Decorreu entre 1 e 18 de abril, o Exercício Multinacional “Iniochos 2024”, organizado e assegurado pela Força Aérea Grega, centrado na Base Aérea de Andravida, mas com as diversas operações a decorrer em vários pontos do território helénico e do seu intricado de ilhas.
A edição deste ano foi a mais participada de sempre e teve o aliciante de ver (ainda) em operação plena, os veteranos F-4E Phantom II da força aérea “da casa”, verdadeiros cavalos de batalha alados.
Nove países participaram no “Iniochos 2024”. A França, com caças Rafale da Marinha, e a plataforma E-3F AWACS; Reino Unido, com os Typhoon; EUA, com F-16C, Roménia com F-16AM, Espanha com F/A-18; Qatar, com Rafale; Chipre com um helicóptero AW-139; Montenegro com um helicóptero Bell-414; Arábia Saudita com caças Typhoon. Participaram ainda a Áustria e Portugal, respetivamente na área da “Intel” e “Operações Especiais”. Finalmente, a Alemanha participou como observador.
Para além deste conjunto de aeronaves, a Arma Aérea Grega forneceu, para além dos já aludidos F-4E Phantom, os seus Rafale, Mirage 2000-5 e F-16C que alargaram ainda mais o espectro de meios aéreos em operação.
As operações aéreas definidas, decorreram entre 8 e 18 de abril, abrangendo um alargado envelope de missões e sempre a um ritmo elevado, dia e noite, integrados nos atuais conceitos de operação e interoperação aérea, em cenários de apuro realista e complexos, exigindo de todos coordenação, empenho e objetividade no planeamento, execução e reflexão sobre as missões e os objetivos cumpridos.
A importância deste tipo de operação multiforça, multinacional e coordenada ganha crescente importância face às ameaças que decorrem da guerra em curso entre a Rússia e a Ucrânia, em pleno território europeu e aos desequilíbrios geostratégicos que daí decorrem e que podem ainda ser exponenciados por eventuais alterações no padrão da política externa norte-americana relativamente à NATO e à Europa. E a participação de duas forças aéreas de países do Médio Oriente não deixa, também, de ser um sinal de ajustamentos geopolíticos e também estratégicos, que decorrem das tensões em curso igualmente naquela região do planeta, com (re)alinhamentos no respetivo e complexo mosaico económico, social, militar e político.
Nota: Com exceção das fotografias devidamente assinaladas, todas imagens desta breve reportagem foram gentilmente cedidas por Zbigniew Chalota, um entusiasta e fotógrafo polaco que as obteve na Base Aérea de Andravida e algures nas montanhas Gregas, quase ao jeito de lendários locais como o “StarWars Canyon”, nos EUA ou “Mach Loop”, no País de Gales.
Edição: Pássaro de Ferro
Fotografia: Zbigniew Chalota
1 Comentários:
As fotografias dos estrangeiros é que são boas. É sempre a mesma coisa, não foram portugueses a esse exercicio?
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