quinta-feira, 19 de setembro de 2024

DIA DE BASE ABERTA EM MONTE REAL [M2530 – 74/2024]



Por Setembro, a dois passos do final do ano, tem lugar a já habitual "romaria" àquela que é a base da aviação de caça da nossa Força Aérea Portuguesa. Foram largas dezenas de aficionados lusos, e alguns “camones”, como se diz na minha terra, que se deslocaram à Base Aérea nº5 (BA5), em Monte Real, no pretérito dia 15. A afficción, ainda que pouca, é o que no entender do autor, polvilha de cor diferente os milhares de visitantes que acorreram a ver a “cousa aeronáutica”, os aficionados distinguem-se dos demais pelo colorido das suas vestes, brilho nos olhos e, em tantos deles, armados de compridas geringonças de escrever fotografias, e vídeo também.

A BA5 a todos recebeu de braços abertos e encheu-se de actividades para todos os gostos, sendo certo que, o principal são as demonstrações das suas diferentes sub-unidades, que são elas afinal que dão corpo, suportam e, até, dão alma, à prontidão do sistema de armas F-16, aquela que é a ponta da lança do sistema de defesa aérea nacional.
Os milhares de visitantes que ali acorreram, foram brindados com um dia de muito calor, atenuado por uma brisa fresca tocada a Norte, que convidou também a malta do farnel, a procurar a sombra dos pinheiros no intervalo da actividade aérea. 
A exposição integrou diferentes elementos, passados, presentes, e futuros, sendo naturalmente de realçar a exposição alusiva aos 30 anos de operação do F-16, que é passado mas também presente e, no mesmo hangar espreitamos o futuro, sobre a forma de um simulador estático da nova plataforma de defesa, o F-35 Lightning II que a Força Aérea Portuguesa irá, assim se espera, receber nos próximos anos.

A exposição estática de aeronaves sempre muito completa, nos hangares, com aeronaves em diversos estados de manutenção, e com o respectivo pessoal a explicar todo o trabalho que sabem tão bem fazer e, na placa, a já nossa conhecida colecção da base, com um exemplar de cada um dos tipos de aeronave que fizeram a história dos quase 65 anos da BA5. Não esquecer também, a presença de dois convidados de peso, um F-16AM da 2ª Ala da Força Aérea Belga, e um EF2000 Typhoon da 11ª Ala da Força Aérea Espanhola.

A actividade aérea foi quase toda da responsabilidade da prata da casa, com os F-16 das Esquadra 201 “Falcões” e Esquadra 301 “Jaguares”, a efectuarem de manhã e de tarde diversas saídas para missões de treino operacional a até um deles, para um voo de teste (FCF - Funcional Check Flight). Fora isso a presença que já começa a tornar-se habitual, plena de constante actividade, um KC-390 da Esquadra 506 “Rinocerontes”, empenhado nos baptismos de voo.

Sem mais palavras, seguem-se algumas imagens do dia.

Porto Santo, fecha o ano e o programa dos dias de base aberta é já no próximo dia 30, ao Aeródromo de Manobra nº3.


Texto: Rui "A-7" Ferreira
Entusiasta de Aviação

Nota: O autor do texto/reportagem escreve na grafia antiga.

Agradecimentos: Luís Neves; Fernando Moreira; 






























sexta-feira, 13 de setembro de 2024

EXERCÍCIO MORSA SATER 2024 DE BUSCA E SALVAMENTO TERRESTRE [M2529 - 73/2024]

EH101 Merlin no exercício MORSA SATER 24
O exercício MORSA SATER 2024 decorreu entre os dias 10 e 11 de setembro, destinado a colocar em prática os meios de emergência, em resposta a missões de Busca e Salvamento (SAR) Aéreo, em ambiente terrestre. 

Nele foi colocado à prova a prontidão na resposta das diferentes entidades envolvidas, a coordenação entre os meios e atuação nos locais de operação, sob o cenário simulado de um acidente envolvendo um avião que desapareceu dos radares. 

Pelas 09h00, o Centro Coordenador de Busca e Salvamento de Lisboa (RCC Lisboa) recebeu o alerta para o desaparecimento de um avião civil dos radares, pouco depois do piloto ter relatado problemas técnicos. No momento da perda de sinal, a aeronave atravessava a região de Viseu, depois de ter descolado de Aveiro com destino a Castelo Branco com 13 pessoas a bordo. Desconhecendo o paradeiro da aeronave, e enquanto entidade responsável pelas ações de Busca e Salvamento Aéreo, a Força Aérea acionou os meios aéreos e terrestres para dar resposta à ocorrência, mais concretamente para rastreio do local, por via aérea e terrestre, à procura da aeronave e dos passageiros.

