora, no seguimento da cerimónia de entrega de dois Black Hawk e dois Koala, no passado dia 22 do corrente mês de novembro de 2023, foi mencionado em nota de imprensa da Força Aérea, um total de "onze helicópteros" para o combate a incêndios, dos quais três seriam objeto de concurso de aquisição. Ficou assim a dúvida, sobre a razão da redução de quatro para três, no número de helicópteros a adjudicar compra.

A Portaria n.º 704/2023 ontem publicada, esclarece finalmente a questão, ao estipular que irá proceder-se à "substituição dos quatro HEBL [NR: Helicóptero Bombardeiro Ligeiro]  por três HEBM [NR: Helicóptero Bombardeiro Médio], mantendo o valor da despesa total já autorizada, aumentando substancialmente a capacidade de combate efetivo, com uma maior capacidade de bombardeamento com água e de helitransporte de equipas com os respetivos equipamentos".

Isto significa na prática, que as verbas atribuídas ao concurso para aquisição de quatro HEBL (11,88M EUR), somadas às remanescentes do concurso dos seis Black Hawk (que ficou 14,8M EUR abaixo do preço base do concurso), estão agora disponíveis para a aquisição de três HEBM, até um total  de 26,68M EUR.

A referida portaria acrescenta ainda que a operação foi já aprovada pela União Europeia, dado que as verbas para aquisição de material aéreo são garantidas pelo PRR.

Como consequência, a calendarização de pagamentos e entregas foi igualmente ajustada, de acordo com a tabela seguinte, que inclui já os quatro helicópteros entregues em 2023:



Fazendo fé na informação de que os três HEBM que faltam serão objeto de concurso dedicado, não é assim garantido que sejam do mesmo modelo UH-60A Black Hawk já adquiridos, embora tal fosse aconselhável por razões logísticas de vária ordem.


Notícia atualizada às 7h43 de 29/11/2023

sábado, 25 de novembro de 2023

FORÇA AÉREA APRESENTA BASE AÉRA Nº8 E ESQUADRA 551- atualizado com vídeo [M2451 – 83/2023]

As forças em parada na cerimónia de criação da BA8 com os dois primeiros helicópteros Black Hawk em fundo Foto: FAP

A Força Aérea Portuguesa apresentou na sexta-feira 24 de novembro, em duas cerimónias distintas, a Base Aérea nº8 (BA8) e a Esquadra 551.

O estandarte do AM1 ainda visível nas forças em parada    Foto: FAP

Nenhuma das duas é contudo novidade absoluta, dado que a agora BA8 é o anteriormente designado Aeródromo de Manobra nº1 (AM1) de Ovar, que foi reclassificado como Base Aérea, ao receber uma esquadra de voo permanente, no caso a Esquadra 551, que irá operar os recentemente recebidos helicópteros de combate a incêndios UH-60A Black Hawk.

Entrega do estandarte da BA8 pelo General CEMFA ao primeiro comandante, Cor. Sérgio Estrela     Foto: FAP

A cerimónia de passagem do AM1 a BA8 foi presidida pelo Chefe de Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), General Cartaxo Alves, que empossou o Coronel Sérgio Estrela como primeiro comandante da nova unidade. Na ocasião foi igualmente apresentado o novo brasão da BA8, que apesar do reajuste na heráldica, herdou o lema do AM1 "Sou da forte Europa belicosa".

Brasão da BA8    Foto: FAP

Já a Esquadra 551, trata-se de uma reativação da esquadra de voo anteriormente sediada na BA6 - Montijo entre 1978 e 1986. Recebendo o cognome  "Panteras" (a antiga Esquadra 551 não chegou a ter), apresentou um novo emblema e lema "Torna sereno e claro o ar escuro", retirado do Canto Segundo de "Os Lusíadas" de Luís de Camões.

Terá como missão principal executar missões de combate a incêndios florestais e de mobilidade aérea.

