Por Setembro, a dois passos do final do ano, tem lugar a já habitual "romaria" àquela que é a base da aviação de caça da nossa Força Aérea Portuguesa. Foram largas dezenas de aficionados lusos, e alguns “camones”, como se diz na minha terra, que se deslocaram à Base Aérea nº5 (BA5), em Monte Real, no pretérito dia 15. A afficción, ainda que pouca, é o que no entender do autor, polvilha de cor diferente os milhares de visitantes que acorreram a ver a “cousa aeronáutica”, os aficionados distinguem-se dos demais pelo colorido das suas vestes, brilho nos olhos e, em tantos deles, armados de compridas geringonças de escrever fotografias, e vídeo também.
A BA5 a todos recebeu de braços abertos e encheu-se de actividades para todos os gostos, sendo certo que, o principal são as demonstrações das suas diferentes sub-unidades, que são elas afinal que dão corpo, suportam e, até, dão alma, à prontidão do sistema de armas F-16, aquela que é a ponta da lança do sistema de defesa aérea nacional.
Os milhares de visitantes que ali acorreram, foram brindados com um dia de muito calor, atenuado por uma brisa fresca tocada a Norte, que convidou também a malta do farnel, a procurar a sombra dos pinheiros no intervalo da actividade aérea.
A exposição integrou diferentes elementos, passados, presentes, e futuros, sendo naturalmente de realçar a exposição alusiva aos 30 anos de operação do F-16, que é passado mas também presente e, no mesmo hangar espreitamos o futuro, sobre a forma de um simulador estático da nova plataforma de defesa, o F-35 Lightning II que a Força Aérea Portuguesa irá, assim se espera, receber nos próximos anos.
A exposição estática de aeronaves sempre muito completa, nos hangares, com aeronaves em diversos estados de manutenção, e com o respectivo pessoal a explicar todo o trabalho que sabem tão bem fazer e, na placa, a já nossa conhecida colecção da base, com um exemplar de cada um dos tipos de aeronave que fizeram a história dos quase 65 anos da BA5. Não esquecer também, a presença de dois convidados de peso, um F-16AM da 2ª Ala da Força Aérea Belga, e um EF2000 Typhoon da 11ª Ala da Força Aérea Espanhola.
A actividade aérea foi quase toda da responsabilidade da prata da casa, com os F-16 das Esquadra 201 “Falcões” e Esquadra 301 “Jaguares”, a efectuarem de manhã e de tarde diversas saídas para missões de treino operacional a até um deles, para um voo de teste (FCF - Funcional Check Flight). Fora isso a presença que já começa a tornar-se habitual, plena de constante actividade, um KC-390 da Esquadra 506 “Rinocerontes”, empenhado nos baptismos de voo.
Sem mais palavras, seguem-se algumas imagens do dia.
Porto Santo, fecha o ano e o programa dos dias de base aberta é já no próximo dia 30, ao Aeródromo de Manobra nº3.
Texto: Rui "A-7" Ferreira
Entusiasta de Aviação
Nota: O autor do texto/reportagem escreve na grafia antiga.
Agradecimentos: Luís Neves; Fernando Moreira;
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