Ilustração do futuro NRP D. João II da Marinha Portuguesa Ilustração: Damen |
Os estaleiros navais Damen, nos Países Baixos revelaram recentemente no sitio de internet da empresa, mais detalhes sobre a nova classe de navio (Multi-Purpose Support Ship -MPSS), que irá equipar a Marinha Portuguesa a partir de 2026.
O contrato para o navio, que irá ser designado NRP D. João II e será financiado através de fundos do PRR, foi assinado em Novembro de 2023, com entrega prevista para 2026. Está a ser codesenvolvido pela Damen, segundo o conceito da Marinha Portuguesa, que será o cliente de lançamento.
Trata-se de uma solução para o uso crescente da tecnologia de drones em combate e vigilância. Além da sua função principal, o MPSS está ainda projetado para cumprir uma ampla gama de tarefas adicionais, incluindo funções auxiliares.
A Damen já iniciou a construção do navio português, que deslocará 7000 ton, mas irá disponibilizar também uma versão maior de 9000 ton. a futuros clientes. O MPSS 7000 tem dimensões de 107 x 20 metros, enquanto o MPSS 9000 medirá 130 x 20 metros e terá logicamente capacidade acrescida para missões.
MPSS 7000 (esq) e 9000 (dir) Ilustração: Damen |
Prevê-se que o D. João II necessitará de uma tripulação de 48 tripulantes, com instalações adicionais para até 100 pessoas e acomodação temporária extra para 42 pessoas, por exemplo no caso de operação de socorro em catástrofes naturais.
Ilustração: Damen |
Ilustração: Damen |
O conceito modular do projeto, permite ao navio ser utilizado durante todo o ano e também uma manutenção mais fácil, além de maior rapidez na construção. A classe MPSS poderá permanecer no mar por períodos de pelo menos 45 dias, pelo que todos estes fatores contribuirão para o valor geral do navio, com o aumento significativo do tempo de atividade operacional.
Piet van Rooij, gerente comercial do departamento de defesa e segurança da Damen, disse a propósito do novo navio: “A gama MPSS é uma resposta ao uso crescente da tecnologia de drones que vemos em situações modernas de combate e vigilância. Podemos ver que estas capacidades são de crescente importância para os países que querem manter a sua soberania. Ao mesmo tempo, este é um navio multiuso que pode ser utilizado numa ampla gama de operações adicionais, oferecendo valor pelo dinheiro dos contribuintes. Esse objetivo é ainda mais conseguido, usando tecnologia comercial pronta para uso, que garante uma construção económica, de uma plataforma fiável. Estamos ansiosos para mostrar este novo navio, inclusive em exposições, nos próximos meses.”
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Para informação mais detalhada, recomendamos o extenso e completo artigo na Revista da Armada, que pode ser consultado no link abaixo: https://www.marinha.pt/conteudos_externos/Revista_Armada/PDF/2024/RA_592.pdf