Entrega da flâmula da Esquadra 551 pelo general CEMFA ao comandante da Esquadra 551  Foto: FAP

Patch da Esquadra 551 entre 1978 e 1986

Novo emblema da Esquadra 551 - Panteras

Na cerimónia, igualmente presidida pelo General CEMFA, foi empossado como comandante o Major João Inês, que no seu discurso de tomada de posse, sublinhou que "combater incêndios será certamente a missão mais perigosa que a Força Aérea fará em tempos de paz".

O comandante da Esquadra 551, Maj. João Inês no discurso   Foto: FAP

A Esquadra 551 está para já dotada com dois helicópteros UH-60A Black Hawk modernizados de um total de seis, que irá receber até 2026. Até então as tripulações estarão empenhadas numa fase rigorosa de treino, de forma a edificar a capacidade operacional da Esquadra, com todas as condições de segurança.

General CEMFA e Comandante da Esq. 551 com o perfil dos Black Hawk que equipam a Esquadra  Foto: FAP

Foto "de família" da Esquadra 551 e elementos do EMFA e BA8 em frente a um dos Black Hawk da unidade  Foto. FAP


Vídeo das duas cerimónias na BA8





sexta-feira, 24 de novembro de 2023

ASSINADO CONTRATO PARA CONSTRUÇÃO DA PLATAFORMA NAVAL MULTIFUNCIONAL DA MARINHA PORTUGUESA [M2450 – 82/2023]

A futura Plataforma Naval Multifuncional, o NRP D. João II    Ilustração: Marinha Portuguesa

Nesta manhã de 24 de Novembro de 2023, foi assinado o contrato para a construção da Plataforma Naval Multifuncional, para a Marinha Portuguesa.

O navio de 107m de comprimento e que deslocará até 7000 ton, será a construir pela empresa neerlandesa Damen e irá chamar-se NRP D. João II. Terá como missões principais o reforço da capacidade operacional científica, resposta a acidentes marítimos, apoio direto a populações, resposta a crises, vigilância e fiscalização e busca e salvamento.
Imagem: Marinha Portuguesa

É fruto de um novo "conceito revolucionário", de cariz modular, que permitirá uma rápida adaptação à missão a desempenhar. Terá uma convés de voo capaz de operar helicópteros pesados como o EH101 Merlin e capacidade orgânica para helicópteros de médio porte como o NH90. Terá ainda um hangar para drones e capacidade para lançar drones de asa fixa por catapulta.
Imagem: Marinha Portuguesa

Irá ser operado por uma guarnição de 48 pessoas, seguindo o conceito de guarnição reduzida através da robotização de atividades. Terá ainda capacidade para embarcar 42 investigadores para as missões científicas e 200 passageiros adicionais, em caso de emergência.
Imagem: Marinha Portuguesa

Terá ainda muitas capacidades para drones marítimos de superfície e subsuperfície, lanchas e diversas outras funcionalidades navais. 

O contrato, financiado pelo PRR, foi assinado pelo Diretor de Navios da Marinha Portuguesa Contra-Almirante Jorge Pires e o CEO dos estaleiros Damen, Jam Wim Decker.

Imagem: Marinha Portuguesa

À cerimónia compareceram, entre outras individualidades civis e militares, o primeiro-ministro António Costa e a ministra da Defesa Helena Carreiras.

O contrato, que inclui projeto, construção e equipamento do navio, está orçado em 132M EUR, com conclusão em 2026.


Vídeo da cerimónia de assinatura








quarta-feira, 22 de novembro de 2023

CERIMÓNIA DE RECEPÇÃO DE HELICÓPTEROS PARA COMBATE A INCÊNDIOS [M2449 – 81/2023]

O UH-60A Black Hawk n/c 29802 e o AW119 Koala n/c 29706 na cerimónia de recepção das aeronaves   Foto: FAP

A Força Aérea Portuguesa recebeu oficialmente hoje, 22 de Novembro de 2023, quatro novos helicópteros que vão estar dedicados à missão de combate as incêndios rurais.

Em cerimónia presidida pelo Primeiro-Ministro, António Costa, que decorreu durante a manhã, no Aeródromo de Manobra N.º 1 (AM1), em Ovar, foram apresentados dois helicópteros ligeiros AW119 Koala (n/c 29706 e 07) e dois de médio porte UH-60 Black Hawk (n/c 29801 e 02).

