terça-feira, 29 de abril de 2025

CONFIGURAÇÃO DOS SUPER TUCANO PORTUGUESES

A-29N Super Tucano nas cores portuguesas com o FLIR visível debaixo do cockpit      Ilustração: Embraer

O chefe de operações da Embraer Defesa & Segurança (COO) Walter Pinto Junior revelou, em entrevista à reputada agência especializada em assuntos de defesa, Janes, alguns pormenores da versão A-29N Super Tucano, que irá equipar a Força Aérea Portuguesa.

Pinto Júnior adiantou assim, que várias aeronaves estão já em produção, embora não tenha especificado o número exato, sendo que a totalidade da frota será entregue "dentro de dois a três anos", com as primeiras entregas ainda em 2025, confirmando a informação veiculada aquando da assinatura do contrato em dezembro de 2024.

Já em relação aos equipamentos e capacidades do modelo N do Super Tucano, o executivo da Embraer alongou-se mais, revelando que terá "alcance e autonomia melhorados" e contará com sistema eletro-ótico de vigilância (vulgo FLIR), provisão para carregar pods de lançamento de foguetes e armas de precisão, além das metralhadoras M3P de 12,7mm (0.5'') fixas  e um pacote de contramedidas de autoproteção.

Casulo de foguetes, metralhadora e bomba guiada de precisão nas asas de um A-29N   Ilustração: Embraer

Quanto aos sistemas de comunicações e navegação padrão da NATO, a ser implementados em Portugal para a versão A-29N,  incluem rádio V/UHF, terminais de comunicação por satélite (satcom), módulo Digitally Aided Close Air Support (DACAS), sistema de mensagens táticas Variable Message Format (VMF), sistema de comunicação de dados Link 16, sistema de ligação de vídeo compatível com tecnologia Remote Operated Video Enhanced Receiver (ROVER), transponder de identificação amigo/inimigo (IFF) Mod 5, e sistema GPS militar.

O contrato de aquisição de 12 aeronaves A-29N Super Tucano, para realizar missões de ataque leve, reconhecimento armado e treino avançado de pilotos na Força Aérea Portuguesa, foi assinado a 16 de dezembro de 2024 e inclui ainda um simulador de voo e sustentação logística, no valor total de 200M EUR, dos quais segundo o ministro da Defesa, Nuno Melo, 75M serão incorporados na indústria portuguesa.

Portugal será o cliente de lançamento do modelo A-29N, sendo a sua compra especialmente dirigida para a utilização em missões de apoio aéreo próximo, em operações combinadas de proteção de tropas terrestres, em ambientes de baixa ameaça antiaérea, das Forças Nacionais Destacadas em África.

Como missão secundária, poderá também realizar treino avançado de pilotagem, colmatando a lacuna deixada em aberto pela desativação da frota Alpha Jet em 2018.



1 Comentários:

Anónimo disse...

Até agora parece me bem as decisões tomadas relativamente a configuração dos novos aviões super tucanos da FAP, assim eles ficam inteiramente aptos para atuar na RCA e ajudar o destacamento nacional .
Quanto ao nosso destacamento na Roménia, sei que a dissuasão e importante, e também sei que o A-29N não foi concebido para conflitos de media ou grande intensidade, mas se o nosso destacamento na Roménia tivesse , maior proteção anti drones,seria uma excelente ideia.

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