Foto de "família" dos presentes na cerimónia de entrega do "16806" na BA6 Foto: FAP |
Registo do voo do 16806 no radar virtual ADSB, no dia 22 de abril de 2024, ainda com callsign de testes |
Registo do voo na tarde de 3 de maio de 2024, já com o callsign da Esquadra 501 - Bisontes |
Na cerimónia de entrega da primeira aeronave (n/c 16806), que decorreu na Base Aérea N.º 6, no Montijo, esteve presente Paulo Monginho, CEO da OGMA, que reconheceu ter-se tratado do contrato mais ambicioso de modificação de aeronaves levado a cabo pela OGMA e que implicou mais de “90 mil horas de engenharia, 53 mil horas de intervenção em hangar, mil desenhos, 500 relatórios de engenharia, instalados 17 km de cablagem por aeronave e 100 horas de voo de experiência."
Apesar dos atrasos significativos na execução dos trabalhos, ou também por isso, o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), General João Cartaxo Alves, recordou que desde início se sabia que este projeto seria moroso e implicaria muita resiliência para ser concluído, só tendo sido possível chegar ao momento atual devido à dedicação dos militares da Esquadra 501, da Direção de Manutenção e Sistemas de Armas, da Direção de Engenharia e Programas e da Autoridade Aeronáutica Nacional. “Sempre soubemos que ia ser um processo complexo mas fundamental não só para a Força Aérea como também para a capacitação da indústria aeronáutica nacional, nomeadamente das OGMA. Foi um desafio para a Força Aérea que se superou na área da programação, da gestão, da manutenção”, reconheceu, acrescentando que hoje entramos numa “nova fase de operação, pelo que é um motivo para todos nos orgulharmos”.
A intervenção estrutural de atualização de quatro C-130 Hercules da Força Aérea integra-se no programa europeu SESAR – Single European Sky ATM Research – “Céu Único Europeu” –, que procura adaptar as aeronaves às exigências e regras atuais dos céus europeus, com o objetivo de incrementar a segurança na circulação aérea, aumentar o volume de tráfego aéreo, reduzir custos através de uma gestão mais eficiente de rotas de voo e minimizar o impacto ambiental das operações aéreas.
O General CEMFA e o novo glass cockpit Flight2 da Collins Aerospace instalado no C-130 Foto: FAP |
Esta atualização, cofinanciada por fundos europeus, permite à Força Aérea continuar a cumprir a sua missão em teatros nacionais e internacionais, sendo que os aviões C-130 garantem o transporte aéreo, quer em operações de natureza militar quer de interesse público, além de missões de patrulhamento marítimo e busca e salvamento. Recentemente foram responsáveis pelas missões de repatriamento de cidadãos que se encontravam em Telavive e em Marrocos. Em utilização pela Força Aérea desde 1977, a frota C-130 já atuou em cenários tão diversos como Angola, Moçambique, S. Tomé, Cabo Verde, República Democrática do Congo, Timor, Golfo Pérsico, Moscovo, Afeganistão, Ruanda ou Balcãs.
A implementação do projeto envolve a participação da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, S.A. e de equipas da Força Aérea e Autoridade Aeronáutica Nacional em domínios complementares como o design, integração, controlo e supervisão, bem como certificação da modificação da aeronave.
O C-130H-30 Hercules n/c 16806 é a célula mais recente da frota da Esquadra 501 e é também o lead the fleet das modernizações Foto: FAP |
Além do "06" agora entregue, encontra-se o "01" (também um C-130H-30 alongado) na fase final de modernizações pela OGMA, enquanto os restantes dois C-130H (n/c 16803 e 05) até agora operacionais, aguardam ainda a indução aos trabalhos.
1 Comentários:
Grande "guerreiro" que se recusa a "morrer".
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