Leonardo AW119 Koala n/c 29707      Foto: FAP

Os dois Koala irão juntar-se aos cinco do mesmo modelo em operação pela Esquadra 552 - "Zangões", desde 2019, embora fiquem dedicados à missão de combate aos incêndios rurais, através da vigilância e de projeção de forças no terreno.

Sikorsky UH-60A Black Hawk n/c 29801     Foto: FAP

os UH-60 Black Hawk, destinam-se ao combate direto a incêndios e à projeção de forças no terreno, contando para isso com uma cabine que permite o transporte de até 12 passageiros e uma capacidade de carga de 2950 litros. Estes dois helicópteros são os primeiros de um total de seis, que deverão chegar até 2026 e ficarão baseados no AM1 (brevemente a redesignar Base Aérea N.º 8).  

O Gen. CEMFA João Cartaxo Alves durante o discurso     Foto: FAP

Na cerimónia de apresentação das aeronaves, o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General João Cartaxo Alves, destacou o momento como de enorme importância para a Força Aérea e para o país por marcar "o início da construção da capacidade própria do Estado, naquele que era um desígnio nacional sufragado pelos portugueses, no domínio do combate aéreo aos incêndios rurais".

O UH-60 Black Hawk é um helicóptero utilitário bimotor de médio porte, com uma tripulação básica de dois pilotos, transportando até 12 passageiros na cabine. Tal como referido, tem capacidade de largada de 2950 litros de água, possui autonomia de voo de 2h30, um alcance de 555 km e velocidade máxima de 314 km/h.

Painel de instrumentos do UH-60A após modernização        Foto: FAP
Infografia: FAP

O AW119 Koala é um helicóptero monomotor extremamente versátil, cumprindo um leque alargado de missões, como sejam: patrulhamento e observação no apoio ao combate aos incêndios rurais, instrução básica e avançada de voo, busca e salvamento e evacuações sanitárias. Tem capacidade de transportar até sete passageiros (além do piloto), uma maca e cinco passageiros, ou ainda 1400 Kg em carga suspensa.

Painel de instrumentos do AW119 MK.II Koala     Foto: FAP

Infografia: FAP

Desde 2018 que o Estado Português transferiu para a  Força Aérea gestão dos meios próprios para o combate a incêndios. Estes quatro helicópteros são os primeiros de 11 a serem operados pela Força Aérea, nomeadamente dois AW119 Koala, seis UH-60 Black Hawk e mais três que serão objeto de concurso de aquisição a ser lançado brevemente.

Estes meios foram adquiridos com recurso a verbas maioritariamente do Plano de Recuperação e Resiliência.


sábado, 18 de novembro de 2023

Contributos para a história da aviação ... o dia em que o Sr. Lindbergh voou até Friestas... [M2448 – 80/2023]


Não há muitos dias, enquanto empreendia uma pequena viagem pelo Minho, região em que, como sabemos, para além da referência aeronáutica dos pioneiros Eng. João Branco e Norberto Gonçalves e o voo do Blériot XI de 1913, e da ruína do radar de Viana de Castelo(!), há ainda uma outra referência, que aproveitei para fotografar: o monumento que assinala a passagem do pioneiro a aviação Charles A. Lindbergh por terras minhotas.

Sem que o tenha programado, pasme-se a coincidência de visitar o monumento precisamente no dia e, quase à mesma hora em que se completam os 90 anos da amaragem do Lockheed Sirius no Rio Minho, a 12 de Novembro de 1933!!

 

Este interessante monumento, da autoria de Alípio Nunes, foi erigido nos anos 90, assinala com a pompa e circunstância que se impõe, o acaso da amaragem neste local destes aviadores.

