A-29 Super Tucano de demonstração da Embraer na Base Aérea nº 11 em Beja |
O Conselho de Ministros, de 4 de julho de 2024, aprovou uma Resolução que "autoriza o início das discussões técnicas e negociais tendo em vista a eventual aquisição, pelo Estado Português, de aeronaves A-29 Super Tucano e a conceção e desenvolvimento da sua configuração NATO".
Esta decisão concretiza as palavras do ministro da Defesa, Nuno Melo, proferidas em Comissão de Defesa Nacional no passado dia 25 de junho, quando deu conta da prioridade deste programa para a indústria de defesa nacional.
O modelo de que se fala é o A-29N Super Tucano, criado pela Embraer para atender às especificidades dos países da NATO. Aquando da visita oficial do presidente brasileiro Lula da Silva a Portugal em abril de 2023, foi então assinado um Memorando de Entendimento entre o fabricante e diversas empresas aeroespaciais portuguesas, para as "fases de desenvolvimento, produção e suporte à operação da aeronave A-29N".
O objetivo será assim a Força Aérea Portuguesa servir como cliente de lançamento do novo modelo, com ganhos para a indústria lusa também em clientes ulteriores.
O Super Tucano pode realizar uma ampla gama de missões, incluindo ataque leve, vigilância, interceção aérea, contrainsurgência, além de treino avançado de pilotos e controladores aéreos táticos. Está preparado para operar a partir de pistas remotas e não pavimentadas, em bases operacionais avançadas com pouco apoio logístico, oferecendo ao mesmo tempo baixos custos operacionais e alta taxa de disponibilidade, anunciada pelo fabricante em valores superiores 90%. Estará equipado com uma variedade de sensores e armas de última geração, incluindo um sistema eletro-ótico/infravermelho com designador de laser, óculos de visão noturna, comunicações seguras de voz e dados, sensores integrados e sistemas de vigilância.
Assim, e considerando que as missões de estabilização do norte de África continuarão a fazer parte das prioridades consagradas pelo Conceito Estratégico de Defesa Nacional, e a Força Aérea Portuguesa está igualmente desprovida de uma aeronave para instrução avançada de pilotagem desde a retirada da frota Alpha Jet em 2018, o A-29 Super Tucano apresenta-se como solução para as missões de ataque leve, reconhecimento armado, apoio aéreo próximo e treino avançado, numa plataforma única.
Espero que está compra se concretize, e ajude a colmatar algumas lacunas da FAP, e ajude no desenvolvimento da industria aeronáutica portuguesa.
ResponderEliminarSim para treino avancado na esq 103 caracois pois entre isso e pilotar secretarias desde 2018 ....sempre sera melhor virem os st , uma solucao mais cara que o pc 21 mas pronto ok
ResponderEliminarJá se esqueceram da guerra colonial
ResponderEliminarMas, a guerra colonial estará para vir de novo? Não entendi, essa!
ResponderEliminarNo entanto, sobre a guerra... Pode não ser a colonial ou até pode, dependendo da forma como se olha sobre a Ucrânia, apesar de, na minha modesta opinião, se tratar mais de uma questão de sobrevivência de determinada raça de víboras mal amanhadas e nascidas bem perto, por sinal, há muito, muito tempo.
Será sempre interessante perguntar se os aviões irão ficar baseados em Portugal ou se irão dar uma volta muita grande pela europa de leste. Para os que possam ter dúvidas sobre onde falo: Ucrânia.
Bem, entre F-16 e ST ... Na dúvida, vão os dois.
Um pormenor que sempre caracterizou qualquer aquisição de material bélico para as FA em geral, foi a sua escassez em termos numéricos. Este número, para mim, é algo surpreendente! Outra coisa que me cheira a esturro é o facto da senda de terceirizações de serviços para os estado passar a não atingir a Força Aérea para esta componente na formação de pilotos.
ResponderEliminarMas, o precedente com o caso (TRAIÇÃO Á PÁTRIA) da formação dos pilotos de helicópteros deixa muitas dúvidas no ... ar! Talvez a solução passe por adicionar mais água ao estrugido.
Foi hoje publicada a Resolução do Conselho de Ministros n.º 88/2024, de 12 de julho, Autoriza o início das discussões técnicas e negociais tendo em vista a eventual aquisição, pelo Estado Português, de aeronaves A-29 Super Tucano, e a conceção e desenvolvimento da sua configuração NATO.
ResponderEliminarhttps://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/resolucao-conselho-ministros/88-2024-871763926
Portugal precisa de um bom avião de treino como o Pilatus PC21 (inacreditavelmente a FAP hoje não tem um simples avião de treino), e não de um avião de ataque ao solo, pois este além de ser caro não preenche os requisitos pretendidos. Trata-se claramente de uma decisão política, apenas compreensível por montagem destes aparelhos da Embraer em Portugal. Isto da configuração NATO é uma falácia, pois ninguém vai por um aparelho a hélice nos atuais teatros de operações. Para esse efeito comprem helicópteros armados visto este país também não possui vergonhosamente nenhum.
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