Celebram-se ainda os 50 anos do 25 de abril e de Liberdade, não faz sentido os portugueses não conhecerem a história destes 3 Heróis Nacionais, que realizaram a primeira viagem aérea, de Milfontes a Macau.
Foi realizado o primeiro Crowfunding que se conhece, pois não foi permitido o uso de dinheiros da fazenda pública (ao contrário da primeira viagem transatlântica que teve apoio) e apenas viajaram com dinheiro do Povo português e de doações particulares. E devido a convergências políticas, esta viagem foi penalizada e não foi dado o devido valor.
Este feito é valorizado não só, na história da aviação Nacional bem como na Internacional, sendo que Portugal esteve nas revistas e jornais da época e foram considerados como os Descobridores do séc. XX. Se nos descobrimentos tivemos Vasco da Gama a descobrir o caminho Marítimo para a Índia, em 1924, descobriu-se o caminho aéreo para a Índia e para Macau.
A Viagem teve dois grandes propósitos: o primeiro inscrever o nome de Portugal na história da aviação e o segundo propósito foi honrar Camões (pois foi em Macau que Camões viveu e escreveu os Lusíadas ou parte dele) e daí terem escrito na fuselagem do avião “ Esta é ditosa Pátria, minha Amada” dos Lusíadas.
A Câmara Municipal de Odemira, o Museu do Ar e a Universidade do Porto juntaram-se para organizar as comemorações do Centenário.
Como professora de 1°ciclo e sobrinha bisneta do aviador, fui convidada a dar palestras nas escolas, tanto em Portugal como em Macau, e surgiu a ideia de escrever um livro sobre o feito, que foi lançado no dia 23 de novembro, na Escola Superior de Educação e Lisboa, "A Aventurosa Viagem do Pátria, de Portugal a Macau em avião, 1924" no âmbito das comemorações do Centenário da primeira viagem aérea Portugal-Macau, ilustrado por Leonor Almeida e editado pelas Edições Afrontamento.
O livro foi escrito para jovens e crianças, mas está a ser muito bem aceite pelo público mais adulto, pois está em formato de desenho e com um cariz de banda desenhada e rapidamente se consegue perceber a história real vivida por estes heróis nacionais.
Com o lançamento e com a visibilidade do livro, surgiu a possibilidade de traduzir em Chinês, não só para os Macaenses/chineses residentes em Portugal, bem como residentes em Macau, já contado com diversos apoios de diferentes entidades.
A revista "Mais Alto" publicou, também, no seu número 468, de abril de 2024, um extenso artigo de 16 páginas sobre esta epopeia.
A obra está disponível no site da editora (Afrontamento) e em livrarias como a Almedina, Bertrand, Fnac ou Wook (online).
Sinopse da obra:
Ao completarem o primeiro raide aéreo Lisboa-Macau em 1924, António Brito Pais, José Manuel Sarmento de Beires e Manuel Gouveia viveram uma aventura épica e deixaram inscrito o nome de Portugal na História da Aviação Mundial. Sem apoios financeiros e com um avião velho e pesado, voaram sobre territórios que até então nunca ninguém tinha ousado sobrevoar, nunca desistindo perante as muitas adversidades com que se depararam. Este livro narra aos jovens de hoje a extraordinária façanha destes três heróis e seu o amor à Pátria, mas também mostra que nunca devemos desistir dos nossos sonhos até os alcançarmos.
Biografia das autoras:
Filipa de Brito Pais Falcão (Lisboa, 1977), sobrinha-bisneta do aviador António Brito Pais, é professora do 1º ciclo, presentemente a lecionar em Palmela, onde reside, tendo antes ensinado em várias escolas, nomeadamente no Agrupamento de Escolas Brito Paes, em Colos (Odemira), na Escola Portuguesa de Moçambique e no Externato Frei Luís de Sousa – Almada, onde também foi aluna. Frequentou o curso de Direito, mas o gosto pela educação foi mais forte e licenciou-se na Escola Superior de Educação de Lisboa, estando na atualidade a concluir o mestrado em Administração Educacional. Casada e mãe de duas jovens adolescentes, é Dirigente no Agrupamento de Escuteiros do Corpo Nacional de Escutas, faz voluntariado e já viajou pelos cinco continentes, sozinha, em família ou com amigos.
Leonor Almeida (Covilhã, 2000) é ilustradora e designer licenciada em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (2022). Tem participado em várias exposições e publicações, destacando-se a sua participação no livro colaborativo “50 Abris” (2024), editado pela Truz Truz Editora, e na ilustração da capa do volume 14 da revista londrina “Phi Magazine” (2023). Foi uma das artistas na edição de 2023 da mostra pública Poster Mostra em Marvila e recebeu uma menção honrosa do Prémio Lisboa Capital Verde. É cofundadora do coletivo artístico Entretanto, e desenvolve projetos de ilustração e design para diferentes formatos utilizando técnicas digitais e tradicionais.
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