 

Trata-se sem dúvida de uma curiosidade aeronáutica de visita incontornável, na medida em que é um marco para a história da aviação mundial, nomeadamente do voo transatlântico.  Falo, como já imaginam, do estudo das rotas a utilizar por carreiras aéreas regulares entre a América do Norte e a Europa, estudo que o pioneiro Charles A. Lindbergh, e a sua esposa Anne Morrow empreenderam, e que se estendeu por 5 meses, percorrendo 30,000 milhas, passando por 3 oceanos, 4 continentes e 21 países!  Este estudo teve por objectivos, resolver questões relacionadas com o voo transatlântico, como as distâncias a percorrer sobre água, a meteorologia, a navegação em viagem, e a existência de bases de apoio. O estudo incluiu rotas no Atlântico Norte bem como no Atlântico Sul, algumas que nos são particulares pois passavam por Portugal: Terra Nova – Açores – Lisboa; a rota Miami – Bermuda – Açores – Lisboa; e ainda a travessia mais a Sul, entre Natal e Cabo Verde.

Um mapa com todas as etapas do estudo

Utilizaram para esta epopeia de 1933, um monoplano anfíbio Lockheed Sirius, especialmente modificado, baptizado pelos esquimós da Gronelândia de “Tingmissartoq” (O homem que voa como um pássaro), em homenagem a Lindbergh.

Rezam as crónicas, e a imprensa da época, que durante uma das etapas, no trecho entre Satona, em Santander, e  Lisboa, as condições meteorológicas adversas encontradas no caminho levaram a que ocorresse um maior consumo de combustível que o previsto, sendo os aviadores forçados a fazer uma amaragem não programada. À passagem por Valença, escolheram um trecho do Rio Minho que lhes pareceu favorável, junto à freguesia de Friestas, onde amararam no dia 12 de Novembro de 1933. Ora, dá-se também o caso que, ainda que por aquelas bandas nunca tivesse aterrado, muito menos amarado, um avião, Charles A. Lindbergh era já uma figura pública de dimensão mundial, tendo sido imediatamente reconhecido e conduzido à edilidade, para que o tratassem de receber com os convenientes salamaleques. E assim foi, nos poucos dias que permaneceram em Valença, foram homenageados tanto por gentes de Portugal como de Espanha. O casal não teve grande descanso, foi requisitado para uma mão cheia de eventos que surgiram com um  simples estalar de dedos, para os receber os heróis aviadores. 

E eles só queriam atestar o depósito para seguir para Lisboa!


o Lockheed Sirius no rio Minho, já a iniciar o voo para Lisboa

O avião foi reabastecido no dia seguinte, porém a meteorologia não permitiu que descolassem antes de dia 15, tendo daí rumado a Lisboa, onde eram esperados, na doca do Bom Sucesso. Alguns dias depois seguiram para os Açores, amarando na Horta, a 21 de Novembro.

Imagem do Lockheed Sirius na doca do Bom Sucesso, em Lisboa.

Rui "A-7" Ferreira

Entusiasta de Aviação


Nota: O autor do texto/reportagem escreve na grafia antiga.


Fontes e Referências:

“O Faial e a Aviação”, de Fernando Faria Ribeiro (2017), Gráfica “O Telegrapho”, Horta

A 'Águia do Faroeste' pousa nas águas do Tejo - https://www.youtube.com/watch?v=hZCcylQfmTc

https://www.radiovaledominho.com/valenca-hidroaviao-fez-pouso-de-emergencia-no-rio-minho-pilotava-o-uma-lenda-foi-ha-89-anos/

http://narotadoyankeeclipper.blogspot.com/2008/11/charles-lindbergh-no-rio-minho.html

https://portugaldelesales.pt/dia-valenca-conheceu-charles-lindbergh/

https://www.emi.acer-pt.org/pesquisa-nominativa/344-valena/vrias/380-rio-minho-nsuas-de-verdoejo-e-do-crasto-lindbergh

http://estacaochronographica.blogspot.com/2010/01/ainda-os-lindbergh-em-portugal.html

https://reportersombra.com/a-insolita-passagem-de-lindbergh-por-portugal/

https://philangra.blogspot.com/2013/02/a-ilha-do-faial.html




quarta-feira, 15 de novembro de 2023

CENTRO EUROPEU DE TREINO PARA F-16 INAUGURADO NA ROMÉNIA [M2447 – 79/2023]

Três dos cinco F-16 neerlandeses destinados ao EFTC na Base Aérea 86 em Fetești, Roménia   Foto: Embaixa EUA em Bucareste

O Ministro da Defesa Nacional, Angel Tîlvăr, e o seu homólogo do Reino dos Países Baixos, Kajsa Ollongren, inauguraram na segunda-feira, 13 de novembro, o Centro Europeu de Treino para F-16 (EFTC) na Romênia, que operará na 86 Base Aérea em Fetești, divulgou o Ministério da Defesa Romeno em nota de imprensa.