Avião C295M da Esquadra 502 - Elefantes da FAP

Numa primeira fase foi acionado um avião C295M da Esquadra 502, juntando-se logo depois um helicóptero NH90 do Ejército del Aire y del Espacio, que se encontrava nas imediações, e um helicóptero AW119 Koala da Esquadra 552.

Helicóptero NH90 do Ejercito del Aire espanhol      Fotos: FAP

Após terem sido encontrados os destroços da aeronave, percebeu-se que alguns os passageiros tinham abandonado o local, divididos por dois grupos, por forma a encontrarem rede móvel que permitisse contactar os serviços de emergência. 

Helicóptero AW119 Koala da Esquadra 552 - Zangões da FAP

Encontrados os restantes passageiros, alguns juntos a escarpas de difícil acesso, foi deslocado o helicóptero AW119 Koala para proceder ao resgate, juntando-se de seguida o helicóptero EH101 Merlin da Esquadra 751. 

No resultado final do simulacro, foram encontrados todos os passageiros, havendo a registar uma vítima mortal. 

Um plano de operações foi montando pelo RCC Lisboa, contando com o apoio do Centro Coordenador de Busca e Salvamento de Madrid (RCC Madrid). Desde a prontidão na resposta das diferentes entidades à atuação dos meios nos locais de operação, o dia serviu para colocar à prova a atuação numa missão de Busca e Salvamento terrestre, num cenário bastante exigente com açāo repartida em três diferentes locais.





Helicóptero EH101 Merlin da Esquadra 751 - Pumas da FAP

O avião C295M e os helicópteros AW119 Koala e EH101 Merlin, da Força Aérea Portuguesa, e o helicóptero NH90 espanhol, testaram a capacidade de monitorização do local de um acidente envolvendo um meio aéreo em ambiente terrestre e consequente recolha de sobreviventes (alguns com diferentes lesões) e vítimas mortais. Todos os procedimentos foram acompanhados pela açāo das equipas de Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Guarda Nacional Republicana (GNR) e Bombeiros que se encontravam no local, seguindo ainda equipas de saúde do Núcleo de Evacuações Aeromédicas da Força Aérea. 

Um dia cheio e exigente para os participantes do MORSA SATER 2024, que terminou na Base Aérea nº8, em Ovar, com o debriefing da missão e cerimónia de encerramento do exercício. O Coronel Agostinho Rocha, Chefe do Centro de Operações Aéreas da Força Aérea, agradeceu a participação de todos realçando a oportunidade que estes exercícios oferecem e a "importância da missão de Busca e Salvamento com interoperabilidade".

O MORSA é um exercício que se realiza desde 2001, duas vezes por ano, como resultado de um acordo de cooperação entre Portugal e Espanha para Operações de Busca e Salvamento Aéreo, onde são treinados procedimentos em ambiente marítimo e/ou terrestre, alternando a organização entre os dois países. O objetivo principal passa por aperfeiçoar a resposta a cenários de missões de Busca e Salvamento Aéreo, treinando a coordenação e interoperabilidade entre diferentes organizações dos dois países participantes, nas diferentes fases de planeamento, execução e apoio.

Texto: FAP
Adaptação: Pássaro de Ferro



quinta-feira, 12 de setembro de 2024

DIA DA BASE AÉREA Nº1 ABERTA [M2528 - 72/2024]

Como já vem sendo habitual de há vários anos, a Força Aérea Portuguesa, no âmbito das comemorações do seu aniversário - este ano o 72º - abre ao público as suas unidades aéreas.
No passado domingo, dia 8 de setembro, foi a Base Aérea nº1, em Sintra que abriu as suas portas ao público, dando a oportunidade de acompanhar as atividades normalmente desenvolvidas nestas ocasiões: Batismos de voo - no caso em C-130 Hércules, atividade aérea com aeronaves Chipmunk ("da casa"), uma parelha de aviões TB-30 Epsílon, os helicópteros AW-109 Koala e UH-60A Black Hawk e as também habituais passagens de caças F-16.
Em Sintra, há o aliciante adicional de poder ser visitado o Museu do Ar, com todo o seu espólio - interior e exterior - á disposição de um olhar mais nostálgico.
O dia foi assim pontuado com a presença de alguns milhares de pessoas, no belo cenário daquela zona, coroado pelo Palácio da Pena, no topo do horizonte.











Edição: Pássaro de Ferro
Reportagem fotográfica: Rui Ferreira


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