Foto: Embaixa EUA em Bucareste

Na cerimónia de inauguração estiveram presentes os embaixadores da Dinamarca, Estados Unidos, Países Baixos e Ucrânia e representantes do fabricante Lockheed Martin. Participaram ainda o Chefe do Estado-Maior da Defesa, General Daniel Petrescu, o Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Tenente-General Viorel Pană, chefes de algumas estruturas centrais do Ministério da Defesa [Romeno]. 

O projecto, o primeiro a nível europeu, "representa um marco importante, tanto para a cooperação romeno-neerlandesa como para a tradução prática da solidariedade aliada", refere ainda o comunicado do MD Romeno, que acrescenta também que "irá acelerar a formação de pilotos romenos para a operação das aeronaves F-16 adquiridas pela Roménia à Noruega e que em breve entrarão no equipamento da Força Aérea Romena".

“O Centro Europeu de Treinamento F-16 desempenhará um papel vital na formação de pilotos romenos para operar estas aeronaves de alto desempenho. Através desta ambiciosa iniciativa, pretendemos não só formar um número significativo de pilotos, mas também obter novas qualificações para aqueles que já operam aeronaves F-16 na Roménia”, afirmou a propósito, o  ministro da Defesa romeno.

Ao mesmo tempo, o ministro Tîlvăr destacou que o Centro da Base Aérea 86 visa criar uma resposta adequada, não só para as necessidades atuais e futuras da Força Aérea Romena, mas também para apoiar aliados e parceiros, como a Ucrânia: "Assinei, à margem da Cimeira da NATO em Vilnius, a participação da Roménia no estabelecimento da Coligação Internacional F-16, juntamente com um número significativo de estados. Isto demonstrou o que podemos alcançar juntos em apoio à Ucrânia, proporcionando ao mesmo tempo uma plataforma facilitadora para calibrar os nossos esforços com os dos Aliados e parceiros regionais. Actualmente, estamos a analisar as formas mais eficazes de integrar a formação de pilotos ucranianos no programa o mais rapidamente possível",  disse Tîlvăr, na cerimónia de inauguração .

O responsável romeno destacou a excelente cooperação entre a Roménia, o Reino dos Países Baixos e a empresa Lockheed Martin para tornar realidade um projecto tão complexo no menor tempo possível.

O Ministério da Defesa dos Países Baixos divulgou igualmente as palavras da ministra da Defesa do País, Kajsa Ollongren: “A Roménia poderá, portanto, dar um contributo crucial para a protecção do flanco oriental europeu. O futuro do centro de treino está em mãos capazes.” 


Um dos F-16 da Real Força Aérea dos Países Baixos à partida para a Roménia    Foto: MD Países Baixos

Já no dia 7 de Novembro, o Ministério da Defesa dos Países Baixos havia divulgado a informação de que os cinco primeiros caças F-16, de um total entre 12 a 18 para o EFTC, estavam a caminho da Roménia, salientando contudo, que os caças "continuam a ser propriedade dos Países Baixos". A mesma notícia adiantava ainda que o primeiro curso será para atualização dos instrutores de F-16 contratados, após o que se seguirá o treino para pilotos ucranianos e aliados da NATO. O fabricante, Lockheed Martin, "realizará manutenção em conjunto com a Roménia, de acordo com os requisitos da aviação militar neerlandesa e os regulamentos da aviação europeia". 

Portugal, através da ministra da Defesa, Helena Carreiras, reiterou por diversas vezes o empenhamento do país em contribuir para este centro de treino. Não há contudo, para já, ainda definição sobre em que se traduzirá esse contributo, ou também se os pilotos destinados às esquadras de F-16 da Força Aérea Portuguesa, poderão realizar o curso igualmente neste centro.




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